História do Dinheiro no Brasil



O presente estudo tem por objetivo tecer considerações, mesmo que breves, sobre a Historia da Moeda no mundo, chegando ao Brasil sob sua forma de utilização, e passando por diversas mutações até chegar ao que hoje conhecemos por transações de valores, observando aos mais importantes meios dessas utilizações, comentadas e exemplificadas particularmente.

1INTRODUÇÃO

O presente estudo tem por objetivo tecer considerações, mesmo que breves, sobre a Historia da Moeda no mundo, chegando ao Brasil sob sua forma de utilização, e passando por diversas mutações até chegar ao que hoje conhecemos por transações de valores, observando aos mais importantes meios dessas utilizações, comentadas e exemplificadas particularmente.

2 Origem e evolução do dinheiro

A Moeda-Mercadoria foi o primeiro passo para o surgimento do que hoje usamos e chamamos de dinheiro. Os métodos usados para aquisição de bens desejados, a principio era feito com a troca de mercadorias, onde se possuía algo sobrando, como por exemplo produtos de cultivo, caça e criação de animais; Estes que possuíam algum valor proporcional ao desejado, utilizava-se da permuta para a consignação destes.

Alguns dos itens passavam a ser mais procurados que outros, garantindo assim diferenças de preços entre alguns bens e outros, estabelecendo um padrão de valor como base de trocas e as vezes ás prestações de serviços. Esse meio também deu partida ao salário, normalmente pago, na época, com o sal que origem da palavra salário pelos gregos como remuneração.

Na visão de Wassily Leontieff (2005) a moeda é o valor que equivale ao montante de todas as mercadorias. Suas fases de evolução podem ser destacadas em seis sessões:

·01. A Era do Escambo: Boi e Sal;

·02. A Era da Mercadoria Moeda;

·03. Era da Moeda Metálica;

·04. Era do Papel Moeda;

·05. A Moeda Fiduciária;

·06. Moeda Bancaria Escritural.

2.1O DINHEIRO NO BRASIL.

No Brasil, esse meio de comercio foi muito utilizado antes do dinheiro impresso, por comercialização de açúcar, tabaco, madeira (principalmente o pau-brasil), tabaco, etc. Aos quais possuíam valores sem padrões, e perecíveis, levando ao prejuízo, impossibilitando assim, acumulo de patrimônio.

Após a descoberta do metal, percebeu-se que este seria o meio mais eficaz e seguro para transações, podendo padronizar e estipular valores. Posteriormente o domínio do homem sobre o metal tornou-se cada vez mais eficaz a seus interesses, permitindo á confecção de utensílios valiosos, e cunhagem da moeda representativa em série discriminando o valor e região de origem.

Esse meio de pagamento á mercadorias, permitiu o armazenamento de valores, possibilitando o aumento de riqueza e patrimônio. Sua evolução trouxe ainda a oportunidade de titulação em papel moeda, produzidos por regiões pelos seus respectivos governos, quais eram responsáveis pela distribuição e padronização do dinheiro. Atualmente, no mundo civilizado por completo é usado o meio de dinheiro impresso para comercialização e representação de valores, estes relativos á legislação de seus respectivos governos, representados desde pequenos valores em moedas, e gradativamente titulados no impresso, sempre respeitando normas governamentais.

É importante compreender a criação das notas no Brasil:

A criação do Banco do Brasil, por meio de Alvará de 12 de outubro de 1808, teve por principal objetivo dotar a Coroa de um instrumento para levantamento dos recursos necessários à manutenção da corte.

De acordo com seus estatutos, o banco deveria emitir bilhetes pagáveis ao portador, com valores a partir de 30 mil réis. As emissões do Banco tiveram início em 1810 e a partir de 1813 foram emitidos bilhetes com valores abaixo do limite mínimo inicialmente estabelecido.

Entre 1813 e 1820, as emissões atingiram 8.566 contos de réis, em grande parte determinadas pelo fornecimento de moeda-papel para fazer face às crescentes despesas da corte e da administração régia, que anualmente excediam a receita arrecadada. A partir de 1817, os bilhetes do Banco começaram a perder a credibilidade, sofrendo grande desvalorização.

Em abril de 1821, antes de regressar a Portugal, o rei e toda a sua corte resgataram todas as notas em seu poder, trocando-as por moedas, metais e jóias depositados no Banco, obrigando a instituição a suspender, a partir de julho, a conversibilidade dos bilhetes. (Banco Central do Brasil, 2010).

