Responsabilidade Social e Projeto de Qualidade de Vida nas Empesas



Alane de Lucena Leal

Mestra em Ciências da Religião (UCG), graduada em Filosofia (UCB) com especialização em Filosofia e Existência (UCB) e psicodramatista (CPP).Professora de Filosofia, Sociologia, Antropologia e Ética no UNIEURO-DF. Instrutora de Tai Chi Chuan. Atualmente atua na ONG  MISMEC: Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária  DF, Terapeuta Comunitária.

Co-autoria:

Gyzane Costa e Mariana Monteiro

Responsabilidade Social e projeto de Qualidade de Vida nas Empresas

Brasília, Março de 2009.

Responsabilidade Social e projeto de qualidade de vida nas empresas

Resumo: O seguinte artigo propõe demonstrar um estudo que envolve três Organizações[1] o qual teve como enfoque a análise da Responsabilidade Social e projeto de Qualidade de Vida nas Empresas. Foi observado que as Empresas têm como objetivos promover a Ética, a Cidadania bem como os Direitos Humanos, e oferece aos seus funcionários, atividades físicas que resultam em bem-estar físico, mental, social bem como o prazer em realizar suas funções diárias, que seguem naturalmente como aumento da produtividade.

Palavras-chave: Responsabilidade Social, Ética, Cidadania e Direitos Humanos. Organizações. Atividades Físicas. Produtividade. Qualidade de Vida.

Summary:The following article demonstrates a study that involves three Organizations2, and which analyzed the Social Responsibility in the project of Quality of Life in Companies. It was observed that Companies have as a goal to promote the Human Ethics, Citizenship and Rights, and offer its employees, physical activities that result in physical, mental and social well-being as well as the pleasure in carrying on through theirs daily routine, promoting increase of productivity.

Keywords: Social Responsibility, Human Ethics, Citizenship and Human Rights. Organizations. Physical activities. Productivity. Quality of Life.

A questão proposta nesse artigo sobre qualidade de vida nas organizações tem a finalidade de oferecer um melhor entendimento nas preocupações que envolvem o bom funcionamento das organizações com seus colaboradores.

Com isso, a pesquisa realizada nos mostra que organizações têm praticado mais a responsabilidade social, a ética, a cidadania e os direitos humanos para um melhor desenvolvimento social, econômico e político na forma de melhorias para o crescimento sustentável da sociedade.

O conceito de Responsabilidade Social permeia este trabalho. Entendemos Responsabilidade Social como forma de se programar soluções para os problemas sociais, cultivando um conjunto de valores e formando cultura interna e externa e tem como alicerce para sustentação a Ética, a Cidadania e os Direitos Humanos.

Para o instituto Ethos [2] Responsabilidade Social é:

Uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.

Uma comunidade socialmente responsável é agente de uma nova cultura e de mudança social, produtora de valor para todos os colaboradores, acionista, sociedade e comunidades diferenciadas e de maior potencial de sucesso e longevidade. Sobretudo porque não há responsabilidade social sem ética, entendida enquanto práxis.

O que fomentou o surgimento da responsabilidade social empresarial foi o aumento da complexidade dos negócios, em decorrência da globalização e da velocidade das inovações tecnológicas e da informação além da competitividade no mercado (Ashley: 2003). Nesse contexto, as empresas e demais comunidades viram a necessidade de programarem projetos nas áreas sociais e ambientais.

Isso implica dizer que responsabilidade social é um fator da chamada "inteligência competitiva" porque envolve os princípios da sustentabilidade, o que para Ashley (2003) significa a necessidade de corrigir o funcionamento do mercado.

O conceito de sustentabilidade é dependente de condicionamentos éticos relacionados às futuras gerações que irão depender da natureza e do meio ambiente para sobreviverem.

Ética fala de ethos, de comportamento, de costumes que se tornam normativos para um grupo social. Procura perceber-lhes o caráter racional, universal, categórico que ultrapassa a arbitrariedade dos indivíduos.

Como Sócrates (filósofo grego séc. V a.C.) diante do ethos grego de seu tempo, procura-se trazer ao tribunal da razão universal o ethos de nosso tempo a fim de construir-se uma ética que ultrapasse as opiniões (doxa), para se tornar demonstração.

