Trabalho e Totalidade na Ontologia do ser Social de Georg Lukács



A análise do pensamento de Lukács traz inúmeras implicações que nos remetem ao reconhecimento de algumas premissas que consideramos elementares para a sua compreensão. A primeira é o caráter polêmico de sua obra, em função da própria trajetória política e ideológica desse pensador, o que tem levado muitos estudiosos a considerações que, por vezes, fogem ao caráter realmente científico de que toda pesquisa carece.

Criticado por muitos, compreendido por poucos, Lukács oferece uma produção de grande complexidade, causada pelos vários momentos de rupturas e redirecionamentos que marcaram sua vida, tanto política quanto intelectual.1 Por isso, julgamos que seria necessária uma reflexão sobre o conjunto de sua obra, com o intuito de estabelecer uma possível linha de conexão no seu sistema teórico-metodológico.

Entretanto, uma abordagem dessa natureza não é tarefa nada fácil. Sabemos das dificuldades que uma análise tão complexa implicaria para uma dissertação de mestrado. Por outro lado, sabemos também dos riscos aos quais uma análise superficial poderia nos levar. Assim, acreditamos que o melhor caminho seria partir da compreensão daqueles conceitos fundamentais que compõem a sua obra póstuma, Para uma ontologia do ser social,2 que, apesar de seu caráter polêmico, no entender da maioria dos pesquisadores, é a que melhor sintetiza seu pensamento.
Autor: Maria Inês Carpi Semeghini


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