Causas do Transtorno de Pedofilia e suas Consequências



Impossível identificar a causa ou causas da pedofilia. Pensava-se que a o histórico de abuso sexual na infância era um forte fator de risco, mas pesquisas recentes não encontraram relação causal, uma vez que a grande maioria das crianças que sofrem abusos não se torna infrator quando adultos, nem tampouco a maioria dos infratores adultos relatam terem sofrido abuso sexual. O "US Government Accountability Office" concluiu que "a existência de um ciclo de abuso sexual não foi estabelecida." Antes de 1996, havia uma crença generalizada na teoria do "ciclo de violência", porque a maioria das pesquisas feitas eram retrospectivas e baseadas em um grupo pré-definido (Cross-sectional study) os infratores eram questionados se teriam sofrido abusos no passado. A maioria desses estudos descobriu que a maioria dos adultos infratores relataram não terem sofrido qualquer tipo de abuso durante a infância, mas os estudos variam quanto as estimativas percentuais de infratores com histórico de abusos em relação ao total de infratores, de 0 a 79 por cento. Pesquisa mais recentes, de caráter prospectivo longitudinal, estudando crianças com casos documentados de abuso sexual ao longo de certo período a fim de determinar que percentagem delas se tornaria infratora, tem demonstrado que a teoria do ciclo de violência não constitui uma explicação satisfatória para o comportamento pedófilo.

Recentes estudos, empregando exploração por ressonância magnética, foram feitos na Universidade de Yale e mostraram diferenças significativas na atividade cerebral dos pedófilos. O jornal Biological Psychiatry declarou que, pela primeira vez, foram encontradas provas concretas de diferenças na estrutura de pensamento dos pedófilos. Um psicólogo forense declarou que essas descobertas podem tornar possível o tratamento farmacológico da pedofilia. Continuando nessa linha de pesquisas, o Centro de Vício e Saúde Mental de Toronto, em estudo publicado no Journal of Psychiatry Research, demonstrou que a pedofilia pode ser causada por ligações imperfeitas no cérebro dos pedófilos. Os estudos indicaram que os pedófilos têm significativamente menos matéria branca, que é a responsável por unir as diversas partes do cérebro entre si.

Muitos pesquisadores tem relatado correlações entra a pedofilia e algumas características psicológicas, como baixa auto-estima e baixa habilidade social. Até recentemente, muitos pesquisadores acreditavam que a pedofilia fosse causada por essas características. A partir de 2002, outros pesquisadores, em especial os sexólogos canadenses James Cantor e Ray Blanchard junto com seus colegas, começaram a relatar um série de descobertas relacionando a pedofilia (a definição médica da preferência sexual por crianças, não a definição comportamental utilizada por outras fontes) com a estrutura e o funcionamento cerebrais: homens pedófilos (e hebefílicos) possuem QI mais baixo, pontuação mais baixa em testes de memória, maior proporção de canhotos, taxas mais altas de repetência escolar em proporção com as diferenças de QI, menor estatura, maior probabilidade de terem sofrido ferimentos na cabeça acompanhados de perda de consciência, e várias diferenças em estruturas cerebrais detectadas através de ressonância magnética nuclear (MRI, em inglês). Eles relatam que suas descobertas sugerem a existência de uma ou mais características neurológicas congênitas (presentes ao nascer) que causam ou aumentam a probabilidade de se tornar um pedófilo. Evidências de transmissão familiar "sugerem, mas não provam que fatores genéticos sejam responsáveis" pelo desenvolvimento da pedofilia.

Outro estudo, usando ressonância magnética nuclear (MRI) estrutural, mostra que homens pedófilos possuem um menor volume de massa branca do que criminosos não-sexuais.

Imagens de ressonância magnética funcional (FMRI) tem mostrado que pessoas diagnosticados com pedofilia que abusaram de crianças tem ativação reduzida do hipotálamo, em comparação com indivíduos não-pedófilos, ao serem expostos a fotos eróticas de adultos. Um estudo de neuroimagem funcional de 2008 nota que o processamento central de estímulos sexuais em "pacientes pedófilos forenses" heterossexuais podem ser alterados por um distúrbio nas redes pré-frontais, que "podem estar associadas a comportamentos controlados por estímulo, como os comportamentos sexuais compulsivos." As descobertas podem também sugerir "uma disfunção no estágio cognitivo do processamento da excitação sexual."

Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) revisaram a pesquisa que tentou identificar aspectos hormonais de pedófilos. Eles concluíram que há de fato alguma evidência de que homens pedófilos tem menos testosterona do que aqueles no grupo de controle, mas que a pesquisa é pobre e que é difícil tirar qualquer conclusão firme a partir dela.

Apesar de não poderem ser consideradas causas da pedofilia, diagnósticos psiquiátricos adicionais como distúrbios da personalidade e abuso de substâncias são fatores de risco para a concretização dos impulsos pedófilos. Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) notaram, a respeito do nexo-causal pedofilia-estados psiquiátricos adicionais, que "as implicações teóricas não são tão claras. São os genes específicos ou fatores nocivos no ambiente pré-natal que predispõem um homem a desenvolver distúrbios afetivos e pedofilia, ou a frustração e isolamento causados pelos desejos sexuais socialmente inaceitáveis ou a sua ocasional satisfação - é que levam à ansiedade e ao desespero?" Eles indicaram que, por terem constatado anteriormente que mães de pedófilos tem maior probabilidade de terem passado por tratamento psiquiátrico, a hipótese genética é mais provável.

A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela Organização Mundial de Saúde. Os atos sexuais entre adultos e crianças abaixo da idade de consentimento (resultantes em coito ou não) é um crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram atos ilícitos classificados por muitos países como crime. O comportamento pedófilo é mais comum no sexo masculino.

De acordo com artigo publicado no periódico chileno (Psykhe 1ºed. 2009), a realização de testes de Rorschach indica que pode haver um conjunto de características psicológicas próprias dos agressores sexuais, capaz de distingui-los da população em geral: comportamentos passivos e imaturos perante si mesmos e o entorno, assim como "um contato pobre com a realidade". A pesquisa foi realizada por Pamela Jiménez Etcheverría, da Universidad de La Frontera, de Temuco, no Chile, e foi veiculada na primeira edição de 2009 do periódico. 

Entre os resultados da apuração, (Etcheverría 2009) afirma que os agressores sexuais possuíam "um estilo de lidar consigo mesmos e com seu entorno de forma passiva, imatura e com um contato pobre com a realidade". Ela também alega que  foram observadas especificamente "diferenças significativas nos indicadores mais relevantes, associados às habilidades sociais -SumPond C, EA, H-, menores nos delinquentes sexuais do que no estudo de referência nacional  composto por indivíduos que não cometeram o delito. Isso indica que a quantidade de recursos com os quais contam não seria suficiente para desenvolver as habilidades sociais adequadas, como tampouco para enfrentar as demandas do meio, sendo assim limitada sua capacidade para reconhecer as necessidades de outros e de adaptação ao entorno".

 Para a pesquisadora, "os dados evidenciam a incapacidade que o delinquente sexual possui para manter um funcionamento social adequado, tal como afirmam Beneyto y Garrido (1997), e isso o impede de estabelecer relações satisfatórias com outros adultos". Além disso, "alguns autores, como Echeburúa e Guerricaechevarría (2000) argumentam que essa falta de habilidade social no grupo pode estar relacionada com abusos sexuais vividos na infância, o que se associaria ao desenvolvimento de sentimentos de inferioridade e inibições internas, com a consequente incapacidade para estabelecer relações sociais normais".

Ainda em relação ao perfil do abusador, é interessante citar dados coletados na ong brasileira CECOVI (www.cecovi.org.br):

Segundo análise feita em 1.169 casos de violência doméstica atendidos no SOS Criança da ABRAPIA, entre janeiro de 1998 e junho de 1999, foram diagnosticados: 65% de violência física, 51% de violência psicológica, 49% de casos de negligência e 13% de abuso sexual. Em 93,5% dos casos os agressores eram parentes da vítima (52% - mãe, 27% - pai, 8% -padrasto/madrasta, 13% - outros parentes) e em 6,5% os abusadores não são parentes (3% - vizinhos, 2% - babás e outros responsáveis, 1,5% - instituições.

