O Cotidiano do Paciente com Câncer Submetido á Quimioterapia



RESUMO

O câncer é uma doença que tem inicio quando uma célula se torna anormal divido a uma transformação por mutação genética do DNA celular. Entre as modalidades terapêuticas encontra-se a quimioterapia, que diferente da cirurgia e da radioterapia é uma forma de tratamento sistêmico. Como algumas células tumorais podem se desprender do tumor, muitas vezes a quimioterapia passa a ser a melhor forma de tratamento. O presente estudo foi desenvolvido com objetivo de conhecer os aspectos relacionados ao convívio com o câncer e com a modalidade terapêutica da quimioterapia. O método utilizado neste estudo é qualitativa e descritiva, preocupando-se em conhecer o cotidiano do paciente oncologico. Os resultados apontaram para momentos de angustia e transtornos em suas vidas profissionais e sociais, importância da família e amigos no processo de enfrentamento e adesão à satisfação em relação á assistência de enfermagem e anseio por uma vida normal. Conclui que apesar das dificuldades enfrentadas pelos paciente oncologicos, submetidos a quimioterapia, demonstraram esperança de cura e grandes perspectivas para o futuro.

ABSTRACT

Cancer is a disease which begins when a cell becomes abnormal split a transformation by genetic mutation of cellular DNA. Among the therapy is chemotherapy, which differs from surgery and radiotherapy is a form of systemic treatment. As some tumor cells can break off from the tumor, chemotherapy often becomes the best form of treatment. This study was developed with the objective to know the aspects related to living with cancer and the therapeutic modality of chemotherapy. The method used in this study is qualitative and descriptive, worrying to know the daily life of cancer patients. The results point to moments of anxiety disorders and in their professional lives and social importance of family and friends in the process of coping and adherence to satisfaction with nursing care and longing for a normal life. It concludes that despite the difficulties faced by oncology patients undergoing chemotherapy.

INTRODUÇÃO

O câncer é uma doença que tem inicio quando uma célula se torna anormal devido a uma transformação por mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um clone e começa a se proliferar anormalmente ignorando os sinais reguladores do crescimento no meio ao seu redor [2].
É atingido então um estágio em que as células adquirem característica invasivo determinado alterações nos tecidos circunvizinhos. As células invadem esses tecidos acessando os linfáticos e sanguíneos através dos quais podem ser transportadas para outras áreas do corpo, formando metástases ( disseminação do câncer) em outras partes[3].
Embora a doença possa ser descrita nos termos gerais já usados, o câncer não é uma doença
Única com uma única causa; em vez disso, trata-se de um grupo de doenças distintas com causas . Manifestações. Tratamentos e prognósticos diferentes (5).
Entretanto refere-se que, as células normais de todo organismo vivo coexistem em perfeita harmonia citológicas, histológica e funcional, harmonia esta orientada no sentido da manutenção da vida. De acordo com suas características morfológicas e funcionais, determinadas pelos seus próprios códigos genéticos, e com sua especificidade células estão agrupadas em tecidos, os quais formam os órgãos. Os mecanismos que regulam o contato e a permanência de uma célula ao lado de outra, bem com os de controle do seu crescimento, ainda constituem uma das áreas menos conhecidas da biologia. Sabe-se que o contato e a permanência de uma célula junto a outra são controlados por substancias intracitoplasmáticas, mas ainda é pouco compreendido o mecanismo que mantêm as células normais agregadas em tecidos. Ao que parecem, elas se reconhecem umas as outras por processos de superfície, os quais ditam que células semelhantes permaneçam juntas e que determinadas células interajam para executarem determinada função orgânica [7].
Sabe-se também que o crescimento celular responde as necessidades especificas do corpo e é um processo cuidadosamente regulado. Esse crescimento envolve o aumento da massa celular, duplicação do acido desoxirribonucléico (ADN) divisão física da célula em duas células filhas idênticas(MITOSE). Tais eventos se processam por meio de fases conhecidas como G¹-S-G²-M; que integram o ciclo celular [7].
Nas células normais,restrições a mitose são impostas por estímulos regulados que agem sobre a superfície celular, estímulos estes que podem resultar tanto do contato com as demais células como da redução na produção ou disponibilidade de certos fatores de crescimento. Fatores celulares específicos parecem ser essenciais para o crescimento celular, mas poucos deles são realmente conhecidos [6].
É certo que fatores de crescimento e hormônios, de alguma forma, estimulam as células para se dividir. Entretanto, ele não tem valor nutriente para as células nem desempenham um papel conhecido no metabolismo. Presumivelmente, apenas suas capacidades de ligar-se a receptores específicos de superfície celular os capacita a controlar os processos celulares [6].
O mecanismo de controle do crescimento celular parece estar na dependência de fatores estimulantes e inibidores e ele normalmente estaria em equilíbrio ate o surgimento de um estimulo de crescimento efetivo, sem ativação do mecanismo inibidor. Tal estimulo ocorre quando há exigências especiais como,Poe exemplo, para reparo de uma alteração tissular. As células sobreviventes se multiplicam até que o tecido se recomponha e, a partir daí, quando ficam em íntimo contato umas com as outras, o processo é paralisado[4].
Em algumas ocasiões, entretanto, ocorre uma ruptura dos mecanismos reguladores da multiplicação celular e, sem que seja necessário Mao tecido, uma célula começa a crescer e a dividir-se desordenadamente. Pode resultar daí um clone de célula descendentes, herdeiras dessa propensão ao crescimento e divisão anômalos, insensíveis ao mecanismo reguladores normais, que resulta na formação do que se chama tumor ou neoplasia, que pode ser benigna ou maligna. A carcinogênese refere-se ao desenvolvimento de tumores malignos, estudada com base nos fatores e mecanismos a ela relacionada [4].
A carcinogênese pode iniciar-se de forma espontânea ou ser provocada pela ação de agentes carcinogênicos (químicos, físicos ou biológicos). O tempo para a carcinogênese ser completada e indeterminada podendo -se necessário muitos anos para que se verifique o aparecimento do tumor. Teoricamente, a carcinogênese pode ser interrompida em qualquer uma das etapas, se o organismo for capaz de reprimir a proliferação celular e de reparar o dano causado ao genoma [1].