Aristóteles, filósofo grego, 367 a.C. não pensava a ética do indivíduo e da sociedade separadamente. Nem pensava o indivíduo fora da sociedade. Fundamentar os direitos do indivíduo na própria natureza humana, anterior ao Estado é comum a todos. Portanto, direitos naturais e universais.

O importante é ter a percepção de que os produtos das organizações são desenvolvidos sob influências políticas, sociais, econômicas e empresariais. O fundamental é entender as ligações entre os interesses dos grupos sociais e a organização onde as atividades são desenvolvidas.

A expressão cidadania está em toda parte  demonstra que a expressão ganhou espaço na sociedade. Por cidadania entendemos o direito e dever de cada indivíduo de pleitear junto à comunidade o crescimento e o fortalecimento do Ser Cidadão, porquanto cidadania se faz ou se constrói na relação com o outro  outro aqui entendido como tudo o que está a nossa volta, inclusive a natureza ou o meio ambiente. Cidadania é adquirida no convívio e precisa ser cultivada porque supõe valores éticos.

O exercício da cidadania é algo que envolve participação constante de todos inseridos no contexto da relação social. Por relação social entendemos o encontro que promove o bem estar dos indivíduos, no sentido pleno  biopsicosocial  assim, objetivamos ampliar nossa reflexão e percebemos que somos cidadãos  agentes atuantes e dessa forma transformadores da realidade. Esse tema não é recente, contudo, carece de estratégias apropriadas para o entendimento de conceitos e definições de termos e experiências que estão compondo a agenda dos profissionais das mais variadas áreas, mormente no tocante a administração.

Segundo T. H. Marshall[3] três elementos compõem a Cidadania  uma parte civil, relativa aos direitos necessários à liberdade individual; uma parte política, referente ao direito de participar no exercício do poder político; e uma parte social:

"Tudo o que vai desde o direito a um mínimo de bem-estar econômico e segurança, ao direito de participar, por completo da herança social" (Marshall, 2002, p. 27).

A cidadania pressupõe o desenvolvimento de valores éticos que se objetivam nas seguintes virtudes cívicas: solidariedade, tolerância engrenada na relação da vida pública.

Para Srour (1998), uma empresa cidadã é aquela que leva em consideração os problemas sociais existentes no país em que opera que se preocupa com o bem-estar dos seus funcionários, que cria práticas que reflitam as preocupações e os valores da empresa com todos os seus stakeholders, ou seja, diferentes públicos de uma organização, que respeita o consumidor fabricando produtos com qualidade e seguros e aquela que preserva os recursos naturais. Portanto, a empresa que promove a cidadania também se promove.

No contexto atual, as questões sociais no âmbito das organizações se revestem de importância, não somente por causa de considerações éticas, mas também por se tratar de um fator de estratégia empresarial. Responsabilidade Social e Ética nos deixam no limiar da Cidadania. Assim, passamos para o quarto bloco temático  Direitos Humanos.

Há uma estreita ligação entre Cidadania e Direitos Humanos  ser cidadão significa ter acesso pleno a todos os direitos individuais e políticos, sociais e econômicos que assegure uma vida digna ao ser humano, à comunidade e à sociedade.

Para Lafer (2003), direitos humanos consistem em uma análise fenomenológica:

O valor da pessoa humana enquanto conquista histórico-axiológica encontra a sua expressão nos direitos fundamentais do homem. (...) o direito subjetivo é uma figura jurídica afim com a dos direitos do homem e da personalidade, todos representativos, no seu desenvolvimento teórico, do individualismo. (...) ver na cidadania o direito a ter direito uma vez que a igualdade não é um dado, mas um construído da convivência coletiva, que requer, por isso mesmo, acesso ao espaço público. (pp: 118-121)

Destarte, direitos humanos exprimem elementos para reflexão sobre a possibilidade de se encontrar caminhos para a re-construção da cidadania. Suscita, sobretudo, a importância da tomada de consciência de que o direito é fundado no social e para o social, e, que, por conseguinte, o indivíduo tido como cidadão se insere nesse contexto, qual seja da relação e construção da cidadania o qual possibilita o envolvimento na responsabilidade social e ética que perpassa as relações interpessoais. O termo cidadania permeia o exercício do respeito a si e ao próximo, no sentido mais amplo de direitos humanos. Daí a importância de se articular semanticamente esses quatro universos, quais sejam: Responsabilidade Social, Ética, Cidadania, e Direitos Humanos.

