Por esses dias



 

Passo por esses dias em silêncio. Busco os caminhos mais simples e que me permitam decidir por onde ir. Não devo esquecer o passado (quem fui), não fico indiferente ao presente (quem sou) e fico apreensivo com o futuro (quem eu serei?). Não vivo por esses dias com esperança, mas acredito que as coisas mudarão. Eu não sei como será, mas não sei desistir daquilo que eu quero. Posso ser medido pela minha ação e esta pelo resultado, mas não quero ser julgado por omissão. Não sei ficar indiferente. Preciso ficar calado, mas não consigo ficar parado. Por esses dias tenho tentado ajuntar forças para enfrentar as batalhas, as barreiras e as limitações. Esbarro em tudo isso e me angustio. Mas não esqueço de quem sou. É injusto julgar alguém sem ao menos sentar e conversar com ele para saber do que é feito o seu coração. Por esses dias que antecedem o aniversário por exemplo, servem para isso. É como o ano-novo. Um espírito de renovação que toma conta. Não muda só a data. Somente a idade? É pouco. É um novo início, um outro recomeço. Os dias que ficaram para trás servem para aprendizado, recordação e esquecimento. Aniversário é prospecção. É daqui para a frente. É a chance de se tornar alguém diferente. Se melhor ou pior, depende do ato de coragem. Se for corajoso eu caminharei! Por esses dias tenho me sentido triste e solitário, mas não tenho o direito de parar nessa hora. Não posso ser injusto e dizer que não dou conta. Tenho que tentar ao menos. Primeiro eu acredito sem saber, depois verei no que vai dar. Por esses dias é assim que tenho vivido, sem ter esperança, mas sem perdê-la. Pediria desculpas a quem faço sofrer (involuntariamente), mas não sei o porquê disso tudo. É um estado novo para mim, ainda estou aprendendo a lidar com meu coração machucado, mas renovado e reinventado. Ainda estou aprendendo a dormir de um jeito e acordar de outro. Não mudei de lado e nem deixei nada modificar minha forma de agir e pensar. Eu simplesmente tenho me dado a chance de ser humano, de chorar e de rir por vontade própria, sem medo ou receio. Tenho andado de ônibus sem máscara alguma, tenho lavado o rosto todos os dias e tenho sim sentido distância de alguns e indiferença de outros. Mas nada dessas coisas me afetam tanto quanto meu desejo de ser feliz. Por esses dias e pelo resto da vida é disso que estou falando.


Autor: Johney Laudelino Da Silva


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