JUSTIFICATIVA
O estudo trone-se relevante uma vez que busca conhecer as experiências vivenciadas pelos pacientes submetidos a quimioterapia antineoplásica, tendo em vista a complexidade de tal terapêutica e as reações incluindo a desestruturação psicológica dos pacientes e familiares envolvidos.

OBJETIVO GGERAL

Investigar como é o cotidiano do paciente com diagnostico de câncer submetido á quimioterapia

MÉTODOS

A presente pesquisa apresenta abordagem qualitativa e descritiva, preocupando-se em conhecer o cotidiano do paciente oncológico submetido a quimioterapia antineoplásica .
Com relação a esta abordagem, MARCUS e LIEHR (2001) interferem que:

"A pesquisa qualitativa combina as naturezas cientificas e artísticas da enfermagem para aumentar a compreensão da experiência de saúde humana. É um termo genético que abrange uma multiplicidade de suportes filosóficos e métodos de pesquisa. Pesquisadores qualitativos estudam coisas em seus cenários naturais, tentando compreender, ou interpretar, fenômenos em termos dos significados que as pessoas trazem para ele."

Os sujeitos do estudos foram cincos pacientes com diagnósticos de câncer .

Para coleta de dados foram realizadas entrevistas individualizadas baseadas em questionário semi-estruturado, contendo questões sobre quando recebeu o diagnostico de câncer; como foi ou está sendo a aceitação do diagnostico; como esta sendo o convívio com a patologia desde então; como vem vivendo com a quimioterapia; qual sua visão perante a assistência de enfermagem recebida e quais para o futuro.

A coleta de dados ocorre no período de janeiro a fevereiro de 2010.

Atendendo a Resolução 196/96, foram respeitados todos os aspectos relacionados a pesquisa
Com envolvendo seres humanos.
Os relatos obtidos na entrevistas foram analisados a partir de sua organização em categorias tendo cuidado de utilizar pseudônimo para que os sujeitos dos estudos não fossem identificados.

