Romantismo no Brasil - José de Alencar: Romancista por excelência



ROMANTISMO NO BRASIL

JOSÉ ALENCAR: ROMANCISTA POR EXCELÊNCIA

CAVALCANTE, Tamires Andrade

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Resumo

O presente artigo sobre o Romantismo no Brasil irá mostrar o início deste período literário, as causas do mesmo, suas características, principais escritores com suas inesquecíveis obras, focalizando a vida e a obra de um dos grandes escritores e romancistas do nosso país: José de Alencar. Neste trabalho apresenta-se ainda o egocentrismo típico dos românticos, o porquê dessa balança sentimental desfavorável: acima de tudo a emoção esquecendo a razão.  Literatura é a arte da palavra, e nada melhor do que grandes obras e um período romanesco para trabalhar um artigo. Passo a passo irão desenvolver-se as etapas deste período, as grandes revelações como: Gonçalves Dias, pioneiro deste; Joaquim Manoel de Macedo, considerado um dos maiores escritores com as suas prosas inocentes, e suas personagens travessas; Castro Alves, grande poeta, socialista que reivindicou a abolição dos negros; e assim sucessivamente. Eis aqui avanços e conquistas obtidos por estes e outros representantes do romantismo brasileiro.

Palavras-chaves: Romantismo, descobertas, evolução, liberdade.

ABSTRACT

This article on Romanticism in Brazil will show the beginning of this literary period, the causes of it, its features, its main writers with unforgettable works, focusing on the life and work of one of the great writers and novelists of our country: Jose de Alencar. In this work it is still the egocentrism typical of romantic, sentimental why this balance unfavorable: most of all the excitement forgetting the reason. Literature is the art of the word, and nothing better than great work and a time to work romanesco an article. Step by step will develop in the stages of this period, the major revelations as: Gonçalves Dias, the pioneer, Joaquim Manoel de Macedo, considered one of the greatest prose writers with their innocent, and their characters sleepers, Castro Alves, a great poet, Socialists claimed that the abolition of black, and so on. Here's progress and achievements in these and other representatives of Brazilian romanticism.

Keywords: romantic, discovery, development, freedom.

INTRODUÇÃO

Pesquisar o romantismo é antes de tudo um desafio, segundo Paul Valery, seria necessário ter perdido todo o espírito de rigor para querer definir o romantismo. O número de estudiosos sobre este tema é enorme, no entanto a quantidade de leitores jovens sobre este tema é muito pequena. Um dos objetivos desta pesquisa é incentivar jovens à leitura e saber dos grandes acontecimentos não só deste período literário, mas de outros importantíssimos períodos que constituem a literatura brasileira. Justifica-se a escolha da temática "José de Alencar: ideal romântico por excelência" devido ao interesse da pesquisadora em mostrar as riquezas de conteúdo literário das obras do autor.

É notório o desestímulo de muitos jovens quando se comenta que é obrigatório ler romances e outros gêneros de leitura. Não há criatividade dos professores na maioria das vezes para atrair o aluno a buscar leituras interessantes, o incentivo a leitura para formar cidadãos críticos já não existe ou raramente se encontra em alguma sala de aula com algum educador muito otimista e sonhador. Esse artigo foi elaborado através de pesquisas qualitativas do tipo bibliográfico, e também a partir da leitura de livros, artigos/materiais publicados e acesso a internet. A leitura forma conceitos e constrói personalidade, cabe a todo educador fazer germinar essa semente para que o conhecimento possa sempre estar nascendo e fluindo na mente do estudante.

 Baseando-se nessas fontes teve-se a plena convicção que o romantismo: foi o grande e primeiro passo para a modernidade, segundo Massaud Moséis "a rigor, o paralelo poderia ser mais vincado: o romantismo constitui profunda e vasta revolução cultural cujos efeitos não cessaram até os nossos dias. Além das letras e das artes, o conhecimento científico, filosófico e religioso sofreu um impacto que ainda repercute na crise permanente da cultura moderna."

Estudar o romantismo é algo evitado por vários estudantes, porém ao ser estudado todos os pensamentos mal-formados sobre este se evapora. Primeiro por que descobre que este período foi marcado por grandes mudanças e revoluções, num momento onde tabus estavam a ser quebrados, questões sociais estavam a ser reivindicadas.

Citando neste trabalho mais uma vez Massaud2, ele assegura: "Revolução que é o romantismo corresponde, na ordem política, ao desaparecimento das oligarquias reinantes em favor das monarquias constitucionais ou das repúblicas federadas, à substituição do absolutismo religioso, filosófico, econômico, etc., pelo Liberalismo na moral, na arte, na política, etc."

