O Que Há De Estranho



Pode parecer estranho... Não me importo, mas de repente, senti uma vontade imensa de lhe dizer – EU TE AMO!

Foi um daqueles impulsos saídos da alma, em que não se consegue controlar, mas tem de colocar para fora.

Vali-me do meio eletrônico. No mesmo instante em que pensei, já me vi na caixa de mensagens escrevendo poucas palavras.

Se estranho ou não, quem sabe. Mas, e se fosse a última vez? A oportunidade teria passado.

Assim, não desperdicei o tempo e lá estava na caixa de saída – EU TE AMO!

Em letras grandes, na sua cor preferida (ou melhor, na nossa) – lilás.

Claro que vez ou outra espiava a caixa de mensagens, para encontrar ali sua resposta.

Esta chegou coroada de expectativa. Cada palavra era então lida... Muitas vezes relida.

Anotava palavra por palavra, uma a uma e passava a valer-me delas. Transpunha para as minhas as tuas palavras:

– "Eu não estranho nada não, apenas quero que você sinta, em você, a mulher que não tem vergonha de sentir, de modo limpo e puro toda sua feminilidade".

Leio... E releio... E volto a ler... Não me canso.

Escrevo... Volto a ler... Quanto mais escrevo, mais percebo que faltam palavras.

Você me inspira, aí não tenho limites para escrever. 

Você torna a me dizer:

– "Por que não? Eu lhe respeito sempre... Estranho ou não... Bem ou mal... Forte ou fraco, se Deus nos colocou no mesmo caminho... porque não! Um caminho que não tem contra mão...

O que eu gosto em você é que você não admite rotina! Essa rotina angustiosa. Essa rotina dos prisioneiros da vida!

Eu te amo! Liberta-nos!

Amamos porque conhecemos Aquele que é além de tudo! Nunca o apesar de tudo! Além do mais, distante de ti, em minha imaginação, vejo teus olhos criarem saudades de mim!"

E depois de tudo... O que pode haver de estranho!


Autor: Inajá Martins de Almeida


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