Deus Estava Lá!



Estavam aproximadamente 3 milhões de pessoas num deserto árido, sem uma folha de grama, nem uma gota de água, nenhum meio visível de sustento. A pergunta que nos surge... Como foram alimentados? Deus estava Lá!

Como achariam o rumo através de um deserto imenso em que não havia caminhos? Deus estava lá!

A presença de Deus tudo provê. Ora, esses 3 milhões de pessoas seriam alimentadas de brisa?

Quem responderia por essa logística dificílima? Quem era responsável pelo almoxarifado? Onde estava a bagagem? Quem iria cuidar da roupa e de outras coisas? Deus estava lá! Na aritmética da fé, Deus é o único número de valor.

Ninguém foi à frente abrindo caminho para os filhos de Israel. Não havia um rastro, nem um marco.

Isso se parece muito mais com a nossa vida como cristãos hoje. Estamos atravessando um deserto sem caminhos abertos – um deserto moral. Não há nenhuma trilha. Não saberíamos onde andar, não fosse uma pequena frase dos lábios de Jesus: "Eu sou o caminho" (Jô 14.6). Não há nenhuma incerteza; ele nos guiará passo a passo, pois, disse: "Quem me segue não andará nas trevas" (Jô 8.12).

Deus deu a seus filhos uma nuvem para guiá-los durante o dia e uma coluna de fogo à noite. É interessante ver como foram guiados um passo de cada vez. Não sabiam quando deveriam andar e quando parar.

O pecado penetrou nessa vida tão bem organizada do acampamento. O povo começou a murmurar contra Deus, e ele enviou o juízo de fogo (Nm 11.1-3). Sim, os Israelitas reclamaram de seus problemas, em vez de orar a Deus pela solução deles. Como conseqüência, milhares de pessoas foram mortas, quando Deus enviou a praga de fogo para puni-los.

Reclamaram da comida (Nm 11.4). Cobiçaram o que não tinham. Tinham saudades do alho e das cebolas do Egito e queriam peixe.Como resultado de suas murmurações, Deus enviou-lhes codornizes por trinta dias. Tornaram-se glutões, e "estava ainda a carne entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, quando se acendeu a ira do Senhor contra o povo e o feriu com praga muito grande" ( Nm 11.33). Muitos ficaram doentes e morreram.

Após um ano no Monte Sinai, os israelitas partiram para Cades situada na fronteira sul da terra prometida. Receosos de entrar voltaram e vagaram pelo deserto ao sul e ao leste, até que toda aquela geração morresse. Não viajavam o tempo todo, mas ficavam em certos pontos com os rebanhos que pastavam pelas colinas ao redor. Quando a nuvem se erguia, marchavam. Finalmente aproximaram-se de Canaã pelo lado leste do Mar Morto.

Pensemos nos anos perdidos, saindo de Cades e voltando a Cades, porque não quiseram crer em Deus. Depois de dois anos no deserto, os filhos de Israel poderiam ter entrado na terra prometida imediatamente, não fosse o pecado da incredulidade. Eles deram ouvidos às palavras desanimadoras da maior parte dos espias. Quando esses homens voltaram e lhes falaram dos gigantes na terra e das cidades cercadas de altos muros, o coração deles desfaleceu. Não quiseram ouvir Josué nem Calebe... Disseram "Voltemos para o Egito".

Por se recusarem a entrar em Canaã, a porta se fechou para eles. Isso significava peregrinar pelo deserto por quarenta anos. Deus disse que não permitiria a entrada em Canaã dos que tivessem mais de 20 anos de idade, exceto Calebe e Josué.

Vejam só! Estavam a onze dias apenas da terra prometida! Mas voltaram. Poderiam ter feito onze dias de progresso, no entanto escolheram quarenta anos de peregrinação.

Deus abre portas, e ninguém pode fechá-las; fecha-as, e ninguém pode abri-las (Is 22.22; Ap.38). Deus abriu a porta, e 3 milhões de pessoas saíram do Egito; fechou-a quando os egípcios as perseguiram.

Deus tirou os filhos de Israel do Egito a fim de levá-los a Canaã. Ele não queria que apenas saíssem do Egito; desejava que entrassem na terra que mana leite e mel.

Poderiam ter feito isso em não mais do que duas ou três semanas. Os espias fizeram a viagem de ida e volta em quarenta dias. Como já vimos, o medo os impediu de possuir a terra.

Muitas vezes, nosso medo nos impede de desfrutar de tudo o que Deus nos quer dar. Tememos o que os outros possam dizer. Tememos o que possa acontecer se pusermos nossa confiança inteiramente em Cristo.

Aprendamos aqui a lição da segunda oportunidade que Deus oferece. Ele apresenta o caminho perfeito, e nós o rejeitamos; perdemo-lo. Todos os homens de mais de 20 anos, que se recusaram a entrar na terra prometida na primeira vez (exceto Josué e Calebe, que creram em Deus), morreram no deserto. Nenhum deles entrou.

Mas Deus é bondoso e apresenta diante de nós outro caminho, uma segunda oportunidade; até mesmo uma terceira, porque sua misericórdia não tem fim. Ele perdoa setenta vezes sete e nos assiste. É provedor e nunca falha em sua graça. Mas, quanta coisa perdemos e quantos fardos temos que carregar por não aproveitarmos a primeira oportunidade. Que preço alto temos de pagar!

Fonte: Estudo Panorâmico da Bíblia, Henriquetta Mears.


Autor: João Placoná


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