A Exploração do Trabalho Infantil no Brasil



O Brasil encontra-se entre os países que apresentam os maiores índices de trabalho infantil. O PNAD 2007 calculou que 4,8 milhões de brasileiros com idades entre 5 e 17 anos já exercem algum tipo trabalho. Como esta pesquisa demonstra, a exploração da mão-de-obra infantil, apesar de proibida por lei, ainda ocorre com bastante frequência em nosso país, principalmente em regiões agrícolas e em famílias de baixa renda.

Apesar de ter maior presença na região rural, o trabalho infantil é encontrado no Brasil inteiro, inclusive nas grandes cidades, e sob as mais variadas formas. Isso prejudica fortemente a sociedade, pois atinge uma parte fundamental dela, as crianças. Estes pequenos brasileiros têm sua infância negada pelo trabalho, são privados de exercer seus direitos ao lazer e à educação. Assim, o trabalho infantil contribui para a manutenção da pobreza em nossa nação, pois estas crianças que abandonaram a escola para vender sua mão-de-obra em canaviais, minas de carvão e metalúrgicas, se tornarão adultos sem instrução, se chegarem a esta fase da vida, e terão empregos medíocres que muito provavelmente obrigarão seus próprios filhos a trabalharem como forma de suprir uma carência na renda familiar.

A oferta do trabalho infantil deve-se, sobretudo, a necessidade da criança de ajudar a família que possui uma péssima condição financeira, sendo os pais, algumas vezes, incentivadores desta situação, tirando vantagem da exploração de seus próprios filhos. Os verdadeiros responsáveis por este problema, no entanto, são nossos representantes públicos. O governo brasileiro determinou na década passada que o combate ao trabalho infantil seria "prioridade da agenda nacional", porém adotou para este fim medidas insuficientes e corruptas. De modo que raramente as punições estabelecidas para os empregadores de menores são aplicadas de fato.

O tão conhecido descaso do governo para com as necessidades do povo brasileiro, como saúde, educação e segurança, também é visto para com nossas crianças, que, por representarem menores custos, maior disciplina e subordinação à seus contratantes, são exploradas diariamente sem que se dê a devida importância ou se combata verdadeiramente este mal.

Muito mais do que os belos discursos de nossos representantes, é preciso que sejam colocadas em prática políticas eficazes que fiscalizem com eficiência e punam duramente aqueles que exploram o trabalho infantil. A nós, cidadãos comuns, cabe também grande responsabilidade pela melhora desta situação. Devemos mostrar nosso descontentamento diante das ações de nossos políticos e escolher com seriedade nossos próximos governantes para que estes sejam sensíveis aos problemas do povo brasileiro.
Autor: Gabriela Dos Santos Silva


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