A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA x AS FACES DA ESCOLA
Partindo do pressuposto que a escola é um mecanismo de formação de cidadãos tem-se aí um papel principal: proporcionar aos aprendizes um leque de opções voltado para o entendimento específico e interdisciplinar. Contudo a escola continua vinculada ao paradigma de contextualização do ensino, limitando, desse modo, a Alfabetização Científica que possibilita a confirmação e comprovação dos conhecimentos obtidos.
Boa parte do processo de aprendizagem é oriunda da educação que circunda o indivíduo a partir do modelo social a que ele pertence. E isso infere no comportamento e na preparação, do mesmo, para as relações da sua maturidade.
Retomando a idéia de que a escola é uma criação burguesa, existem ainda, influências sob essa titulação. Há, além disso, dentro de algumas instituições escolares, uma preocupação maior em instruir o aluno do que possibilitar a ele uma formação integral e isso, conseqüentemente, contrapõe-se com a função escolar.
Essa atitude revela a incapacidade de atender as necessidades de um mundo em constante mutação, limitando de tal modo as finalidades sociais da escolarização. Ao individuo, que pouco lhe é ofertado em termos de preparação educacional, falta-lhe o poder de formação crítica e o domínio ao avaliar valores, fatores que quebram todo um ciclo de crescimento e formação igualitária.
Infelizmente há dentro da escola um duplo exercício: o de proporcionar instrução geral e formação acadêmica para a elite; e a formação técnica ou simples profissionalização para a maioria menos favorecida. Sendo que poucos desejarão cursar a faculdade, mas não por escolha pessoal e sim por uma seletividade econômica e excepcionalmente educacional.
Por outro lado, fazer viável a socialização da educação significa possibilitar um encaminhamento de objetivos e ações com eficácias, onde a atuação escolar será fortemente ocupada no âmbito intelectual, cultural, político e necessariamente social.
Portanto, a prática da Alfabetização Científica tem de passar inevitavelmente por uma revalorização, afinal, a integridade do cidadão está vinculada direta e indiretamente ao sistema que possibilita e outrora limita, o cumprimento das finalidades sociais.
Autor: Layse Santos Vasconcelos
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