A avaliação no contexto escolar



O termo "avaliação" nas escolas geralmente é motivo de grande ansiedade por parte dos alunos. Os professores utilizam-se de métodos repetitivos para avaliar a aprendizagem dos seus alunos e muitas vezes declaram que sem a prova escrita não há como saber se o aluno aprendeu. Podemos constatar quando nos deparamos com declarações assim o despreparo e certa insensibilidade para lidar com seres humanos em pleno desenvolvimento.
Muitos alunos podem demonstrar em uma prova que sabem aquilo que verdadeiramente não conhecem e vice-versa, por tratar-se de uma demonstração do saber totalmente "forçada" e muitas vezes com caráter punitivo, gerando alta tensão que gerará nos alunos diferentes resultados de acordo com a realidade de cada um, porém pouco provável que seja uma real demonstração daquilo que o professor deveria realmente preocupar-se em buscar.
Quando pensamos em formar cidadãos preparados para cidadania é preciso pensar em planejamentos que coincidam com o cotidiano dos alunos, para isso é necessário inovar fugindo dos métodos tradicionais que não contribuem para uma aprendizagem que promova ao aluno a participação do processo de aprendizagem.
A aprendizagem consiste na internalização dos conceitos, onde ele entenderá o mundo à sua volta. Partindo deste contexto, a avaliação terá que fazer parte de todo este processo, a avaliação deve ser contínua, onde o professor poderá observar o desempenho dos educandos descobrindo aspectos relevantes como possíveis dificuldades, por parte dos alunos e até mesmo dos métodos utilizados.
O professor tem em sua sala de aula pessoas com diferentes experiências de vida, antes de chegarem a sala de aula já trazem idéias definidas, sendo assim a avaliação diagnóstica deve ser usada antes de um planejamento, pois esta avaliação dará ao professor dados para planejar sua atuação, visto que desta maneira ele poderá identificar o nível de aprendizagem dos alunos.
Além do objetivo deste tipo de avaliação ser o encaminhamento para o trabalho do educador, é por este "caminho" que se encontram as possíveis dificuldades dos alunos, identificando causas para as mesmas; muitas vezes no contexto escolar, professores "despreparados" não identificam causas relevantes para as dificuldades deixando que os alunos acreditem em um fracasso que na verdade está "escondendo" a necessidade de ajuda até mesmo profissional.
Acompanhar o aluno em sua aprendizagem torna-se essencial para uma educação de sucesso, as provas e trabalhos não permitem um acompanhamento real de alguém que progride com erros e acertos; a avaliação formativa complementa a diagnóstica neste sentido; não se trata de "notas" e sim de informação e reconhecimento de dificuldades, com o acompanhamento do aluno,registros descritivos e significativos para um trabalho de constante superação.
Avaliar em um sentido diagnostico - formativo é possível dês de que haja modificação no contexto escolar,talvez não seja "cômodo"mudar métodos mas é importante pensar que estamos promovendo o desenvolvimento da criança e não podemos continuar com as práticas excludentes com avaliações quantitativas; é preciso que o aluno não se sinta desmotivado por uma nota ruim, que é o que acontece com este tipo de avaliação; por outro lado quando o educando é estimulado a aprender com seus erros ocorre a evolução e o desencadeamento para maior busca do conhecimento.
Alguns professores foram indagados para contribuição deste texto, a nítida conclusão para estes diálogos para concepção de avaliação é que os números estão sempre presentes, o somatório de notas entre trabalhos e testes continuam presentes, muitas vezes com idéias progressistas, é possível identificar em muitos profissionais o desejo de mudanças,um deles até relatou que sempre "molda" os projetos da equipe gestora para a realidade dos alunos, o que acontece é que toda a equipe precisa trabalhar em conjunto, o que nem sempre é o que ocorre, além disso, é preciso maior confiança por parte dos profissionais para diversificação dos instrumentos avaliativos para o avanço qualitativo dos estudantes. Estes professores asseguram-se melhor nas notas finais apesar das boas idéias. Os registros descritivos e avaliativos com métodos reflexivos ainda parecem inseguros devido a maior dedicação a cada aluno, que muitas vezes são numerosos.
Para solução deste tipo de "empecilho" a formação continuada deve acompanhar o professor para auxiliá-lo em um trabalho mais comprometido, além disso, toda a gestão precisa acompanhar; o trabalho é conjunto.
As práticas de exclusão do aluno devem ser urgentemente excluídas do currículo escolar dando espaço a práticas que estimulem diferentes capacidades cognitivas e lingüísticas. Ninguém disse que é fácil, mas perfeitamente possível, desde que hajam profissionais atentos e comprometidos com a melhoria da qualidade de ensino para cidadãos em desenvolvimento, que necessitam aprender a aprender.

Referências:

CERQUEIRA,Everaldo.Recanto das letras.Formas de avaliação em 10 agosto de 2008. Disponível em:
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1121766 acesso em 12 de Abril de 2010

- VAGULA, Edilaine, RAMPAZZO, Sandra Regina dos Reis, STEINLE, Marlizete Cristina B. Organização e didática nos anos iniciais do ensino fundamental. São Paulo: Pearson Educacition do Brasil e Unopar, 2009.
Autor: Priscila Lorang


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