Trata-se de exercitar a cidadania na prática da defesa dos próprios direitos. Nesse exercício, criar uma cultura da cidadania torna-se mais importante do que o discurso, do que os conceitos, para tanto partimos para uma ação concreta. Isso significa que os símbolos, os comportamentos, as práticas das pessoas devem respirar cidadania, modificando a concepção e a realidade do atual Estado brasileiro.

Sem ética a vida social perde seu rumo. Sem cidadania o indivíduo fica entregue ao seu intimismo vulnerável. Conjugando ambas, a comunidade conseguirá encontrar os rumos de sua vida.

Qualidade de vida no trabalho é um conceito que se baseia em uma visão integral das pessoas, que é chamado enfoque biopsicosocial. Esse enfoque origina-se da medida psicossomática que propõe a visão integrada ou holística do ser humano. Segundo esse enfoque, saúde não é apenas ausência de doença, mas também o completo bem-estar biológico e social. Essa definição, adotada pela organização mundial de saúde, OMS em 1986, abre espaço significativo para a compreensão e administração de fatores psicossociais na vida moderna, especialmente no ambiente de trabalho. Um desses fatores é o estresse.

Atividade Física enquanto prevenção do estresse  Projeto qualidade de vida nas empresas.

Analisamos, por meio de entrevistas com os responsáveis pelo projeto de qualidade de vida e relato da experiência da autora deste artigo, os efeitos entre os praticantes das atividades físicas no ambiente do trabalho, ou seja, oconceito Qualidade de Vida se fundamenta em visão ética da condição humana.

Destacamos a atividade física como ponto de partida para o aumento da produtividade nas empresas, por proporcionar bem-estar, disposição física, mental e psíquica para os colaboradores. Trouxemos aprática exercida no dia-a-dia das organizações e fizemos ligações com teorias de autores que nos confirmam as várias transformações no ambiente organizacional.

Segundo Selva[4] Barreto professora do Departamento de Educação Física da UFSCar (SP), hoje a relação entre "Trabalho e Saúde" é fundamental na inter-relação das organizações. Estes conceitos relacionam Saúde e Qualidade de Vida de maneira a se trabalhar em conjunto para se obter melhor satisfação no trabalho ao mesmo tempo como fator de prevenção ao estresse.

O principal objetivo dos projetos de qualidade de vida nas empresas é ampliar as oportunidades de participação das comunidades interna e externa que atenda inclusive o ensejo da implantação e a prática da Responsabilidade Social nas empresas, em atividades sócio-esportivas, desenvolvendo uma consciência crítica acerca da qualidade da corporeidade vivida, contribuindo para a formação plena do ser humano.

Nestes projetos nas empresas, entendemos a atividade física enquanto via proporcionadora de competências pessoais e sociais, produtivas e cognitivas.

Qualquer atividade física apresenta benefícios ao organismo, melhora as funções cardiovasculares e respiratórias, queima calorias, ajuda no condicionamento físico e induz a produção de substâncias com caráter relaxante e analgésico, como a endorfina.

Acreditamos queResponsabilidade Social, Ética, Cidadania, e Direitos Humanos são os principais instrumentos de gestão e de informação, por meio dos quais as instituições demonstram o cumprimento de suas funções, no sentido do desenvolvimento sustentável, considerando os níveis interno e externo das suas ações sociais. Nesse estudo, nos propusemos a responder as questões atreladas aos benefícios advindos da prática dos exercícios físicos nas organizações.

A existência de práticas de atividades físicas dentro das empresas tem como objetivo o bem-estar dos colaboradores, que eleva a auto-estima, e favorece no aumento da produtividade em suas atividades de trabalho. Dessa forma o funcionário é visto como um cidadão com novos valores éticos identificados no convívio em sociedade, no exercer da Cidadania, uma das condições exigidas para a consecução dos Direitos Humanos, tais como a educação, saúde, trabalho, moradia, lazer e segurança.

Salientamos que foi no Centro Universitário Unieuro que despertamos para aanálise do projeto de qualidade de vida nas empresas, por ser uma organização inserida em projetos sociais e por ter uma visão e participação sobre o assunto dedicado a esse artigo. Com isso, este estudo teve início a partir de movimentos realizados dentro da instituição Unieuro.

