Meu norte interior



Não procure sentido nas minhas palavras. Não escrevo para ser lida, nem para ler, escrevo para me decifrar!
Eu tento tornar tangível o invisível, plausível o inconcebível e concreto o inefável. Coloco o senti(do)r nas linhas e o sentido nas entrelinhas. E não tenho regras!
Tento converter cada lágrima em uma palavra e cada palavra em um momento fotocaligrafado. Deixei de usar o medo como cadeado nos meus portões há muito tempo, antes, arrisco a riscos expressar a camada que fica entre eu e mim... às vezes de seda, às vezes de ferro! Só assim consigo ser leve mesmo diante dos maiores fardos.
Guardo as lembranças na memória, mas não faço delas meu norte, meu caminhar é para frente, com passos largos e peito aberto.
Para mim não existe nem certo e nem errado, existem apenas as sequências de consequências; para mim não existe sempre, existe apenas agora; para mim existe esperança! Até porque entendo que quem a abandona, já foi abandonado pela vida há tempos  por isso é conhecida por ser sempre a última a morrer.
Se não temos sol, ainda nos resta a lua. Se não temos a lua, as estrelas. Se não temos nada, temos a nós... e sem nós, nada! A fonte não está no mundo e nem nas outras pessoas, está em nós, por isso, viver não é apenas o que acontece lá fora, é, antes de tudo, o que acontece aqui dentro.
De repente vida;
de repente amor;
de repente amada!
O essencial é invisível aos olhos, disse a raposa ao Pequeno Príncipe. Mas quem disse que as flores não falam?
Autor: Andréia Ponciano De Moraes


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