SENTINELA DA DOR
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Nesse coração temente e sem apresto para dano
No julgo do ter se perde na desilusão do ser
Sem saber discernir nem parar um desengano
Chora desvalido o pai que deixou de ter
Reclama em enleios numa certeza distante
Por que te vejo tão alto, longe do meu alcance?
Estais mesmo ai, ou estou eu sonhando?
Será que fiquei pequeno, ou tu cresceste tanto?
Ou da vida estais saindo, órfão me deixando?
Oh! Pai volta, desce estou te esperando...
Estou tão pequeno, tão frágil, em abandono
Então suba-me, pois te quero me acalentado
Teu abraço, teu calor, protegendo meu sono
Quisera ser simples, e só estar apenas imaginando
Ser um lamento queixoso, ou um mal entendido
Somente um sonho tolo, um menino chorando
Ou um pesadelo, quem sabe, um medo escondido
Uma quimera ou talvez uma tolo ilusão
Um abstrato devaneio, marcando um breve instante
De um semi-acordando, que viaja em delírios
De um menino um agitado conflito, uma confusão
O receio vem-me ao coração, ditando o fenecer da razão
Faz-me fugir inerme do fatídico, da fatalidade
Ferve em minhalma o medo do remate, a escuridão
A ausência, o desencanto, o fim, a fuga da verdade
Vai o tempo lento moendo a minha dor
Debulhando o rosário do meu desencanto
Afogando em lagrimas os soluços de meu pranto
Mas, deito na saudade continuada, o meu amor
Ora essa dor se dissipa sorrateira a passos lento
Um ungüento de fleuma em mim se espalha
Toma meu corpo e alma, deixa minha dor sentada
Cala meu lamento dizendo do amor que em se espalha.
Agora sinto que essa tua viagem em mim se fez passeio
Pois teu ser no meu caminha e em mim total se integra
Sinto tua áurea, recebo tua essência flutuo em teu seio
Não mais solidão, sei meu destino eis quem carrega
Perdoe-me ó pai pelo desespero de tua ausência
Por não saber me ter em pé
Por calar meus limites, por vencer-me na resistência
Pela minha carência de fé.
Autor: Francisco Sobreira
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