O Unieuro é uma organização educacional privada, que oferece como serviço a educação para formação de nível superior e promove como extensão, atividade física como a capoeira, que é a mistura de luta, jogo e dança, nas quais alunos e comunidade em geral participam dessa atividade. O principal objetivo dessa prática é proporcionar à população acadêmica e à comunidade em geral estímulos para a criação de um hábito saudável que gera conforto e bem-estar.

Para entender melhor o funcionamento dessa atividade, participamos das aulas ministradas por um arte-educador, que são os mestres de capoeira. São assim denominados, porque a Capoeira ainda não é reconhecida como um esporte, mas como parte da cultura brasileira. Concluímos que a elevação da auto-estima do praticante melhora a disposição física e psíquica, contribuindo assim para um bom desempenho acadêmico e comunitário, ou seja, a prática concernente à cidadania.

As empresas selecionadas para esta pesquisa de campo foram: Politec[5] e STJ [6], todas elas com sede em Brasília - Distrito Federal.

A Politec é uma empresa privada de serviços de Tecnologia da Informação, que atua com várias unidades no Brasil, Estados Unidos, Japão e China. Na busca de inovações tecnológicas, é necessário manter funcionários criativos e motivados que cumpram com um elevado padrão de produtividade. Sendo assim, a Politec é uma empresa que investe em qualidade de vida para seus colaboradores, onde promove atividades como dança de salão, massagem e ginástica laboral, nos horários de almoço e intervalos no meio do expediente, com o propósito de aliviar o esforço aplicado na produção, e voltar para a rotina de trabalho com novas idéias e maior disposição.

Observamos que uma grande quantidade de pessoas pratica aula de dança de salão no horário do almoço, e os mesmos percebem, que para executar qualquer tarefa de forma eficiente, é inevitável suprir as necessidades básicas de todo ser humano como ter boa alimentação, repouso diário, lazer e entretenimento.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) é um órgão público, de interesse coletivo, que visa atender as necessidades da sociedade civil. Com o intuito de valorizar seus profissionais, promove há cinco anos o Programa STJ de Qualidade de Vida. Dentro deste programa encontra-se o Projeto Vida Ativa que é composto de atividades físicas diárias, mensais, semestrais e anuais, tais como ginástica localizada ginástica laboral, alongamento, jump fit, dança de salão, yoga, hidroginástica, natação, capoeira, Tai Chi Chuan[7] caminhada da lua entre outras, oferecidas em horários diversos.

A modalidade que mais se destaca é a ginástica laboral, por ser aplicada durante um intervalo no horário do trabalho, como prevenção da LER (lesões por esforçosrepetitivos) e lesões causadas pelo descuido com a postura, fraqueza derivada de trabalho excessivo e estresse. Este projeto segue como norteador de estilo de vida saudável, que reflete no desempenho profissional, pois aprimora as habilidades do colaborador.

Existem também estandes que oferecem massagens, orientação sobre alimentação, saúde e estética. Além disso, oferecidas nos horários de almoço e depois do expediente, atividades como futebol, vôlei e ginástica aeróbica.

Para a coordenadora do Departamento de Recursos Humanos,responsável pelo projeto de qualidade de vida, os resultados obtidos são todos positivos porque existe uma melhoria no humor, no exercício diário de trabalho e nas relações interpessoais, e aumenta a produtividade na empresa. Percebemos então a importância de investimentos no bem-estar físico e mental dos funcionários.

Observamos que, com a prática de atividade física, houve um aumento significativo de saúde, auto-estima, disposição física, relações interpessoais e motivação, o que contribui para o bem estar dos funcionários, tornando-os indivíduos com melhor conduta social e profissional. Percebe-se a preocupação das empresas com a sociedade, e como resultado as mesmas sãotituladas como empresas cidadãs, conforme Srour (1998), uma empresa cidadã é aquela que leva em consideração os problemas sociais existentes no país em que opera que se preocupa com o bem-estar dos seus funcionários, que cria práticas que reflitam as preocupações e os valores da empresa com todos os seus stakeholders.

Foi verificado nesta análise que os objetivos da Organização diferem dos objetivos dos colaboradores, pois, a empresa oferece atividades físicas para obter um aumento e qualidade da produtividade. O projeto de Qualidade de Vida nas empresas é de grande relevância, como atesta o coordenador do RH do STJ "(...) ocorre a melhora do clima organizacional, do nível de satisfação dos funcionários e conseqüentemente o maior desempenho da empresa".

