CORAÇÃO DE PAPEL - KINGYO: O PEIXE DO OLHO GRANDE



KINGYO  o peixe do olho grande

 

Era um lindo peixe vermelho e com tons dourados, parecia dançar na água do aquário com sua calda comprida e em forma de leque. Tinha olhos bem grandes e arregalados e mexia a boca o tempo todo em busca de alimentos.

 

Eu queria muito ter um peixe para poder ficar deitada olhando seus movimentos dentro do aquário e assim poder ir me acalmando da correria diária do trabalho antes de dormir. Compreio e levei para casa já em um aquário decorado com pedrinhas coloridas, bomba de ar, termômetro para marcar a temperatura da água, plantinhas aquáticas e ração especial para peixe Kingyo.

 

Chegamos em casa e coloquei o aquário numa mesa de mármore bem no meio da sala de frente para um sofá, no qual eu pretendia deitar e dali observá-lo até poder pegar no sono.

E foi exatamente isso que fiz durante vários dias, sempre que chegava a casa após o trabalho eu me deitava no sofá e ficava acompanhando os movimentos do Kingyo suas subidas até a superfície da água, depois seus mergulhos, seus saltos...e, assim, eu caía no sono.

 

Houve, porém uma noite em que eu estava naquele pré-sono, aquela sensação de leveza que precede o adormecer, meus olhos estavam pesados e os sons da rua estavam bem longe.Eu via somente o vulto do Kingyo indo e vindo dentro do aquário. De repente eu escutei um barulho forte, como um estampido no vidro do aquário, na seqüência um barulho que vinha do chão perto do sofá. Custei a conseguir abrir os olhos e quando finalmente consegui, vi o Kingyo se debatendo no chão.

 

Ele havia pulado para fora do aquário e estava morrendo sem água.

 

Saltei rapidamente do sofá e fui pegá-lo, mas cada vez que eu conseguia pegar com medo de apertar e acabar machucando, ele saltava desesperado e caia da minha mão. Peguei uma folha de papel que estava próxima e fiz um aparador para conseguir pegar e colocá-lo  dentro do aquário.

 

Fiquei observando sua reação e ele ficou boiando de barriga para cima sem nadar, sem saltar, sem respirar.  Eu me desesperei, pois achei que o meu peixinho tinha morrido.

 

Passei o dedo bem de leve na sua barriga e ele, então, se virou e deu um mergulho até o fundo do aquário, voltando a nadar novamente para a minha alegria.


Autor: Valdessara Constancio


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