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Educação Popular

Educação popular

            No Brasil, a idéia de educação popular surge no inicio do século XX com a ampliação do ensino escolar para todos. O ensino publico gratuito foi, de fato, a bandeira levantada por educadores liberais, principalmente a partir dos anos 20, chegando a ser incorporados com dever do estado e direito de todos os cidadãos.

            Mais tarde, surgem campanhas de alfabetização e educação de adultos promovidas por entidades governamentais, particularmente nas décadas de 1950 e 1960. Nestes dois fatos, o ensino popular é promovido pelo estado ou por entidades a ele acopladas. Muitas vezes movimentos educativos surgidos no interior de movimentos populares.

            Entre 1947 e fim dos ano 50, o governo federal lançou várias campanhas visando o alargamento do então ensino elementar de quatro anos para a população mais pobre que não tinha tido acesso a ele na idade adequada. Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) e, em seguida, Mobilização Nacional de Erradicação do Analfabetismo (MNEA). Ao mesmo tempo a essa última, foi organizado também o Sistema Rádio Educativo Nacional (SIRENA).

            Tais meios de educação tinham o objetivo de formar eleitores já que só votava quem sabia escrever, muitas das vezes o educado sabia só mente desenhar o nome, o eleitorado ficava feliz por saber escrever o próprio nome. Esta pratica era chamada de fabrica de eleitores. Outro fator importante é a criação da UNESCO em 1947 que pressiona o governo a tomar iniciativas para com a educação.  

            Na realidade, a educação popular propriamente dita é constituída pelo conjunto dos processos educativos gerados e conduzidos pela classe popular em seu esforço de organização e resistência contra a exploração e dominação a que vem sendo historicamente submetida.

            Assim, nos dias de hoje a educação popular é entendida, prioritariamente, como, o conjunto das praticas educacionais vinculadas aos movimentos sociais de base, que fortalecem as classes populares como o sujeito de construção do poder popular, visando a uma sociedade socialista.

 BIBIOGRAFIA

BRANDAO, Carlos Rodrigues. O processo geral do saber (a educação popular como saber da comunidade). In: --------. Educação popular. São Paulo: Brasiliense, 1997. p. 14-26.

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