Reflexão de "a idéia" de Augusto dos Anjos



A IDÉIA

Augusto dos Anjos

De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,Delibera, e depois, quer e executa!

Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe, Tísica, tênue, mínima, raquítica ?

Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No mulambo da língua paralítica.
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Costumo dizer que muitas vezes temos a sensação de estar em outro planeta quando pensamos algo e nos ousamos a dizer?

é que às vezes nossas palavras atropelam um pouco a idéia original pela mais comum impaciência,

Ou porque o outro parece não entender uma só palavra pela também comum falta de interesse!

Sabemos que temos idéias diferentes e que pensamentos percorrem de diferentes modos em cada um, e quando falamos de vida a dois é que podemos retratar melhor a luta de quem está mais certo.

Não há o mais certo, o que ocorre é a falta de vontade de entender o outro;conexão, de maneira que os diferentes pontos de vista serão respeitados.

é importante a consciência de que saber dialogar é compreender e se "conectar" ao outro, para que ao ser dito algo percorrido no pensamento, a língua de quem diz e os ouvidos de quem ouve estejam bem atentos e não se esbarre no "mulambo da língua paralítica".

Difícil certamente é? é preciso amar; é preciso vontade de ser e de sentir o outro feliz!
Autor: Priscila Lorang


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