O Senso do Líder



Da Série: A Arte na Gestão de Pessoas

A gestão de pessoas no setor privado importou, pelo menos no mundo ocidental, o modelo de cadeia de comando da área militar, e ao fazer isto trás consigo algumas imperfeições de implantação na sua aplicação ao cotidiano das empresas.
Não há na vida das entidades privadas, por exemplo, a cadeia militar, o que significa dizer que os instrumentos são diferentes e a pena máxima é a demissão.
Então fica claro que o modelo em uso não é perfeito e deixa muito a desejar para sua perfeita utilização, e deve ser adaptado para que tenha sucesso. Mas, ainda assim, é largamente utilizado sem qualquer adaptação ou tratamento por parte de quem o implanta. Vai para o dia a dia como se pronto e finalizado já estivesse desde sua origem.
Bem, para iniciar o entendimento, então é preciso olhar alguns pontos e lidar com eles de forma estruturada e organizada, assim pode-se tirar do modelo de cadeia de comando o que ele têm de bom e passar ser de fato um instrumento produtivo para a gestão de pessoas.
Com isto, abrimos a série A Arte na Gestão de Pessoas, e iniciamos pelo artigo O Senso do Líder. Começamos olhando para o modo como as coisas são organizadas. Naturalmente, vamos falar muito das coisas que compõem o modelo, mas o próprio modelo será objeto de nosso pensar e agir. Pois, não são raras às vezes em que percebemos que o problema está situado no modelo e não nos elementos do modelo!
Começando a entender o modelo
Gestão de pessoas é o ato de liderar e não comandar, se é liderar, então é preciso ser um líder para obter da equipe o melhor resultado.
Naturalmente ao se ter a melhor equipe, se terá o melhor resultado, a tese parece perfeita, mas não é isto exatamente a realidade.
O melhor resultado é obtido quando no conjunto a equipe se completa e atua de forma harmônica, e isto não necessariamente é ter todos os melhores, mas os melhores em cada posição.
O senso de equilíbrio do líder
Liderar é a conquista do respeito junto das pessoas e da equipe e isto não se consegue com a imposição, tão pouco com o uso do direito que o gestão possui de punir cada um dos membros que gerencia porque este ou aquele resultado não foi alcançado.
A conquista da liderança não vem com a delegação da empresa ao te promover a gestor ou a te contratar como tal. Ser líder é conseguir sensibilizar a equipe para o que tem à aprender e como pode se desenvolver sob a orientação daquele líder.
A liderança não é, e nem será, uma ciência exata, pois é dependente do comportamento humano, e que fique claro que todos os ciclos sociais também estão nessa relação, seja sua própria formação, a formação de cada componente da equipe, o comportamento social da sua empresa, da cidade onde a empresa está instalada, do país, do momento político e tantas outras variáveis entram nessa relação. Ou seja nada é tão simples assim, bastando então aprender uma teoria X e Y, e tudo estará resolvido para a eternidade. Ledo engano.
O Assunto é extenso e as variáveis são muitas. Mas, vamos procurar encaminhar o assunto aqui por caminhos mais suaves. Não vamos esquecer a complexidade do assunto, mas queremos encontrar uma forma de tratá-lo com certa racionalidade e direção.
Então, para dar um pouco de ferramental vamos à análise dos fatores relevantes dessa relação, começando pelo tripé base da relação:
Quadro resumos das forças de equilíbrio
Aqui começa a gestão, mas não se esqueça a atitude é a grande ferramenta do gestor. É a atitude do líder, e essa terá de ser a de liderar, de apontar alternativas e caminhos, não a de comandar!
Apesar de ter como responsabilidade o comando da equipe, não se deixe levar pela tentação de transformar a liderança em pura cadeia de comando, pois, certamente o insucesso chegará rapidamente.
Liderar uma equipe é saber manejar com equilíbrio os três elementos essenciais dessa relação: Pessoas x Tecnologia x Capital.
É a administração e manejo do equilíbrio dessa relação que leva a um resultado de sucesso. Para tanto, vamos entender um pouco essa relação, e para isso vamos partir do desvio do padrão ou do erro, ou ainda do que não deu certo. Se algo não se finalizou como pretendido, algo falhou, mas o que falhou?
Bem, com isto começamos a série de artigos. No próximo estaremos tratando então da Análise da Falha

Autor: Manuel Gomes Pereira


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