ANUÊNCIA



           

ANUÊNCIA

 

Pensava pudesses saber

Desprender-se às coisas pequenas

Captar o sentido-mor

Entre os astros e os homens

Do inefável ser das coisas

Da força do amor

Da vida as pessoas

Da infância serena

Pudesses compreender!

 

Te prendes, ainda, à infância soberba, abrupta

De pura vaidade a condenar-te

Teu vício, imprudente, lhe tira a beleza

Sequer pode amar-se

Se prende à soberba, o pior da vida adulta

 

Teus sonhos de vitrine

E teus impulsos ojerizam

Não vais além do imediato

E nada mais que só o tato

Te desautorizam

Fetiche!

 

Te desnudas e te pões à mostra

A qualquer um

Te ofereces aos que estão à volta

Uma a um

Dia vem em que a prova será provada

Verás que condenaste o nu

E tua nudez será condenada

FELLIPE KNOPP http://bohemando.blogspot.com http://theorikondoxas.blogspot.com                                                                            

 

                                                                                                                            


Autor: Fellipe Knopp


Artigos Relacionados


Subimundos

Erro Exático

AupregnassÃontose

Flores Ao Vento

Chancela D'escamada

O Poeta

AporÃo Das GuarniÇÕes