Conselho da caneta



Conselho da caneta



Aquele que tomar a santa palavra em vão, esse pagará dobrado. Ela não pode ser direcionada, quiçá tendenciosa. A escrita é uma arma! Cuidado companheiros, meus pares! Vender frases em troca de miúdos é rabiscar o dicionário. A caneta é uma espada, mas tem que fazer sangrar o que tem que ser corrigido. É inadmissível o uso indiscriminado de verbos que só querem ser pronunciados no infinitivo, GANHAR.
Desperdiçar adjetivos e usar de maneira leviana os sinônimos é contribuir para o analfabetismo da língua, ajudando de maneira suja o esdrúxulo. A responsabilidade da caneta está nas mãos de quem a direciona, pois o valor de um texto é maior que mil propagandas. Por que ao invés de brincar com a palavra não colocam uma vírgula em discursos mal redigidos? O que estou vendo, ou melhor, lendo por aí, não condiz com aqueles que se propõem a ser referencia de cultura de um povo. Acho que basta mostrar um cifrão escrito em uma cédula, que muitos que possuem a palavra logo a usam de forma indeterminada.
Muitos sujeitos não merecem predicados, por isso é necessário ocultá-los. Não se deve dá segmento a historias que se sabe que não terão um final feliz. A continuação só ajuda a proliferar a nesciência. Sei que se conselho fosse bom se venderia, mas antes que comprem toda a ética da escrita eu preciso desabafar. Não que eu seja a caneta mais rápida do continente, mas pelo menos tento ser a mais eficiente.
Por isso quando leio certas coisas em folhetins que muitas vezes tentam não conscientizar, mas sim manipular, me dá vontade de jogar fora a caneta e usar a borracha. Apagando os erros não ortográficos, mas éticos.





Autor: Mário Paternostro


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