INTERVENÇÃO DA ENFERMAGEM NA QUIMIOTERAPIA

De acordo com SMELTZER & BARE (2002), a enfermagem exerce a função importante na avaliação e cuidado de muitos dos problemas experimentados pelo paciente que recebe quimioterapia. Por causa dos efeitos sistêmicos sobre as células normais e malignas, esses problemas são freqüentemente amplos, afetando muitos sisorgânicos.[6].
A) - Discutir com o paciente e a família
- colocação do paciente em quarto privativo se a contagem absoluta de leucócito for < 100/mm³
- importância de o paciente evitar contato com pessoas que tem infecção recente, ou que receberam a vacina recentemente.
B) - Instruir todas as pessoas sobre a lavagem cuidadosa das mãos antes e depois de entrar no quarto.
C) - Evitar os procedimentos retais ou vaginais (temperaturas retais, exames, supositórios).
D) - Usar emolientes fecais para evitar a constipação e o esforço (isso minimiza o trauma dos tecidos).
E) ? Ajudar o pacientes na pratica de higiene pessoal meticulosa.
F) - Instruir o paciente sobre o uso de barbeador elétrico.
G) ? Encorajar o pacientes a deambular no quarto, exceto quando contra-indicado. (minimiza a possibilidade de ruptura de pele e êxtase das secreções pulmonares).
Avaliar os pontos de acessos venosos diariamente para evidencia infecção.
A) - Mudar os locais de acessos venosos em dias alternados (a incidência de infecção mostra-se aumentada quando o cateter permanecer no local > 72 horas).
B) - Limpar a pele com solução de povidona-iodo antes da punção arterial ou venoso.
Evitar injeções intramusculares (reduz o risco de abscessos cutâneos).
Evitar a inserção de cateteres urinários; quando os cateteres forem necessários usar técnica asséptica estrita. [6].
Diagnóstico de enfermagem: Membrana mucosa Oral Alterada: estomatite
Meta: Manutenção da Mucosa Oral Intacta
Prescrição de enfermagem:
Avaliar diariamente a cavidade oral:
Instruir o paciente a relatar a queimação oral, dor, áreas de rubor, lesões abertas nos lábios, dor associada a deglutição, ou tolerância diminuída aos extremos de temperatura no alimento.
Encorajar e auxiliar na higiene oral.
A) ? Escovar os dentes com escovas macias; usar pasta de dentes não abrasiva depois das refeições e na hora de dormir; usar fio dental a cada 24 horas, quando dolorosa ou quando as contagens de plaquetas caem de 40000/mm³. [6].
Diagnostico de enfermagem: Integridade tecidual comprometida: alopecia
Meta: manutenção da integridade tecidual; enfrentamento da queda de cabelos.
Prescrição de Enfermagem:
Discutir a perda potencial de cabelos e o novo crescimento com o paciente e a família.
Explorar o impacto potencial da queda de cabelos sobre a auto-imagem, relações interpessoais e sexualidade.
Evitar ou minimizar a queda de cabelos da seguinte maneira:
Cortar os cabelos longos antes do tratamento (minimizar a queda de cabelo devido ao peso e manipulação do cabelo)
B) ? Usar shampo e condicionador suaves e evitar o excesso de shampo
C) ? Evitar onduladores elétricos, secadores.
D) ? evitar pentear ou escovar excessivamente, usar pente com dentes amplos.
Evitar o trauma do couro cabeludo.
Sugerir meios para ajudar na aceitação da queda de cabelos:
A) ? Comprar peruca ou aplique antes de queda do cabelos
B) ? Usar boné.
Explicar que o crescimento do cabelo geralmente começa novamente quando a terapia e completada (tranqüilize o paciente de que a queda do cabelo e geralmente temporária[6].

Existe um desafio especial inerente aos cuidados de pacientes com câncer, pois em nossa sociedade a palavra câncer muitas vezes tem sido associada a vida e a morte (5].

