NA JANELA DA MEMÓRIA



Olhando bem pra janela da memória; um sol se pondo. Eu vi um velho me olhando com o desdém da amargura. Eu vi o velho me olhando com seu desprezo tão nítido entorpecendo minha alma e destruindo a esperança. Eu vi a criança brincando e ali estava o seu mundo e nada mais existia para ele além dele próprio. Ele mesmo e o seu mundo. Olhando bem pra janela do meu mundo eu vejo a rua e lá a vida passa se cruzando percebida que as vidas passam na esquina. Olhando pra rua; via amigos mortos e o sangue no chão corria em minhas veias como os carros nas ruas. Amigos mortos! E sei a vida continua, mesmo sem a paz de um tempo já ido. E lembrando... eu vejo no cristal que eu olho que nada mais me perde e guia além de um desejo; claro, cíclico, findo...
Autor: Thiago K. Fernandes


Artigos Relacionados


Da Janela

Da Janela

De Gole Em Gole

Ao Sol Da Manhã

Esperando O AmanhÃ

Que Saudades Da Minha InfÂncia

VÔo 3054