Atenção e motivação unem-se à memória



Atenção e motivação unem-se à memória: subsídios que referenciam esta ligação A Atenção é um processo cognitivo que permite controlar os estímulos irrelevantes, perceber estímulos importantes e passar de um estímulo para outro. Segundo Ratey (2001), o hipocampo tem um papel importante no processo da atenção (vide figura 1). Em ocorrência ao acesso a tantas memórias, se o sistema de ativação reticular reage a alguma estimulação sensorial, o hipocampo pode compará-lo a antigas experiências e determinar sua novidade. A atenção dirigida nada mais é do que uma atenção focalizada a algum estímulo. Como estrutura teórica, de acordo com Duschek, Matthias e Schandry (2005) encontram-se as seguintes funções do sistema de atenção: o alerta, a atenção concentrada atenção dividida e atenção sustentada. Segundo os autores, esta classificação foi amplamente aceita e parece bastante conveniente. Ainda segundo os autores, o estado de alerta refere-se a um estado físico e mental generalizado de prontidão para responder aos estímulos significativos. A atenção concentrada refere-se à habilidade de selecionar a informação relevante de uma fonte ou de excluir um tipo de informação irrelevante. A atenção dividida ocorre quando nos deslocamos rapidamente de um foco dirigido para outro. É a habilidade de responder simultaneamente a mais de um estímulo ou tarefa. Por fim, a atenção sustentada envolve uma resposta comportamental consistente por um período de tempo mais longo durante a atividade contínua e repetitiva. Considera-se a atenção como um processo psicológico mediante o qual concentramos a nossa atividade psíquica sobre um determinado estímulo. E este, solicita uma sensação, uma percepção, uma representação, um desejo, um afeto etc., com o objetivo de fixar, definir e selecionar as percepções, as representações, os conceitos e elaborar finalmente, o pensamento. Resumindo, pode-se considerar a atenção como a capacidade de se concentrar. A atenção sofre uma alteração bem específica. Com o aumento da idade surge declínio em relação à atenção dividida, que se caracteriza pelo processamento de duas ou mais informações ao mesmo tempo. Por exemplo: prestar atenção em uma leitura e numa conversa ao mesmo tempo (NUNES, 1999). A atenção é um processo intelectivo que depende totalmente da vontade. A atenção não é uma função psíquica autônoma, ela encontra-se vinculada à consciência. Sem a atenção a atividade psíquica se processaria como um sonho vago. A atenção é um processo espontâneo e ativo. O grau ou intensidade de concentração da atenção sobre determinado objeto, não depende apenas do interesse, mas sim do estado de ânimo e das condições gerais do psiquismo. O interesse e o pensamento, portanto, são os dirigentes da atenção. E a intensidade com que a executamos a atenção é o grau da concentração alcançada. As alterações da atenção afetam um importante papel no processo de conhecimento, da memória. Em geral estas alterações decorrem de perturbações de outras funções das quais depende o funcionamento normal da atenção. Assim, a fadiga, os estados tóxicos, os psicopatológicos, etc., determinam a incapacidade de concentrar a atenção. Atenção, motivação e memória funcionam interligadas. A motivação consiste num conjunto de forças internas que leva o indivíduo a atingir certo objetivo como resposta a um estado de necessidade, desequilíbrio ou carência. É o processo responsável pela persistência dos esforços de uma pessoa para alcançar uma determinada meta. O termo motivação derivado do verbo em latim "movere" apresenta-se na literatura com diversas definições e, relaciona-se ao fato da motivação levar uma pessoa a fazer algo, mantendo-a na ação e ajudando-a a completar tarefas (PINTRICH & SCHUNK, 2002). Segundo Abraham Maslow (1970), o homem se motiva quando suas necessidades são todas supridas de forma hierárquica. A Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow é a mais conhecida. Segundo Abraham Maslow, dentro de cada ser humano existe uma hierarquia necessidades dividida em cinco categorias: fisiológica, segurança, social, estima e auto-realização. Com a Teoria das Necessidades Humanas, de Abraham Maslow, constatou-se que as pessoas são motivadas para alcançar a satisfação das suas necessidades humanas, em uma hierarquia de necessidades, desde a fisiológica, passando pela de segurança, social e estima, até a mais motivadora, que é a auto-realização. Ficou clara a importância dada por Maslow para a satisfação das necessidades de ordem psicológicas, isto é, a social, de estima e de auto-realização, como as mais motivadoras. Já para Herzberg (1971), a motivação é alcançada através de dois fatores: fatores higiênicos que são estímulos externos e que melhoram o desempenho e a ação dos indivíduos mas que não consegue motivá-los. E os fatores motivacionais que são internos, ou seja, são sentimentos gerados dentro de cada indivíduo a partir do reconhecimento e da auto-realização gerada através de seus atos. McClelland (1972) identificou três necessidades que seriam pontos-chave para a motivação: poder, afiliação e realização. Para este Autor, tais necessidades são "secundárias", são adquiridas ao longo da vida, mas que trazem prestígio, status e outras sensações que o ser humano gosta de sentir. A motivação é resultante dos impulsos internos, dos desejos, das necessidades individuais que cada pessoa como ser único busca concretizar. O meio externo, as organizações não são origem da motivação. A organização, enquanto meio social, poderá facilitar ou barrar a realização dos desejos e a satisfação das necessidades. Na realidade, as frustrações constantes podem levar o indivíduo à apatia, ao descontentamento, e à desmotivação (AGUIAR, 1997, p. 270). Pelas considerações acima expostas, verifica-se que a motivação está intrínseca ao sujeito; o ser humano somente se sente motivado a partir do momento em que houver um objetivo, uma razão, algo a ser atingido, uma meta.
Autor: Oldemar Nunes


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