Dos 13% de casos envolvendo abuso sexual a pesquisa demonstrou que: a) A idade da vítima: 2 a 5 anos - 49%, 6 a 10 anos - 33% b) 80% das vítimas tinham sexo feminino c) 90% dos agressores eram do sexo masculino

O adulto que comete violência sexual sempre pede para a criança guardar segredo sobre o que aconteceu usando diversas formas de pressão. É muito comum a criança se sentir culpada e até merecedora da violência em si, haja visto ela não ter estrutura mental suficiente para explicar tal ato cometido contra si. Aliado ao sentimento de culpa, a pressão psicológica exercida pelo perpetrador, o próprio laço de afeição entre estes (não se esqueçam que normalmente o abuso ocorre entre familiares).

Trazendo à baila estudos e pesquisas de especialistas na área de comportamento humano, tem-se as seguintes contribuições:

Passa o maior tempo possível com a criança. É amável, simpático e toca a criança "acidentalmente". Procura crianças com pouca ou nenhuma supervisão dos pais. Se faz de amigo. Usa o amor como isca e evita ameaças enquanto for possível Interessa-se pelo bem-estar da criança Convence a criança de que está tudo bem e que nada de mal vai acontecer.1

Na sociedade de hoje todas as pessoas pedófilas buscam estar sempre em contato com as crianças, abaixo podemos constatar algumas características:

CAMPOS (2003) quanto aos aspectos que caracterizam o pedófilo explica que, geralmente, são indivíduos de baixíssima estima, uma imaturidade emocional que a pessoa tem a necessidade de compensar sentindo-se superior, dominante. Como ela não consegue isso com o adulto  porque teria de estabelecer uma relação de igual para igual  realiza a sensação de poder relacionando-se com a criança. E ai não importa se menino ou menina importa se é criança. Pessoas que desenvolvem esse distúrbio, quase sempre sofreram rejeições ou abuso sexual, não reconhecem mal no que fazem, (...), priorizam o sexo oral, procuram não provocar lesões físicas aparentes e praticam uma violência psicológica, muitas vezes irreversível, (CARRERA,2009).

Na opinião de BAPTISTA (2003) na maioria dos casos os pedófilos têm idade que varia entre os 30 e 40 anos, muitos dos quais são alcoólatras ou portadores de alguma psicose. Geralmente, possuem convicção religiosa, apresentando maturidade e solidão. Acrescenta que os pedófilos mais perigosos são aqueles em quem a criança confia, como um amigo da família, um dos empregados da casa, ou aquele que a criança idealiza por suas funções, como por exemplo, um técnico de futebol, um professor, um ministro religioso, ou seja, pessoa que tenha função ou autoridade, (CARRERA,2009).

O Pedófilo, geralmente é uma pessoa tranquila, calma e de muitos amigos, principalmente crianças, estão sempre querendo ser úteis para com elas ou para com a família delas. Alguns estão dentro da própria família, em ambos os casos é comum eles quererem sempre estar a sós com as crianças, não forçadamente, mas sempre estão dando um jeitinho de ficar só com elas ou sair só com elas, outra dica é notar quando uma pessoa olhar para seus filhos, como se estivessem olhando já para uma pessoa formada.

Segundo a revista Istoé, do dia 8 de março de 2006, O perfil dos pedófilos brasileiros, em razão dos rastreamentos feitos pela polícia. Constata-se que são jovens de classe média, com idade entre 17 e 24 anos, são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de suas próprias famílias, como sobrinhos e até irmãos, de acordo com as apurações da polícia. No comércio da pedofilia, uma foto de criança seviciada chega a valer US$ 100. Um vídeo de cinco minutos, US$ 1 mil. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente.

Normalmente, são solteiros, têm pouco mais de 40 anos de idade e costumam serem profissionais liberais. Até onde se sabe 95% dos consumidores de pornografia infantil sofreram eles próprios abusos sexuais na infância.