Excluindo as causas más definidas, o câncer constitui a terceira causa de morte do Brasil, atrás somente das doenças do aparelho circulatório e das causas externas, sendo assim a segunda causa de morte por doença. Em 1998; as neoplasmas foram responsáveis por 11,92%, dos 929.023 óbitos registrados, sendo que 54,21% dos óbitos por neoplasias ocorreram entre homens e 45,74%, entre as mulheres. Considerando-se somente as mortes por doenças neoplasias representam a segunda causa de morte em todas as regiões do país. Os neoplasmas seguem-se às doenças cardiovasculares como causa de morte, e sua proporcionalidade aumenta a medida que se desloca para o sul: 7,45% (região nordeste); 8,52% (região norte); 11,22% (região centro oeste); 13,05% (região sudeste); e 16,06% (região sul). [1].

No Brasil, o processo de industrialização acelerou-se após a segunda guerra mundial. Desenvolveu-se em ritmos diferentes nas diversas regiões dos pais, ocorrendo uma maior concentração industrial na região sudeste. São justamente nas regiões de maior industrialização que atualmente, se verificam as maiores taxas de mortalidade por câncer[2].

A urbanização, fenômeno que freqüentemente caminha ao lado do processo de industrialização. Tem sido relacionada com uma maior ocorrência de câncer. Nota-se que comumente que a urbanização, e acompanhada de modificações nos hábitos de vida das pessoas. O estilo de vida das populações deve receber a atenção quanto a gênese dos tumores, pois a persistência, a acentuação ou introdução de novos hábitos pode induzir ou propiciar o desenvolvimento das neoplasia malignas. Acredita-se que 80,90% de todos os cânceres podem ser causados por fatores ambientais ou por estilo de vida. Entre esses[7].

hábitos, o tabagismo aparece como um dos mais importantes, estando diretamente relacionado com os cânceres de pulmão, boca, laringe e bexiga.
Pode-se deduzir que ações de "prevenção e diagnósticos precoces" são tão importantes quanto as terapêuticas, quando se pretende modificar o quadro morbi-mortalidade por câncer; que já se prolonga por décadas no Brasil e supõe-se que será a principal causa de morte nas próximas décadas
As principais modalidades terapêuticas do câncer são: cirurgia; radioterapia e quimioterapia, sendo a ultima considerado a mais importante por ter ação sistêmica.
A quimioterapia antiblástica consiste no emprego de substâncias químicas, isoladas ou em combinação, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas. È o tratamento de escolhas para doenças malignas do sistema hematopoético e para tumores sólidos, que apresentam mestasteses regionais ou a distâncias[1].
O enfermeiro inserido no contexto da prevenção e do tratamento, cuidado aos clientes com câncer deve estar pronto para dar apoio ao paciente e sua família durante uma diversidade de crises físicas, emocionais, sociais, culturais e espirituais.
Este estudo surgiu após ter me deparado com uma situação semelhante na família, despertando a vontade de pesquisar as experiências vivenciadas pelos clientes submetidos a quimioterapia antineoplásica tendo em vista a complexidade de tal terapêutica e das reações incluindo a desestruturação psicológica do cliente e familiares envolvidos[1].

DIAGNÓSTICO DE CÂNCER

A detecção precoce do câncer é fundamental, pois qualquer demora pode ser prejudicial para o paciente. Portanto, é extremamente importante o exame dos pacientes para pesquisar de lesões iniciais na pele, no útero, na mama, no colo no reto. A detecção clinica precoce significa que o câncer pode ser detectado quando esta localizada e não apresenta disseminação regional ou distante para linfonodos ou outras vísceras. É neste estádio que a maioria dos pacientes com câncer terá sua maior chance de cura[4].

TRATAMENTO DO CÂNCER

Segundo [8]. o mais importante principio que rege a conduta inicial do tratamento de um paciente com câncer e definir primeiro os objetivos do tratamento clinico. Para os pacientes com doenças curável, o objetivo é a cura utilizando tratamento de modalidade única ou combinada. Entretanto, se a doença for curável, os objetivos são melhorar e possivelmente prolongar a vida (com boa qualidade)
No tratamento do câncer e importante perceber que:
Pacientes com cânceres localizados são curáveis
Pacientes que apresentam linfonodos positivos tendem apresentar um pior prognóstico
Pacientes com metástases a distancia raramente são curáveis, mas em alguns casos podem sobreviver por cinco anos com tratamentos multimodais
Os tratamentos padrões para pacientes com câncer baseiam-se em grandes estudos clínicos que mostraram aumento da sobrevida geral e sem doença
O parâmetro mais comumente escolhido para medir a sobrevida e o beneficio do tratamento é a taxa de sobrevida geral e sem doença em cinco anos.