Como primeiro percussor e representante do romantismo, pode-se citar Gonçalves Dias como sua poesia lírico-nacionalista, seu poema mais famoso é Canção do exílio, quando este esteve fora do país deixou-se levar pela profunda saudade de sua pátria e guiado por este sentimento fez-se esta obra-prima, uma das mais belas poesias do período romanesco.

De acordo com Massaud3 "é como se sabe, o renascimento, ou mais propriamente, o nascimento do nosso teatro, deve-se a dois escritores: Gonçalves de Magalhães e Martins Pena, e a um ator, João Caetano. Este que estreara profissionalmente em 1831 no Teatro Constitucional Fluminense (mais tarde de S. Pedro de Alcântara) encenara-lhes duas peças em 1838, respectivamente Antônio José ou O Poeta e a Inquisição e O Juiz de Paz na Roça."

Além disso, estimular o lado poético e romântico que para alguns isso é insignificante, cafona e melancólico. É notório o desestímulo de muitos jovens quando se comenta que é obrigatório ler romances e outros gêneros de leitura. Não há criatividade dos professores na maioria das vezes para atrair o aluno a buscar leituras interessantes.

A literatura romântica serve para inspiração e reflexão. Faz parte da nossa vida pessoal e profissional. Na escrita também é bem vinda para quebrar a formalidade, deixando o texto interessante e atrativo.    

Este projeto torna-se relevante a partir das pesquisas e fontes colhidas sobre o tema que está se desenvolvendo. Buscando a importância e as características do período romântico, para ir de encontro e quebrar alguns tabus inventados sobre o mesmo.

A partir de um estudo mais aprofundado sobre algo que ignora ou apenas ouve falar, observa-se o tamanho da muralha da ignorância que diversas vezes impede-se de desvendar novos conhecimentos e conceitos que se julgam formados e não se permite realmente absorver o real e o verdadeiro conhecimento.

Deseja-se que este artigo contribua para o interesse de alguns estudantes em relação ao estudo do romantismo. Não só deste, mas também de outros períodos que também contribuíram para o desenvolvimento cultural, político e social do país.

Visa-se também mostrar a importância  do romantismo para os dias hodiernos como forma de incentivo à leitura, a pesquisa, e ao acúmulo de conhecimento apreendido e auxiliar outras pessoas a distinguir aspectos da literatura romântica. Ao analisar o trabalho de alguns pesquisadores, observa-se a grande quantidade de referências, de conceitos, que tem o papel de auxiliar a opinião colocada de cada pesquisador.

ROMANTISMO NO BRASIL

O século XIX

Século XIX, o Brasil estava numa situação bem diferente que se encontra hoje. Ainda colônia de Portugal faltava muito para o Brasil - colônia quebrar suas algemas e lutar por sua liberdade, seu desenvolvimento e sua liberdade de expressão.

O inconformismo veio surgindo dos naturais do país, devido às humilhações sofridas pelas classes superiores. Na época os eclesiásticos, escritores, magistrados; estes tinham estudado na Europa, enquanto no Brasil não havia universidade, nem tipografias e periódicos. A oportunidade de conhecimento era mínima, pois as bibliotecas eram extintas e voltadas aos conventos, o teatro muito fraco, devido à imensa dificuldade de entrada de livros no país.

De acordo com Antônio Cândido "do ponto de vista da cultura, a presença do governo português no Brasil foi um marco histórico transformador, a partir do Rio de Janeiro, que se tornou definitivamente centro do país e foco de irradiação intelectual e artística. Depois de 1808, foram permitidas as tipografias e imprimiram-se os primeiros livros, criou-se uma importante biblioteca pública, foi possível importar obras estrangeiras, abriram-se cursos e fundadas algumas escolas superiores"

Com este acontecimento percebeu-se também presença de estudiosos, cientistas, artistas, viajantes de outros países ou mesmo brasileiros que tiveram a oportunidade de estudar no exterior. Missões artísticas em 1816 fundaram o que se chama hoje a "Academia de Belas Artes", oferecendo os cursos de desenho, pintura, gravura, entre outros.

Com a separação de Portugal os brasileiros buscaram a civilização, e segundo Antônio Cândido traçaram estes ideais: liberdade de comércio, pensamento, representação nacional, instrução fim do regime escravista etc.

Vendo o país com outros olhos, com o olhar de confiança e determinação para desenvolver nesta nacionalidade também seus estilos literários sem precisar copiar das suas raízes colonizadoras estilos alheios, pode existir heranças, mas os representantes deste período quiseram substituir toda e qualquer semelhança.

