DIREITO EDUCACIONAL: EQUÍVOCOS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS



INTRODUÇÃO

Século XXI, ano 2010, vivemos uma sociedade tecnicista, globalizada, a era digital está presente em nossos lares, não há como fugir à esta realidade; educar é o tema de maior relevância, e que move desde às bases ao mais alto nível social, famílias e escolas na constante peregrinação à busca do aprender a aprender, a cada momento.

Por vezes, as mães, investidas das melhores e boas intenções cometem equívocos na educação de seus pupilos, que poderão infelicitar sobremaneira o filho, a quem ama e deseja ver feliz.

Um desses equívocos é assumir a vida e os gostos da criança. É ela que adoça o café ou o suco do filho; é ela que sabe do que ele gosta ou deixa de gostar. É a mãe que responde quando alguém pergunta à criança se ela deseja isto ou aquilo. É ela que escolhe roupas, calçados, conforme as cores e modelos que gosta, muitas vezes abafando os desejos do filho, quando este já tem idade para opinar.

E existem mães que criam seus filhos como se fossem mentalmente inválidos.

Embora não se duvide do amor que move essas atitudes, essas mães estão prejudicando sobremaneira a formação dos seus amores.

Isso porque a criança cresce sem se conhecer, porque a mãe é quem sabe tudo sobre ela. E resolve tudo por ela. Quando chega a fase da adolescência, os conflitos aumentam pois agora o filho já não aceita mais ser guiado pela mãe, mas submetem-se, sem critérios, ao grupo com o qual passa a conviver.

A partir daí, se veste como os da sua "tribo", se comporta como o seu grupo estabelece, se caracteriza, enfim, como os demais. Não tem gosto próprio, pois a mãe sempre decidiu tudo por ele.

A criança, que desde cedo aprendeu a ser passiva em tudo, agora não consegue se desvencilhar dessa dependência perigosa. Esse tipo de educação gera jovens sem opinião própria, sempre preocupados com o que os outros pensam ou dizem deles. São jovens sem iniciativa, sem senso crítico, sem opinião própria, sem maturidade, que estão sempre esperando que alguém lhes diga o que fazer e do que devem gostar ou desgostar.

Infelizmente essas falhas na educação prejudicam em vez de formar homens e mulheres aptos para gerir as próprias vidas de forma lúcida e coerente.

É por essa razão que moças se deixam iludir por promessas mirabolantes, como as feitas pelo maníaco do parque, que acenava com a possibilidade de fazê-las famosas, fotografando-as, nuas, no meio do mato. E, tantas outras situações em que são levadas a aceitarem propostas indecentes e prejudiciais que deixaram marcas profundas, tudo por falta de iniciativa própria e de uma amadurecimento em tempo hábil.

Se essas moças tivessem discernimento e senso crítico, certamente não aceitariam tal convite, por ser destituído de fundamento; viveram uma realidade fora da realidade, não tomaram as decisões quando deveriam, foram sempre tratadas como umas " bonequinhas incapazes".

Importante que mães e pais pensem com carinho a respeito da grande missão que lhes cabe como educadores e formadores de caracteres.Com responsabilidade e que saibam tomar decisões firmes e concretas.

É importante se pensar em educar os filhos para que tenham autonomia no pensar e no agir, por si mesmos, e não sejam conduzidos como marionetes, sem direito a pensar nem assumir responsabilidades.

Importante que os pais atentem para essa questão e permitam que os filhos aprendam a se conhecer desde cedo. A fazer algo que os faça sentirem-se úteis e valorizados.

Muito embora se tente combater o trabalho infantil dentro do lar, como se pequenas tarefas fossem prejudicar a infância, os pais conscientes sabem que se hoje têm os pés firmes no chão, é porque seus pais lhes colocaram responsabilidades sobre os ombros. Vão deixando seus filhos limitados a tudo e a não exercer nenhuma atividade com responsabilidade, e não reclame quando o inesperado acontecer.

CONCLUSÃO

Você que é mãe ou pai, e ama seus filhos, pense nisso e avalie até que ponto não está tomando para si a vida deles. E se perceber que está cometendo esse grande equívoco, não perca mais nenhum minuto. Corrija o passo e ofereça ao seu filho a bendita oportunidade de crescer. Não escrevi, pensando em salvar a pátria, mas confesso que espero na qualidade de pai, e avô, e sem deixar de lado a função de educador e especialista em Direito Educacional, que nós juntos encontraremos uma solução plausível, para que não tenhamos mais decepções com nossos filhos, nossos tesouros. Chamo-os à uma REFLEXÃO.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:

ECA  Estatuto da Criança e do Adolescente;

LDB  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;


Autor: Dalmarco Ademir Felix


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