Segundo Kaplan et al (1997), dentre as crianças vítimas de abuso sexual, 32% têm menos de 5 anos de idade; 27% têm entre 5 e 9 anos; 27% têm entre 10 e 15 anos; e 14% têm entre 15 e 18 anos."

As principais vitimas são: crianças de rua, ou crianças em que os pais ficam maior tempo longe, tendo pouco contato ou com muita liberdade, que tem fácil acesso a computadores a internet, telefones, locais frequentados por adultos, filhos de pais separados, onde o principal abusador pode ser o novo parceiro.

Assim, poderão apresentar corrimento vaginal, hemorragia vaginal, ardor ao urinar, corrimento através da uretra (canal por onde sai a urina), alterações do comportamento (agressividade, masturbação excessiva ou de modo exibicionista, atitudes e conversas sobre temas sexuais desadequados ao nível etário), pesadelos, insônia, encoprese (perda de controle da emissão de fezes), medo de estar sozinho, dificuldade de aprendizagem, etc. Algumas crianças apenas apresentam queixas inespecíficas persistentes, como dor de cabeça, dores de barriga ou crises de asma. Noutros casos não há evidência de sintomas imediatos, podendo surgir alterações psicológicas tardias. Há que ter presente que a maioria destes sintomas estão presentes noutras situações, sem abuso sexual; o seu aparecimento e a sua persistência sem outras causas evidentes deve fazer com que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos, facilitando o diálogo com a criança e encorajando-a a falar sobre um eventual incidente, (FERRÃO,2009).

As crianças vítimas de abuso sexual podem apresentar sintomas variados, nem sempre fáceis de relacionar com o abuso.

Estudos desenvolvidos no mundo científico a respeito da pedofilia, por especialistas de diversas áreas como, sexólogos, psicólogos e psiquiatras, admitem que tal prática, longe de ser banal, tão pouco poderá ser aceita como prática normal ou comportamental sadia. Seus efeitos podem causar danos irreparáveis no indivíduo que foi violentado, produzindo marcas profundas durante toda sua existência.

As ofensas sexuais contra crianças constituem uma parcela significativa dos atos sexuais criminosos, sendo que os indivíduos com Exibicionismo, Pedofilia e Voyeurismo perfazem a maioria dos agressores sexuais presos. Em algumas situações, a ação sob a influência da imaginação parafílica pode acarretar ferimentos auto-infligidos (como no Masoquismo Sexual).

Os relacionamentos sociais e sexuais podem ser prejudicados se as outras pessoas consideram vergonhoso ou repugnante o comportamento sexual incomum ou se o parceiro sexual do indivíduo recusa-se a cooperar com suas preferências sexuais incomuns. Em alguns casos, o comportamento incomum (por ex., atos exibicionistas ou coleção de fetiches) pode tornar-se a principal atividade sexual na vida do indivíduo.

Esses indivíduos raramente buscam auxílio por sua própria conta, geralmente chegando à atenção dos profissionais de saúde mental apenas quando seu comportamento provocou conflitos com parceiros sexuais ou com a sociedade. (DMS- IV, 2009).

Disserta sobre o assunto Ana Ferrão:

O abuso sexual pode causar alterações emocionais transitórias (medo, confusão, culpa, ansiedade, tristeza, desconfiança) e provocar consequências, a médio e a longo prazo, a nível físico, psicológico e comportamental. Consequências psicológicas  ansiedade, depressão, alterações do sono, agressividade, desconfiança, disfunção sexual na idade adulta,(FERRÃO,2009).

A criança vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que ela não tem valor e adquire uma representação anormal da sexualidade. Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, e ainda, se inclinar para a prostituição ou terem outros problemas sérios quando adultos.

Os efeitos do choque que representa a violência sexual podem repercutir em diversos aspectos do desenvolvimento da criança indo até a sua fase adulta.