Exploraram as belezas naturais em suas poesias e prosas. Quando alguns destes estavam exilados, distantes da pátria como o poeta Gonçalves Dias com o poema que foi o marco para o início do romantismo: Canção do Exílio; Joaquim Manoel de Macedo com o emocionante romance A moreninha que também iniciou um período de muita importância para a transformação e o enriquecimento da literatura brasileira; Castro Alves grande escritor e socialista que lutou pela liberdade dos negros, pela igualdade das etnias dando seu grito alerta com o poema Navio Negreiro; e tantos outros que poderiam ser citados aqui.

No ano de 1836, amadurecimento de idéias e muita literatura: início do romantismo brasileiro, novas tendências estéticas, liberdade comercial e política, reivindicação de direitos humanos como a libertação dos negros, o direito e o tamanho valor do índio e da mulher, oportunidade de conhecimento a todos os brasileiros; isto define também o período literário citado acima.

O romantismo nacionalista

Novamente citando neste artigo Antônio Cândido, segundo este o romantismo brasileiro foi inicialmente (e continuou sendo em parte até o fim) sobre tudo nacionalismo. E nacionalismo foi escrever sobre coisas locais.

Fazia parte dos objetivos da época valorizar, expor, ou seja, bem mostrar as características culturais de cada região do país. Surgindo daí a origem das prosas, romances publicados em jornais: os chamados romances de folhetins.

Os romances indianistas fazem parte da segunda geração romântica que teve como seu representante José de Alencar, estes foram importantíssimos para a autenticidade da literatura nacionalista. Alencar escreveu O Guarani, Iracema, Ubirajara; Gonçalves Magalhães escreveu A Confederação dos Tamoios, obra criticada por Alencar, mas que também teve papel significativo para este estilo de romance; Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa também escreveu longo poema indianista. Publicou também O Filho do Pescador e outros romances até 1856.

Como conseguir prender a atenção da sociedade da época com estas e outras obras publicadas? O leitor de outrora precisava ler algo que fosse indispensável, e que ao mesmo tempo lembrasse seus costumes, suas atitudes cotidianas e sonhadoras. A originalidade do escritor brasileiro era isso que todos os representantes cultivavam na época. Alguns críticos literários aplaudem o nacionalismo, porém ao mesmo tempo denominam como ilusório, mostrando a teoria com ênfase e deixando apagada toda a sua prática.

Todavia com todas as críticas o romantismo foi e pode sim ser denominado até hoje como nacionalismo graças à leveza, ao conteúdo, a linguagem simples e sofisticada do romancista que não se preocupava em citar apenas grandes acontecimentos e conhecimentos da mitologia e da antiguidade, mas tinha o compromisso com o leitor que pudesse identificar questões que estivessem ligadas à sociedade, ao sentimentalismo, ao seu eu, e aos sonhos d'alma encontrados em livretos que à primeira vista podem ser julgados insignificantes, mas eram autênticos aos acontecimentos e costumes da sociedade da época.

O egocentrismo típico dos romancistas

Em 1850 jovens estudantes de Direito, passaram também a contribuir para o período nacionalista, e agora seus representantes passaram a ser denominados como egocêntricos.

Tudo estava abaixo de suas vistas, o mundo rodava em torno do umbigo destes que optavam pela vida boêmia, a perda de noites, de alucinações, e ultra-sentimentalismos, parceiros da melancolia e da extrema emoção.

Foram estes: Álvares de Azevedo que faleceu antes de completar os vinte anos, deixando de saborear as suas liras, se quer terminou o curso de Direito e já experimentava o prazer da dor, do sofrimento e da morte precoce. Além dele também Casimiro de Abreu, Junqueira Freire. A partir de 1860, principalmente, começa a ganhar força uma nova tendência: a da poesia social e humanitária, preocupada com a divulgação e o debate das questões como o direito dos povos à independência, a abolição da escravidão negra, a erradicação da miséria, o papel da educação na melhoria da qualidade de vida do ser humano. No Brasil surge uma poesia engajada, dedicada à propaganda ideológica. O maior representante dessa nova tendência foi Castro Alves.

José Martiniano de Alencar: Romancista por excelência

Grande escritor nasceu em Mecejana, no Ceará. Estudou Direito e envolveu-se também na política. Escreveu romances envolvendo questões ligadas à sociedade moralista na época.

Em 1850 concluindo o curso de Direito e, logo após, ao assumir sua profissão também passou a publicar seus romances em jornais. Além de dedicar sua vida a literatura, também se dedicou ao teatro com as peças: Verso e Reverso (1857), O Demônio Familiar (1858), Mãe (1860).

Ao ingressar na política no seu estado de origem sofreu desgostos pelo qual achou melhor aquietar-se e dedicar-se somente a vida de escritor excepcional. Escreveu  O Guarani e obteve bons resultados  ao publicá-lo, e vieram os outros: Lucíola (1862), Diva (1864), Iracema (1865), As Minas de Prata (1865-66).

