ATRÁS DO TEMPO
Vou
morar atrás do tempo,
De
onde o riso sai largo e manso.
Tenho
o gosto da água no vento,
Tenho
a palma da sombra em meu pranto.
A
chuva cai sobre meu peito,
E
eu olho as flores ainda vivas.
Meus
passos não perderam o jeito
De
andar por estradas antigas.
A
primavera me virá mais clara
E a
noite já me virá adormecida.
A
noite passa sobre meus pensamentos,
O
tempo não me descobre a alma,
Essa
minhalma tão conhecida.
E
há quem me empreste o depois.
Não
tenho mais a forma do esquecimento.
Nos
seus gestos, finalmente, encontro nós dois
Autor: Lúcio Brito
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