DISLEXIA: ''MAUS'' ALUNOS OU DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM



Ausônia Aparecida Nunes Pereira - Graduada em Pedagogia pela Uni- Bh. Professora de Ensino fundamental em curso na escola Municipal em Ribeirão das Neves.

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RESUMO

Este artigo propõe uma breve reflexão sobre Dificuldades de aprendizagem. Pois, é comum encontrarmos no contexto de sala de aula, educadores irritados e desanimados com alguns alunos que se demonstram apáticos, inquietos, difíceis de lidar, estes são muitas vezes rotulados como "preguiçosos", "lerdos", "imaturos", "lambões", "infrequentes", "desinteressados".

PALVRAS CHAVES: Alunos, Dificuldades de aprendizagem e contexto de sala de aula.

ABSTRACT

This article proposes a reflection on Learning disabilities (DA). For it is common to find in the context of the classroom, educators angry and discouraged some students show apathy, restless, hard to handle, these are often labeled as "lazy," "nerds," "immature," "lambões" "infrequent", "disinterested".

A sala de aula é um espaço pedagógico dinâmico, com público heterogêneo, lugar de diferenças e diversidades. È nesse contexto que ocorrem, os conflitos, nas relações de sociabilidade, interações, cooperações, trocas de experiências, ideias, informações e opiniões que contribuem para o desenvolvimento de aprendizagens significativas.

È no interior das salas de aulas de algumas instituições, principalmente publicas, que encontrarmos educadores desanimados, cansados e se queixando que, alguns alunos não aprendem. Que estes dão problemas o tempo todo. Esses alunos são classificados por esses professores como "maus" alunos. Pois, o rendimento escolar desses educandos está sempre em defasagem em relação aos que, são tidos como "Bons" alunos.O que estes educadores muitas vezes não sabem, ou não querem enxergar, è que, estes alunos que são muitas vezes rotulados como "preguiçosos", "lerdos", "imaturos", "lambões", "infrequentes", "apáticos", "desinteressados", "desorganizados", "incapazes" difíceis de lidar. Podem, estarem acometidos por dificuldades de aprendizagem que podem aparecer nos indivíduos de formas suaves; moderadas; graves; profundas.

Segundo Bossa (2000), A "Identificação das causas dos problemas de aprendizagem escolar requer uma intervenção especializada. Nessa perspectiva sabemos que, cabem ao professor as decisões de encaminhar o aluno para o atendimento a profissionais especializados. Porque, a definição de dificuldades de aprendizagem é tão diferente e imprecisa, se uma criança muda de região ou de estado, pode passar a ser avaliada de acordo com critérios diferentes, isto é, pode passar a ser classificada de forma diferente. Essa é uma tarefa muito complexa para a escola e a família trabalharem juntos.

As crianças com dificuldades de aprendizagem não são crianças incapazes, apenas apresentam alguma dificuldade para aprender, demoram mais tempo para compreenderem comandos, entenderem, ouvir, assimilar, se organizar, em atividades sistematizada ou lúdicas. Por isso, elas podem precisar de apoio até mesmo, em tarefas práticas do cotidiano, tal como se vestir, locomover se comunicação.

As dificuldades de aprendizagem no passado eram chamadas de "atraso mental", atualmente esse termo e considerado ofensivo, pois, elas não são doenças, nem moléstias.Embora sabemos que, os indivíduos com dificuldades de aprendizagem mais graves podem precisar de cuidados específicos durante o cotidiano, especialmente aquelas que têm dificuldades de aprendizagem múltiplas e profundas.

Durante muitos anos os alunos foram penalizados, responsabilizados pelos fracassos, sofriam punições e críticas, mas, com o avanço da ciência, hoje não podemos nos limitar a acreditar, que as dificuldades de aprendizagem, seja uma questão de vontade do aluno, é uma questão muito mais complexa, onde vários fatores podem interferir na vida escolar, tais como os problemas de relacionamento professor-aluno, as questões de metodologia de ensino e os conteúdos escolares.Se a dificuldade fosse apenas originada pelo aluno, por danos orgânicos ou somente da sua inteligência, para solucioná-lo não teríamos a necessidade de acionarmos a família, e se o problema estivesse apenas relacionado ao ambiente familiar, não haveria necessidade de recorremos ao aluno isoladamente.A relação professor/aluno torna o aluno capaz ou incapaz.

Se o professor tratá-lo como incapaz, não será bem sucedido não permitirá a sua aprendizagem e o seu desenvolvimento. Se o professor mostrar-se despreparado para lidar com o problema apresentado, mais chances terão de transferir suas dificuldades para o aluno.Como afirma Garcia (1998), As dificuldades de aprendizagem são concebidas como parte do todo das necessidades educativas especiais, e a forma de tratá-las é mediante adaptações curriculares mais ou menos significativas. Assim, levamos em consideração as realidades interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os. Procurando compreender de forma global e integrada os processos cognitivos, emocionais, orgânicos, familiares, sociais e pedagógicos que determinam à condição do sujeito e interferem no processo de aprendizagem, possibilitando situações que resgatem a aprendizagem em sua totalidade de maneira prazerosa.As necessidades de aprendizagem de cada aluno variam em função das matérias, das disciplinas, das situações e emoções do momento.

CONCLUSÃO

Refletindo acerca da temática concluímos que, não existem "Maus" alunos, o que existem são dificuldades de aprendizagem que surgem em qualquer situação, idade ou momento do seu percurso escolar do educando que as vezes não é compreendido no seu tempo.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS

BOSSA, Nadia A. Dificuldades de aprendizagem: O que são Como? / tratá-las?. Porto Alegre: Artes Mèdicas Sul, 2000.

GARCIA, Jesus Nicasio. Manual de dificuldades de Aprendizagem: Linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas,1998.


Autor: Ausônia Aparecida Nunes Pereira


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