Azevedo, Guerra e Vaiciunas (2000) listam como conseqüências psicológicas da violência sexual em curto prazo as dificuldades de adaptação sexual interpessoal e afetiva. Em longo prazo, as vítimas geralmente apresentam dificuldades de relacionamento com figuras masculinas, pelo fato de os agressores serem, em sua

grande maioria, homens. A intimidade representa uma ameaça, pois é difícil para a

vítima estabelecer vínculos de confiança. As idéias de morte e os suicídios também são consequências marcantes, segundo as autoras.

Estas crianças podem apresentar baixa auto-estima, hostilidade, agressividade, empobrecimento das habilidades sociais e depressão segundo Padilha (2002). Distúrbios relacionados à sexualidade também são freqüentes tanto na infância quanto na idade adulta dessas vítimas.

Ainda de acordo com a autora, são frequentes os pensamentos e recordações recorrentes sobre o abuso, medo, ansiedade e uma tendência, que ela diz ser a pior conseqüência, a não acreditar em sua capacidade de controlar as situações, tornando-se uma pessoa passiva, incapaz de se proteger e permitindo que os outros façam consigo o que quiserem, explorando-a muitas vezes.

De acordo com Williams (2002), os sintomas apresentados a curto prazo são o comportamento sexualizado, ansiedade, medos, pesadelos, depressão, isolamento social, queixas somáticas, fugas de casa, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, comportamentos autodestrutivos, problemas escolares, pensamentos suicidas e comportamentos regressivos como enurese, choros e birra.

A longo prazo, Kendall-Tackett, et al (1993 apud WILLIAMS, 2002) mencionam que existe uma tendência ao desaparecimento destes sintomas entre 12 a 18 meses após o abuso sexual. Um número considerável de casos, contudo, apresenta agravamento dos sintomas, que podem convergir para depressão, revitimização, perturbações no sono, ansiedade, problemas com relacionamento sexual, uso abusivo de substâncias, ideação suicida, promiscuidade e prostituição.

Papalia e Olds (2000) também citam alguns efeitos do abuso sexual sofrido por crianças, entre eles estão os atrasos de linguagem, déficit cognitivo, agressividade, rejeição por parte de outros grupos, abuso de álcool e drogas, e, até mesmo, tendência a tornarem-se delinqüentes quando adultos.

Segundo as autoras, as consequências variam de acordo com a idade em que o abuso sexual foi sofrido. Os sintomas mais comuns em crianças em idade pré-escolar, vítimas de abuso sexual, são: a ansiedade, os pesadelos e um comportamento sexual inapropriado. Já em crianças em idade escolar, encontram-se mais comumente, distúrbios mentais, agressividade, pesadelos, hiperatividade, comportamentos regressivos e problemas escolares. Nos adolescentes, os sintomas mais comuns são a depressão, o abuso de substâncias químicas e o comportamento retraído ou suicida.

Como efeitos manifestados em longo prazo, destacam-se aqueles que os adultos, com história de violência sexual na infância, apresentam tais como ansiedade, estados depressivos, hostilidade, dificuldade de confiar nas pessoas, sentimentos de isolamento e rotulação e ainda problemas relativos ao aspecto sexual.

Nota-se, então, que os efeitos psicológicos gerados pelo abuso sexual são muitos e podem ocorrer das mais diversas formas em qualquer estágio da vida do indivíduo.

Eles mostram-se em curto, médio e longo prazo. Crianças vítimas de violência sexual podem sofrer por toda a vida os efeitos desagradáveis da agressão se não passarem por um tratamento adequado.

Ao longo do estudo constatou-se alguns fatores psicológicos marcantes como: culpa; vergonha; ambivalência; irritação; medo; ansiedade; confusão; perda/tristeza; insegurança; impotência/desamparo.

Todos estes fatores culminam na personalidade do adulto, trazendo diversos problemas para a sociedade, pois podem tornar a prática do abuso uma roda viciosa e difícil de quebrar.

1 Editora Globo. Autor não mencionado. Pedofilia Movimenta R$ 4 Milhões Apenas no Brasil. Disponível em: . Acesso em 18 de ago 2009.


Autor: Marcelo Zaranski


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