ALÉM DA TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
Por Luciane Miranda de Paula
Neste texto, o autor pretende demonstrar que as universidades de pesquisa intensa são indispensáveis para a criação tecnológica, modelo baseado em conhecimento tecnológico, que se constitui como uma das políticas para o desenvolvimento econômico americano.
Este modelo vai além dos investimentos tradicionais em transferências tecnológicas. Estas políticas formam parte de um corpo maior de programas de Estado, dedicados a tecnologia baseada no desenvolvimento econômico, e estimularam a pesquisa colaborativa e transferência de conhecimento.
Em uma releitura nos anos 90, estas políticas focaram principalmente as indústrias de alta tecnologia e as parcerias de indústrias e universidades. É a partir da tecnologia baseada na ciência, que a parceria entre indústria e universidade ficou indispensável.
O subsídio que estas políticas governamentais deram para o relacionamento entre universidades e indústrias de pesquisa, foi com a expectativa de haver uma transferência tecnológica e assim acirrar a competitividade das indústrias americanas.
A questão do autor é se os resultados ao longo prazo, destes subsídios, asseguram que os benefícios econômicos, ou os resultados da pesquisa, serão captados pela economia dos próprios Estados.
Sua hipótese é de que estas políticas tendem a solidificar as vantagens dos Estados como líderes em pesquisa. Ele argumenta que os Estados devem continuar com políticas de incentivo ao investimento em pesquisa e desenvolvimento na indústria e na academia. A combinação entre laboratórios especializados das universidades, corporações de alta tecnologia e empresas regionais em ascensão criarão a força da atividade econômica.
Ele demonstra que os 50 Estados da União refletem enormes diferenças em capacidades científicas, base industrial e vigor econômico. E que as políticas de Estado para o desenvolvimento econômico refletem estas diferenças. E ele demonstra também que positivos efeitos fluem da pesquisa na universidade às economias de Estado.
Claramente a contribuição econômica feita pelas universidades vai além da produção da pesquisa econômica relevante. A sua maior contribuição é a formação do capital humano.
As políticas de criação tecnológica apontam para a qualidade, aumentando a infra-estrutura de pesquisa, e são essenciais na economia baseada em conhecimento.
Portanto, o Estado é de fundamental importância na relação entre o papel das empresas que assumem os riscos em traduzir conhecimento em produtos comerciais, e o papel da universidade em produzir novos conhecimentos.
Autor: Luciane Miranda De Paula
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