Cuidados de Enfermagem no Traumatismo Cranio Encefálico



O traumatismo crânio encefálico (TCE) começou a ser descrito como importante fator de óbito em suas vítimas, tomando proporções cada vez maiores com a evolução da humanidade, até atingir os atuais índices de morbidade e mortalidade. Objetivou-se, no estudo, o significado do cuidado da equipe de enfermagem perante um paciente com traumatismo crânio encefálico em uma unidade de terapia intensiva, verificando o conhecimento da equipe acerca desse cuidado e do conhecimento com os equipamentos necessários para o atendimento dessas vítimas. O estudo é do tipo descritivo e exploratório com abordagem de natureza qualitativa, desenvolvido nas instituições hospitalares São João Batista na cidade de Viçosa e Arnaldo Gavazza na macro região de Ponte Nova. A escolha da instituição deu-se em razão de ser o local de referência de atendimento a pacientes com Traumatismo Crânio Encefálico. Os dados foram colhidos no período de Julho a Setembro de 2009, através de um questionário de perguntas abertas. Os depoimentos foram analisados com base no método de análise de conteúdo. Foi concluído, que o significado do cuidado específico ao TCE para a maioria dos profissionais de enfermagem não é suficiente para que possamos destacar algo inovador junto ao paciente com trauma encefálico. Com isso, percebe-se que as equipes de enfermagem dos hospitais supracitados não estão preparadas para lidar com situações especificas do trauma, necessitando assim de treinamentos práticos e teóricos voltados ao cuidado de pacientes com TCE. Palavras chaves: Traumatismo Crânio Encefálico, Unidade Terapia Intensiva, Cuidados de Enfermagem.

Traumatismo crânio encefálico (TCE) ocorre devido um trauma na região do encéfalo, localizada na parte interna do crânio onde são acometidas lesões graves que podem acarretar lesões anatômicas ou comprometimento funcional do couro cabeludo (BELLAN, ANGELIS, CINTRA, 2005, SANTOS, 2007).

Foi a partir de 1682 que o traumatismo crânioencefálico (TCE) começou a ser descrito como importante fator de óbito em suas vítimas, tomando proporções cada vez maiores com a evolução da humanidade, até atingir os atuais índices de morbidade e mortalidade. Atualmente, os traumas mecânicos são a quarta causa de morte e a principal causa de óbito entre 1 e 45 anos, sendo o TCE responsável por cerca de 40% destes óbitos1 e pela maioria das mortes precoces em traumatizados graves (MELO, SILVA, JR, 2004).

As últimas décadas têm assistido ao desenvolvimento de estudos dos TCE na vida civil. Nas décadas de 1970 a 1980, estudos escoceses sistematizados serviram de base para o estabelecimento de normas de avaliação relacionadas ao prognóstico, tendo a Escala de Coma de Glasgow se tornando padrão mundial (BRANDT, et. al., 2006).

Os pacientes vítima de TCE são a quarta causa de mortalidade nos últimos anos, prevalecendo às pessoas entre 1 a 45 anos. A mortalidade dos pacientes vitima de TCE esta em torno de 40% e não está limitada somente para países desenvolvidos, sendo mais da metade dos traumas encefálicos ocorrem no local do acidentes, sem tempo hábil para reanimação (OLIVEIRA, WILBELINGER, LUCAS, 2000; OMS, 2000).

Corroborando com. O TCE responde por 75 a 97% das mortes por trauma. Para cada paciente morto, pelo menos 3 ficam gravemente sequelados, podemos dizer que a mortalidade relacionada à TCE pode ser reduzida não só com avanços no atendimento inicial e com cuidados intensivos, mas, principalmente, com medidas preventivas (GUERRA, JANNUZZI, MOURA, 1999).


Autor: Simone Cunha Magalhães Rodrigues


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