A Pequena Serva



Certo homem Naamã, rico, poderoso, herói de guerra, grande comandante, respeitado pelo rei da Síria, embora valente, era leproso.

Em suas batalhas, na terra de Israel, fizera prisioneira pequena jovem, que se prostrava a serviço de sua mulher.

Alma virtuosa, temente a Deus, movida pela compaixão e, conhecedora dos feitos do profeta Eliseu, em Samaria, diz à sua senhora que aquele homem de Deus poderia curar o seu senhor.

Muitas vezes corações vaidosos e endurecidos, não entendem a palavra, quando estas saem de bocas, que aos olhos do mundo são inexpressivas.

Quem era afinal a jovem serva; que poder detinha para falar com aquela propriedade. Contudo, ela – a jovem – bem sabia quem ditara a mensagem; bem sabia quem servia. Antes de servir aquela rica senhora, servia ao dono do ouro e da prata; servia o Senhor, o Deus criador de todo o universo.

Nítido se via a mão imperiosa de Deus, colocando uma serva, para trazer liberdade aquele lar aprisionado pela doença.

Entretanto, o rei, desconhecedor de grande poder, daquela profeta, encaminha Naamã ao rei de Israel, juntamente com proventos e uma carta, onde se lia para que este curasse seu servo.

Veja a confusão; o que o rei da Síria não entendia, era o fato de que o poder dos homens, não poderia prevalecer naquele momento, mas sim o poder de Deus.

Aos ouvidos do profeta Eliseu o fato correu e, em sua porta o valente general, rico e poderoso, mas leproso, quedou-se em petição.

Pensara este – Naamã – que o profeta invocaria seu Deus, faria uma oração, colocaria as mãos em sua cabeça e logo seu corpo ficaria curado daquele mal que o acometera.

Eliseu, contudo,  conhecedor daquele coração vaidoso, envia-lhe um mensageiro que lhe pede o sacrifício – banhar-se nas sujas águas do rio Jordão por sete vezes.

Quando Deus se manifesta em nossas vidas, Ele nos quer despojado de todas as vaidades, de todos os entraves que nos dividem entre a matéria e o espírito. Ele nos quer desapegados de todas as amarras. Assim sucedeu com Naamã. Agora, pobre, indefeso, doente, não estava em condições de questionar, que à águas mais limpas, rios melhores poderia ter sido encaminhado. Deus lhe pede o sacrifício completo – a obediência. Ele bem sabia o que isto significava, pois tinha homens a seu comando; sua voz sempre era acatada.

Finalmente, compreendera que a cura estava em seu interior, e com aquela manifestação de fé e obediência, sete vezes se lança nas águas sujas do rio, e limpo sai.

Livre, estava aquele que, agora, tinha plena convicção a quem servia, graças àquela pequena serva, mantida cativa. (2Reis capítulo 5:1/27)


Autor: Inajá Martins de Almeida


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