Lições do Frei Albino Aresi: DO PSIQUISMO E CÉREBRO
DO PSIQUISMO E CÉREBRO
Não desfazendo das várias teorias relativas ao psiquismo, por achá-las insuficientes e inadequadas para explicar o homem em sua totalidade ontológica[1].
Aqui só quero assumir a palavra psiquismo no sentido dos filósofos helênicos, em que Aristóteles usou a palavra "psique" para indicar o princípio vital específico de cada reino.
"Por isso, omitindo aqui todas as conceituações psicológicas que poderiam truncar o homem pluridimensional, só queremos atingir o aspecto da Antropologia psicodinâmica", que explica o "porquê" e o "como" das potencialidades, manifestações e realizações do homem.
PSICOLOGIA
A Psicologia (Gr. Psyche + logia) é o tratado da alma (mente humana) é a ciência do comportamento humano em suas relações.
A Psicologia Dinâmica estuda a influência do Inconsciente no Comportamento humano[2].
A Psicologia Moral ocupa-se das operações livres, como manifestações da natureza humana e que forma a consciência moral.
A Psicológica Patológica estuda as anomalias e doenças mentais, como também as personalidades neuróticas com todas as suas somatizações.
A Psicologia Racional (metafísica) estuda os fundamentos essenciais dos processos psíquicos e a natureza intrínseca da alma humana (espiritualidade, imortalidade, simplicidade, etc.).
O Cérebro
O cérebro é a massa cinzenta envolvida pela caixa craniana e constituída de neurônios, ou células que formam os vários centros nervosos aferentes (centrípetos) e eferentes (centrífugos), conforme os estímulos são recebidos ou enviados.
Os estímulos são:
Específicos: quando atingem o cérebro através de receptores próprios, como a luz através dos olhos, o som através do ouvido, etc.
Não-específicos: quando são captados genericamente pelo sistema nervoso periférico ou pela hiperestesia[3].
"O sistema nervoso é o primeiro que começa a se formar no embrião e é o último que termina de se formar no adolescente".
Ele é o órgão onde se condiciona se manifesta e se realiza o espírito. É o responsável principal das funções e alterações psicológicas.
Em resumo:
O cérebro é a parte do corpo, onde o espírito, inserido e consubstanciado na matéria, tem o poder de comandar os demais membros do corpo.
O cérebro verticalmente divide-se em dois hemisférios iguais: direito e esquerdo, sendo este o mais importante. Cada um desses hemisférios regula a parte oposta do corpo.
Se o corte for horizontal teremos:
A zona superior (cortical), constituído pelo encéfalo, medula espinhal e nervos correlatos... No córtex é que se formam as decisões e iniciativas Inteligentes. É a parte do consciente; é a sede da razão e da vontade, própria só do homem. Esta é a parte maior do cérebro, através da qual a mente exerce a sua faculdade de pensar e raciocinar. É daí que se irradia o sistema nervoso central. Aí é feita a seleção das impressões recebidas pelos sentidos, impressões essas que permanecem todas gravadas.
A zona subcortical, constituída pelo tálamo, hipotálamo, cerebelo, etc., que impropriamente chamamos de inconsciente ou subconsciente. Aí é feita a integração dos movimentos voluntários e autônomos através da formação reticular. Essa região cerebral é comum tanto no homem como no animal, diferentemente do córtex, que pela sua maior complexidade, nos caracteriza como racionais.
Também funciona o sistema neurovegetativo (simpático e parassimpático) que rege os automatismos e tropismos. É a região dos instintos.
"Se o homem se abandonar aos automatismos do cérebro inferior (subcórtex), fica abaixo do animal, pois a humanização deste cérebro inferior não lhe assegura um funcionamento correto senão quando este trabalhar sob o controle do cérebro superior (córtex), através do qual conscientiza seus atos".
Modernamente considera-se o cérebro como uma grande glândula, secretora de nero-hormônios. E estes, são despejados na hipófise, que é uma pequenina glândula dentro do cérebro e que comanda todas as demais glândulas do organismo.
A hipófise tem duas partes: a anterior ou adeno-hipófise (parte secretora de hormônios que vão agir nos testículos, ovários, tiróide, etc.) e a posterior ou neuro-hipófise, que está em contato direto com o hipotálamo, que é a "estação de controle" do cérebro e a "sede das emoções". A parte anterior não funciona separada da posterior. Daí concluir-se ser a parte posterior um veículo de neuro-hormônios não isolados mas com existência provada por métodos especiais de colaboração de tecidos que vão agir na parte secretora "anterior" (do hipotálamo humano saem para a hipófise cerca de 100.000 fibras nervosas, muitas delas secretoras.
Por esta via o cérebro controla e entra em contato com todo o corpo. E é por ela ainda que as emoções atingem o corpo, os sentimentos se tornam palpáveis e visíveis (o hipotálamo regula a temperatura, o apetite, etc.).
Notas adicionais:
Dos sentidos
Visão ondas eletromagnéticas;
Audição ondas sonoras;
Olfato e Paladar ingredientes químicos; e
Tato estímulos mecânicos.
Referências:
Frei Albino Aresi
HTTP://metapsicanalise.blogspot.com
[1] Ontologia (em grego ontos e logoi, "conhecimento do ser") é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres.
[2] O homem tem dois planos de conhecimento:conhecimento e inconsciente. São conscientes os desejos, os pensamentos, os atos, etc., que despertam a nossa percepção atual. São inconscientes os fatos esquecidos com tendência reflexológica, as tendências congênitas e as impressões subliminares. Pesquisas modernas revelam que o inconsciente é também capaz de raciocinar, imaginar, etc.
[3] Distúrbio neurologico que se dá ao excesso de sensibilidade de um sentido ou órgão a qualquer estímulo.
Autor: Samuel Delgado Tavares
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