Inquietude



InquietudeO que sinto falta em minha vidatem algo a ver com essa ausência consentidacom o seu jeito fugidio de serQuem mandou eu ser assim:solta, desenvolta nas questões do querer?E o amor chegou de mansinho,me fazendo um doce carinhono seu olhar de tons azuis Fui me banhando nessa luz azulada,me sentindo deliciosamente amada,mas as algemas, os grilhões não existiramAgora me bate um remorsopor nada ter cobrado,por não acorrentá-lo ao meu lado.Ah, essa saudade que antes não sentia,esse princípio de agonianão estava no script não!A gente se via, ria, se enternecia,a volúpia acontecia,a pele, a nossa pele, uma só quentura de amor.Mas você partiae voltava sempre.Hoje quero ser mais possessiva,pois ela, a saudade, virou alcoviteira,me faz ficar pensativa,tirou-me o sossego de antes,já não me deixa só esperar pelo encontro.Aquela compreensão de ontem?Esqueça!Meus lábios sussurram: venha, amor da minha vida,Quero ser sua queridatodas as horas do dia,dispenso a nostalgia de contar as horas para vê-lo.Quando os olhos não veem o que o desejo quer ao alcance da mãovem a solidão e...ó! crava as unhas afiadas no coração da gentee o sangue aflora indefinidamenteAh, essa fragilidade repentina,esses devaneios inconsequentes,essa possessão que nos domina em algum momento...Coisas de sentimento?Quem disse que o amor é coerente e bem comportado?A gente tenta....
Autor: Amarília Couto


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