O tratamento do câncer inclui três importantes modalidades

Tratamento cirúrgico
Radioterapia ,
Quimioterapia

RESULTADO E DISCUSSÃO

Anexo abaixo perfil do paciente entrevistados

Dos cincos pacientes oncológicos entrevistados, quatro eram do sexo feminino e um do sexo masculino. A faixa etária dos sujeitos variou de 23 a 78 anos. Os entrevistados eram casados.

Convivendo com a doença: o afastamento do convívio social, das atividades profissionais e a necessidade do apoio familiar e dos amigos.

FORÇA: "sou do lar, não consigo dar conta de nada. Preciso da ajuda das minhas irmãs.
"Sinto-me triste e invalida."

ESPERANÇA: "como já sou aposentada e não faço nada, continuei assim, acho que isso foi pior
para mim porque não pensava em outra coisa."

FÉ:"Estou de licença, mas não volto a trabalhar porque já estou na hora de aposentar.
Agora já aceitei e Deus, minha família, meus amigos me dão força para não entrar em
"Desespero."

CONFIANÇA: "Parei de estudar este tempo porque amputei uma perna e não tinha prótese.
Não tenho namorada ainda, mas quando tiver minha prótese vou fazer tudo que
uma pessoa normal faz; estudar, namorar, trabalhar..."

LUTA: " Faço serviços leves, como pintura, eu adoro me distrair. Agora estou melhor, tenho
Apoio de minha família. Sou casada mas não tenho filhos e meu marido acha que não
"Tem necessidade de prótese."

VITORIA: "Sou do lar, mas agora deixo tido para minha filha mais velha, depois que comecei a
Fazer tratamento e que o medico me explicou tido, fiquei mais tranqüila, estou aceitando melhor agora. "Meu marido e minhas filhas estão sempre comigo."

Como visto relato de entrevistados acima, a vida de uma pessoa com diagnostico de câncer è desestruturada no que abrange sua vida social, profissional e sentimental. Porem observa-se claramente a importância da família e amigos no processo de enfrentamento e adesão ao tratamento.
As maiorias das pessoas encontram maneiras de enfrentar e superar novas tensões e stress, especialmente se são capazes de compartilhar seus sentimentos com outro [6].

CONVIVENDO COM A QUIMIOTERAPIA. A EXPERIENCIA DESAGRADAVEL DOS EFEITOS
COLATERAIS.

FORÇA: "fico muito fraca, não gosto que minhas filhas me vejam assim. Meu cabelo tão bonito, comprido, vê cair; cai tudo quando chego em casa, depois de uma sessão de
Quimiotrapia "eu durmo muito"

ESPERANÇA: "É um tratamento muito forte, acaba com a gente. Ficava indisposto, fraco,
Cansava á toa, vomitava muito??
FÉ: ?? foi e esta sendo difícil para mim, no inicio fiquei muito fraca, cansada, sem ar, é tanta coisa que não gosto nem de lembrar,minhas sessões terminam em março. Graça a Deus.
Hoje eu tomo remédio para diminuir um pouco esses sintomas, o enjôo né!??

CONFIANÇA: "Não comia nada, sentia enjôo demais, vomitava muito, sentia fraqueza, meu
Cabelo caiu,mas não importava muito com isso, queria me curar"

VITORIA: "Eu fico tão ruim que tenho que ficar até internada, também é por causa das sessões
de quimioterapia que é 3 vezes na semana de 21 a 21 dias. Estou usando lenço e

Peruca"

Outro aspecto que pode ser observado claramente através dos relatos os distúrbios da auto-imagem conseqüência da agressividade terapêutica do câncer.

