Palavras



Do brilhante azul do céu,

Para o cinzento se apoderar,

Duas palavras bastaram,

Para ver tudo mudar.

Mágoas que o vento não levou,

Feridas que o tempo não curou,

Pensava tê-la esquecido,

Mas de repente a dor voltou

Escondendo-a do Mundo,

Camuflando-a com um sorriso,

Dizendo que está tudo bem,

Escapando por improviso.

Dela tenho vergonha,

Desconforto por a sentir,

Esta dor que me mata,

E que me obriga a mentir.

Tenho tudo e nada tenho,

É assim que me sinto,

Sensação inexplicável,

Sinto que o fogo em mim foi extinto.

Já não há forças para lutar,

Lagrimas escorrem pelo rosto

Palavras que me fazem chorar,

A pensar no que não era suposto!

Florescem fantasmas do passado,

Ao enterrar alegrias do presente,

Duas palavras que me magoam,

E que da dor fazem de expoente.

Multiplicando as tristezas,

Mas quero inverter o processo,

Quero motivos para sorrir,

Livrar-me da mágoa em excesso!

Relembrando e revivendo,

Tudo aquilo que fizeste,

Diariamente a sofrer,

Pelas palavras que me disseste.Cláudia Pestana


Autor: Cláudia Pestana


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