Inteligência Competitiva Para Sua Empresa Crescer



Em 1986, um grupo de profissionais de marketing, professores universitários e de agências governamentais, fundou nos Estados Unidos da América, uma associação chamada "Society of Competitive Intelligence Professionals - SCIP".

Poderia parecer só mais uma associação, em um país com competição acirrada, inovação em produtos e serviços, mas voltado a alta performance empresarial. Após 21 anos, o tempo mostrou, que não se tratava de mais uma associação, mas sim daquela que começou a registrar uma das questões empresariais mais desafiantes para qualquer profissional da atualidade: a competição.

Esta sociedade ou associação, buscou levar primeiro para os americanos e mais recentemente para outros países a existência de um conjunto de metodologia, técnicas e modelos de análises para os negócios, chamada Inteligência Competitiva. Na verdade "Competitive Intelligence" em inglês.

A simples tradução não revela, todas as idéias que os fundadores e pensadores acadêmicos tem sobre este tema. Mas afinal o que é Inteligência Competitiva?

Inteligência competitiva é um programa sistemático de coleta e análise da informação sobre atividades dos concorrentes e tendências gerais dos negócios, visando atingir as metas da empresa, conforme definição de Larry Kahaner, membro da SCIP – Society of Competitive Intelligence Professionals (www.scip.org).

Leonard Fuld, um dos pioneiros nesse campo e dos fundadores da SCIP, define inteligência competitiva, como a informação analisada sobre concorrentes que tem implicações no processo de tomada de decisão da empresa.

Para Jan Herring, inteligência competitiva é o conhecimento e previsão do mundo que nos cerca - prelúdio para as decisões e ações do presidente da empresa.

Ben Gilard, outro membro da SCIP, define inteligência competitiva como a informação que garante ao tomador de decisão que a empresa ainda é competitiva.

Por que Inteligência Competitiva? Em "A Estratégia do Oceano Azul", W.Chan Kim e Renée Mauborgne comentam:

"Nossas pesquisas confirmam que não existem empresas excelentes para sempre, da mesma maneira que não há setores excelentes o tempo todo. Conforme constatamos em nossa própria trajetória acidentada, todos nós, como as empresas, fazemos coisas inteligentes e coisas não tão inteligentes. Para melhorar a consistência de nosso sucesso, precisamos estudar nossas ações de maneira sistemática. Isso é o que chamamos de fazer movimentos estratégicos inteligentes, e descobrimos que o movimento estratégico mais importante é criar oceanos azuis."

Por isso, Inteligência Competitiva é um componente crucial da emergente economia do conhecimento. Ao analisar os passos de seus concorrentes, esta metodologia permite que empresas antecipem futuras direções e tendências do mercado, ao invés de meramente reagir a elas.

As 500 maiores empresas americanas tem uma área ou profissional para monitorar a concorrência e que na maioria das vezes tem o nome de "Inteligência Competitiva".

No Brasil, cerca de 20% das 500 maiores empresas, tem uma área ou profissional dedicado a acompanhar, monitorar e apresentar relatórios de "Inteligência Competitiva".

No entanto os nomes das funções no Brasil, podem ser: Inteligência Competitiva, Inteligência de Mercado, Serviços de Marketing, Pesquisa e IC, entre outros, com atividades por vezes muito diferente dos colegas americanos.

Mas o crescente interesse pelo tema, através de monografias, dissertações, teses de doutorado, além de eventos (cursos, palestras e seminários) que passaram a ser oferecidos, especialmente nos últimos 3 anos, mostra o crescimento da importância da análise da concorrência no Brasil.

Com isso, o tema Inteligência Competitiva já se faz cada vez mais presente, quando da elaboração de planos estratégicos, planos de marketing, planos de vendas e principalmente planos de desenvolvimento de negócios.

Assim, o crescimento de uma empresa de forma sustentável, passa cada vez mais pela análise do mercado de atuação, de seus concorrentes e acima de tudo de seus clientes e consumidores.

Ou seja, sem informações mercadológicas, aumenta o risco na tomada de decisão por parte dos dirigentes de uma empresa e aumenta o risco da empresa perder vendas, perder mercado, perder rentabilidade. E com movimentos de países como a China, Coréia do Sul, Irlanda, fica claro que o competidor não mora "só" ao lado.


Autor: Alfredo Passos


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