Sofreu com injustas críticas e mais tarde publicou A Pata da Gazela (1870), O Gaúcho (1870), O Tronco do Ipê (1871), Sonhos D'ouro (1872), A Guerra dos Mascates, (1873), Alfarrábios (1976); mas assinando com o pseudônimo Sênio.

É um entusiasmo sem igual ler as obras deste escritor, à medida que se desenvolve a leitura o leitor não desvia o olhar do livro a não ser para retomar o fôlego e voltar a incessante viagem. Alencar escreveu quatro tipos de romances: os indianistas, urbanos, históricos, e regionais. Um de seus romances indianista que mais se destacou foi O Guarani, este narrando a lealdade de um índio (Peri) por uma moça de família nobre (Cecília), Peri era um amigo fiel que o pai da moça, senhor muito rico e honrado  confiava toda a proteção de sua família. Romance mágico que retrata valores morais como, lealdade, confiança; encontra-se também neste romance encontros e desencontros amorosos, mas que vale muito à pena abrir este livro e viajar sem sair do sofá, da cama, da poltrona.

Dos vários romances urbanos pode-se relembrar a intrigante história da moça Aurélia, dona de imenso orgulho que para se casar ao invés de declarar seu amor, prefere comprar o amor do jovem Fernando, este é o livro Senhora que para alguns críticos é o melhor de todas as obras de Alencar. Eis aqui um trecho do romance: (...) "Vendido sim, não tenho outro nome, sou muito rica, sou milionária, precisava de um marido, traste indispensável às mulheres honestas. O senhor estava no mercado, comprei-o, custou-me cem contos de reis, foi barato, não se fez valer: Eu daria o dobro, o triplo toda a minha riqueza por este momento". (p. 199) Até aí o leitor desanima-se e acha que nunca mais poderá ser possível a reconciliação deste casal, mas é aí que Alencar surpreende-o mais uma vez e retoma todo o amor no coração orgulhoso da jovem Aurélia.  

Para mostrar um pouco de como Sênio escreveu seus romances históricos, pode-se citar como exemplo A Guerra dos Mascates que desenrola uma história na época em que Recife e Olinda estão em guerra, mascates são os comerciantes que estavam ascendendo e despertando a fúria e o espírito competição a outra vila Olinda. Uma história que também retrata o amor entre jovens e que no final surpreende todo e qualquer leitor.

Aos romances regionais fica uma dúvida intrigante: como Alencar conseguia ir criar em sua imaginação as regiões do país sem ter viajado tanto? É aí que cresce ainda mais a admiração por este representante da literatura brasileira. Til, um de seus romances regionais impressiona o bom leitor e auxilia àquele que ainda não teve oportunidade de viajar o Brasil à fora.

Como não admirar e ler obras tão autênticas e pertencentes ao Brasil de um escritor como este? Alencar foi ótimo escritor, e nos dias hodiernos é excelente representante da literatura nacionalista.

CONSIDERAÇÃOES FINAIS

Inventar outro conceito sobre o romantismo como já foi dito neste artigo é impossível até porque conceituar algo tão grande como um movimento literário chega a ser desbravador e entusiasmante, assim como os portugueses arriscaram corajosamente conhecer e tomar novas terras. Todavia, com a contribuição de escritores que publicam excelentes livros sobre os movimentos literários, pode-se dizer que através destes e outras fontes de pesquisas consegui-se encorajar qualquer estudante ou acadêmico que queira descobrir um novo mundo; não um mundo com as mesmas riquezas que os portugueses encontraram no Brasil. Na carta de Pero Vaz de Caminha à medida que eram encontradas as riquezas naturais e minerais, observa-se o interesse por estas terras. O pesquisador irá encontrar outros tesouros que a terra e a ferrugem não comem, e que o homem não pode roubar, a riqueza a que me refiro é a sabedoria, a astúcia de pesquisar e eliminar quaisquer dúvidas, quebrando muralhas e descobrindo no interior a opulência do conhecimento.

REFERÊNCIAS

CÂNDIDO, Antônio. O romantismo no Brasil. 2ª edição, Humanitas, São Paulo;  2004.

MASSAUD, Moisés. História da literatura brasileira. Cultrix, São Paulo; 2001.

TERRA, Ernani e NICOLA de José. Curso prático de língua, literatura e redação. 4ª edição,  Scipione, São Paulo; 1999.

BOSSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 41 ª edição, Cultrix, São Paulo; 1994.

http://www.resumosdelivros.com.br/j/jose-alencar

http://www.recantodasletras.com.br

http://www.wikipedia.com.br

http://www.blogspot.com.br

Antônio Cândido. O romântico do Brasil. p.10-11.


Autor: Tamires Andrade Cavalcante


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