É interessante mencionar que um dos entrevistados ("confiança"), em suas falas expõe seus anseios pela cura, reconhecendo a importância da adesão ao tratamento mesmo convivendo contais distúrbios fisiológicos proporcionados por drogas quimioterápicas. Observa-se neste relato, que durante o tratamento, o paciente se tornou mais esperançoso, mostrando nitidamente uma expressão de crença, que terá sua vida normal de volta. Este fato nos leva á confirmar que quando recebe todas as informações necessárias ao seu esclarecimento, o paciente fica mais seguro, logo mais receptivo, ao trabalho da enfermagem o que cria uma relação de confiança entre ambos

Assistência de Enfermagem Recebida: A importância do Apoio Profissional Constante


FORÇA: "Alguns enfermeiros, as vezes, me olham após a quimioterapia e ficam até com dó de mim. Eles sabem que meu caso é sério e me dão atenção, tiram minhas dúvidas.
"Conversam comigo sempre"

ESPERANÇA: " O pessoal que ia no meu quarto cuidava bem de mim, só tenho elogios par

"Aqueles meninos"
FÈ: "É ótima, maravilhosa, as meninas me tratam com tanto carinho que até me sinto mais
Leve. "Elas são um amor"

CONFINÇA: "Foi, bom o atendimento dos enfermeiros, me ajudavam a recuperar daquele mal estar, e qualquer coisa diferente que eu sentia, uma febre,minha mãe chamava alguém
da enfermagem e eles vinham"
VITORIA: " O atendimento foi muito bom por que sempre que precisei eles estavam ali para
"Ajudar-me"


Chegando ao fim dessa pesquisa e considerando os resultados anteriores, considera-se que todos os objetivos traçados foram contemplados, levando as seguintes conclusões: Todos

CONSIDERAÇÕES FINAIS

os entrevistados após o recebimento do diagnóstico de câncer, viveram momentos de angústias e transtornos em suas vidas profissionais, sociais, levando momentos constantes de sofrimentos psicológicos. Foi possível evidenciar neste estudo que paciente oncológicos em sua grande maioria se isolam da sociedade e de atividades profissionais.Observou-se nitidamente a importância de familiares e amigos que são sua principal e mais valiosa fonte de apoio psicológico e prático. A maioria dos sujeitos entrevistados encontram maneiras de enfrentar e superar novas tenções e stress, especialmente quando capazes de compartilhar seus sentimentos com outros.De acordo com relatos colhidos observou-se que todos clientes passaram por momentos desagradáveis provocados pelos efeitos colaterais dos quimioterápicos, que por muitas vezes, levam tais paciente a distúrbios de auto imagem.Conclui-se que em segundo os entrevistados, a assistência de enfermagem era satisfatória, atendendo suas necessidades físicas e emocionais durante o tratamento quimioterápico Foi possível evidenciar neste estudo que apesar de encontrar dificuldades no retorno à SUS atividades diárias, o paciente submetido à quimioterapias tenta se enquadrar no novo cenário em que se encontra.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- EDGAR, L., ROSBERGER, Z. and Nowlis, D. Coping witch cancer during the first year after diagnosis. Cancer. 1992.

2- FAWZY , F., FAWZY, N HYUN, L., ET AL. Malignant melanoma: effects of an eraly structured psychiatric intervention, conping and affective state on recurrence and survival six years later.
Arch Gen psycnhiaty.1993.

3- GOLDIE,J.H. And COLDMAN,A,J. Tne genetic origin of drug resistance in neoplasms:
Implications for systemic for systemic therapy. Cancer Res.1984.

4- SPIEGEL,D. Affects of psychosocial support on patients wich metastatic breast cancer.J Psychosoc Oncol. 1992.

5- JOHNSTON,Patrick G. & SPENCE.Roy A. J. Oncologia.Rio de janeiro: Guanabara Koogan,2001.
RESS,Gareth G. Guia da Saude Familiar: Cancer. São Paulo : Tres.2001.

6- BRASIL, Ministério da Saúde. Ações de Enfermagem para o Controle do Câncer. 2.ed. Rio de Janeiro: INCA,2002

7- SMELTZER,Suzane C. & BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgica. 9.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2002.

8- SPENCE,Roy A. J., JOHNSTON.Patrick G. Oncologia. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,2003.
Autor: Andrea Rodrigues


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