SONHANDO EM VERSOS



SONHANDO EM VERSOS



No caminho tropecei na pedra de Drumonnd e caí sobre as poesias e assim comecei a navegar por mares que tinham o horizonte como limite. Conheci de perto o sonho de Pasárgada e nesse país de sonhos eu ergui a minha "Bandeira". Vi de perto o duelo de Tobias e Castro Alves e nessa guerra quem venceu foi a poesia, que viajou por versos que defendiam os fracos e oprimidos.
Levantei meus castelos sobre o concretismo e deixei passear por minha alcova, o romantismo. Fiz da minha "Pessoa" a pessoa cheia de sonetos e pedi piedade ao Vinicius por não ter decorado a vida do jeito que ele ensinou. Aprendi com o meu "eu" que até nas coisas feias pode haver poesia, mas tem que ver com olhos de poeta. Canto o amor porque o instante existe e mostro que ele arde e fere sem se ver e doer. Escancarando o peito eu abri o meu coração e descobri que nem só de BARROco se construiu o homem, mas sim de palavras que sustentam o seu intelecto.
Sejamos até pornográficos, mas com decência, pois liberdade é o respeito pela métrica. É em cima de estribilhos que a vida canta os seus versos e o destino assim usa sua caneta, colocando parágrafos sempre quando a saudade teima em gritar no âmago. E é de dentro do mais profundo abismo da alma que se criam os mais lindos amores oníricos. Minha terra tem primaveras que aproveito para oferecer a minha amada e cato cada estrela no céu e faço piscar toda vez que preciso de fogos de artifícios.
Agradeço mil vezes a poesia e aos seus poetas e às vezes peço licença para entrar nesse universo que tem como o infinito o limite das rimas. Sou aprendiz ensinando o que o mundo deve sempre saber: que a poesia pode não abrir as portas, mas com certeza ela tem as chaves. Evoé velhos amigos.



Autor: Mário Paternostro


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