Partindo dessas verificações, analisamos que algumas instituições nos serviram de estudos para a constatação de resultados interessantes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constatamos que para os funcionários as atividades propostas pelas empresas, organizações, entidades implicam em mudanças com o bem-estar físico, mas para as mesmas o bem estar físico proporciona o bem-estar mental em que ocorre o conseqüente progresso das relações interpessoais, da motivação e disciplina.

Nesse artigo observamos que as organizações estão investindo mais na Qualidade de Vida, para que haja uma melhoria nos resultados, no desenvolvimento e na produtividade de seus colaboradores. Para obter um reconhecimento da sociedade nesse papel social, é primordial formar colaboradores dentro e fora das organizações que preservem o convívio entre eles e o meio ambiente.

A proposta do projeto de Qualidade de Vida demonstra que a responsabilidade social, a ética, a cidadania, e os direitos humanos são os pontos de partida para um estudo de conscientização das organizações para obter melhores resultados, em decorrência da globalização e inovações tecnológicas.

Confirmamos o quão é importante à relação entre os seres humanos, para que assim a inter-relação com o próximo se torne mais significativa na melhoria da qualidade de vida.

Nesse enfoque desenvolvemos essa pesquisa por acreditarmos que a Responsabilidade Social envolve o sujeito nas diversas fases da vida: familiares - relações de grupos interpessoais, educação - aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas, trabalho - enquanto realização profissional. Sendo assim, Universidades, Empresas, Instituições e diferentes formas de se construir uma atividade ou atuação profissional perpassam pela condição de compromisso ou responsabilidade social inserida nesse contexto. Compreende-se que a ética e os direitos humanos contribuem para a formação do indivíduo-cidadão.

Percebemos que a Responsabilidade Social vai além de ações sociais ou solidariedade, que tem como preocupação a busca crescente de qualidade de vida de seus funcionários, clientes, acionistas e toda a comunidade, ou seja, de todos os envolvidos em suas atividades. Estão assim interligados com Ética, Cidadania e Direitos Humanos, propiciando valores morais, que resultam em mudanças positivas da conduta humana, que favorecem as empresas com colaboradores produtivos, geradores de maiores lucros sociedade tendo indivíduos conscientes que são habitantes de um Estado livre com direitos e deveres.

Bibliografia

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Revista eletrônica ETHOS Instituto  empresa e responsabilidade social. Endereço eletrônico: http://www.ethos.org.br

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OLIVEIRA, José Arimates. Responsabilidade social em pequenas e médias empresas. Revista de Administração de Empresas, v. 24, n. 04, p. 203-210, out/dez. 1984.

SROUR, Robert H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

TORRES, Ciro. Responsabilidade Social e Transparência. Rio de Janeiro: Boletim IBASE. 1999.

[1] Nesse artigo, utilizamos o termo organizações como sinônimos de empresas ou instituições: Associação com objetivos definidos. Aquilo que se empreende; Organização econômica destinada a produção ou venda de mercadorias ou serviços, tendo em geral como objetivo o lucro (e lucro social) (Dic Houaiss, 2002).

2 In this article, we use the term organizations as synonymous of companies or institutions: Association with definite objectives. What it is undertaken; Economic organization destined in producing or selling merchandises or services, having as objective a profit (and social profit) (Dic Houaiss, 2002).

[2] Revista eletrônica. http://www.ethos.org.br

[3] "The Marshall Lectures", conferências em Cambridge, 1949, in: Coleção leituras sobre a Cidadania - Cidadania e Classe Social  T. H. Marshall, Senado Federal, Centro de Estudos Estratégicos, Ministério da Ciência e Tecnologia, 2002.

[4]BARRETO, Maria Guimarães Selva. Esporte para a vida integral do homem. Artigo eletrônico. http//:wwwUFSCar.br. Acesso em 27.09.2007.

[5] Politec. Revista eletrônica. http//:www.politec.com.br. Acesso em 03.04.2009.

[6] STJ. Revista eletrônica. http//:www.gov.br. Acesso em 03.04.0.9

[7]Tai Chi Chuan  arte marcial chinesa significa prática do equilíbrio dos opostos: Tai = homem centrado; Chi= energia e Chuan= prática. Representa uma "batalha" entre o indivíduo e suas próprias limitações. Promove aos seus participantes flexibilidade e liberdade de escolhas (LEAL 2005).


Autor: Alane Leal


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