3MEIOS ATUAIS DE USO DO DINHEIRO

A Evolução e uso cada vez mais constante do dinheiro, possibilitou a criação de diversas formas de representações pecuniárias, voltada para cada necessidade, desde a universalização do símbolo monetário, transações de valores por escrito, até métodos tecnológicos de transferências comerciais, como atualmente é muito utilizado tanto entre pessoas físicas e jurídicas, com seus respectivos bancos nacional e internacionais, possibilitando a comodidade junto á oportunidade comercial.

3.1 CIFRÃO.

O Dinheiro necessita de representações para sua compreensão, necessitando da criação de simbolismos de valores, conforme cada moeda em sua nação, e um preposto padrão universal para o uso do dinheiro, surgindo assim o Cifrão no qual representa o valor independente da moeda. Exemplo da moeda atual no Brasil é o Real, representado com o cifrão surge o símbolo "R$" para valores comerciais.

"O símbolo assim gravado nas moedas $ passou a ser reconhecido, em todo o mundo, ao longo do tempo, como cifrão, representação gráfica do dinheiro." (CASA DA MOEDA, 1694/1984).

3.2 CHEQUES.

A Historia leva a crer que os primeiros cheques foram usados por romanos, em torno de 352 aC. Outros historiadores apresentam provas de seu uso na Holanda no século XVI. E em Amsterdam o povo costumava depositar seu dinheiro com cashiers, qual apresentava segurança aos seus valores, aos quais arrecadavam e cancelavam debitos por meio de ordens escritas dos depositantes, os cheques. Perante esta segurança de transação de valores, o uso do cheque se tornou cada vez mais eficaz, representando o credito e debito perante terceiros.

Todo Banco possui seu cheque impresso personalizado, destinado a cada cliente possibilitando o reconhecimento do devido usuário, debitando de sua conta para ressarcimento de valores a um terceiro.

Segundo A Casa da Moeda (1694/1984) os cheques seguem o seguinte roteiro:

A moeda bancária ou moeda escritural consiste nos depósitos à vista existentes nos bancos ou outras instituições creditícias, normalmente movimentados por intermédio de cheques, representando estes um instrumento de circulação da moeda bancária.

Os cheques são:

originados em entrega de dinheiro pelo cliente (depósito originário);

originados em operação de créditos (depósitos contábeis).

No caso dos depósitos feitos por clientes, os bancos fornecem cheques em branco que podem ser preenchidos à vontade do depositante, até completar a quantia creditada.

3.3 CARTÕES DE CRÉDITO.

Apelando á segurança e incluindo a tecnologia, nasce uma nova forma de pagamento e recebimento, essa forma não é dinheiro mas o representa creditando e debitando valores do usuário, á seu prestador de serviços, comerciante ou o que o valha.

De certa forma o cartão de credito inclui a possibilidade da substituição dos cheques, o qual era usado em tempos desprovidos da tecnologia atual, mantendo a mesma segurança, onde se toma apenas esse representante para uso dos valores que se possui.

Seu surgimento teve inicio nos Estados Unidos da América, em postos de gasolina, hotéis e empresas, quais começaram a distribuir este meio a seus clientes de mais confiança, para um pagamento posterior que deveria ser efetuado de qualquer forma. Hoje o aumento no uso destes cartões é livre á qualquer portador idôneo, movimentando créditos e débitos financeiros em quotas competentes á disponibilidade de seu contrato com o banco ou fornecedor do cartão, combatendo assim a burocracia, facilitando as compras seja por numero de períodos até ao motivo de distancia entre as partes.

A Ultima palavra em tecnologia em cartões está em smart card, chamado cartão inteligente, este que feito para pequenas compras, sendo descontado de seu valor pré-determinado, saldando os gastos eletronicamente através de seu chip, podendo ser recarregada uma nova quantia ao zerar sua cota.

4 CONCLUSÃO

Devido ao universal interesse de arrecadação de riquezas, meios de transações se tornaram necessárias para a facilitação das formas de utilização, evoluções ocorreram e cada país tomou seu método de uso da moeda, respeitando ao simbolismo e valor mundial, observadas regras, novas peculiaridades foram criadas para a facilitação do uso de valores. Usando da necessidade da segurança, com a disponibilidade de recursos á tecnologia, a qual evolui juntamente com as mutações financeiras

REFERÊNCIAS

LEONTIEF, Wassily.Os Economistas Leontief.ABRIL CULTURAL, 1986.

ORIGEM E EVOLUÇÃO DO DINHEIRO. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA>. Acesso em 08 Mar. 2010.

DINHEIRO NO BRASIL. Disponível em:http://www.bcb.gov.br/?HISTDINBR>. Acesso em 08 Mar. 2010

Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História, 1694/1984

MOROZINI, João F.Fundamentos e técnicas de pesquisa em contabilidade. São Paulo: All Print Editora, 2005.


Autor: Fernando Morozini


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