A paz que eu gosto de ter



A paz que eu quero ternão é aquela de um sono refeitonem tão somente a de uma brisa suaveque vem de manhãzinha me tocar o rostoA paz que busco pra mimnão se resume à contemplação silenciosaou à degustação de uma fruta saborosafeita assim lentamente depois de um noite de amorO que vem me ocupando a mentepor um bom temponão vai ao encontro dos sonhos eróticosnem da aquisição de bens materiaiso que reflete o desejo de tanta genteNão, não e não!Eu quero uma cachoeira de sossegoa sensação de despojamentoa ausência do lamentoe da ambição desmedidaQuero a paz que faz sorrir por dentroque transforma a aspereza da vozem solfejo aveludadoe não somente para quem está ao meu ladomas para qualquer um que vier me abordarE tudo aquilo que procurotem de vir travestido de humanidadea veste necessária pra me inserir onde vivosem nenhuma pretensão de ser a talE se a paz invadir o meu coraçãosei que vou ainda ser mais amanteaté mais deconsertanteem minha lascíviapois quem disse que a paz que buscoabre mão do desejo intenso e verdadeiro?A minha paz segue um outro trajetosem a negação da mulherdo querer com poesiadas sensações de todos os sentidosSó quero entrar em sintonia com o divinoque cada um traz consigopois somente assimconhecedora de mim não me perderei por caminhos tortuososestarei conectada com o o meu coraçãoe nele hei de encontrar essa Pazque talvez já o tenha invadido há muito tempoe que só agora dá os sinais de sua posse
Autor: Amarília Couto


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