FAMÍLIA MAGALHÃES



O solar desta família fica na província de Entre Douro e Minho, na região da Costa do Atlântico de Portugal. Magalhães é um apelido de família da onomástica da língua portuguesa. Tem raízes toponímicas, que terá sido tirado do da Torre de Magalhães, na freguesia de São Martinho do Paço Vedro da Ponte da Barca. Em castelhano, o nome é Magalllanes. Affonso Rodrigues de Magalhães era roceiro (da roça, agricultor) do Mosteiro de Tibães e do seu casamento com D. Alda Martins de Castelões teve descendência que deu continuidade ao apelido, entre eles o navegador Fernão de Magalhães.
Com base em pesquisa em um site português verifica-se que a família Magalhães remonta ao tempo da nacionalidade de Portugal e nela há, além de Fernão de Magalhães, outros Magalhães ilustres, os quais importam conhecer. Por exemplo, o padre Gabriel de Magalhães (Pedrógão Grande, 1609 ? Pequim 1677) foi um missionário que, depois de ter estudado no Colégio de Jesus em Coimbra, viajou para Oriente. Esteve na Índia, em Malaca e na China. Houve vários jesuítas dessa família Magalhães: uns foram catequizar na África, outros na Índia e os que vieram para o Brasil, mesmo religiosos constituíram famílias nas aldeias. Na China Gabriel de Magalhães foi perseguido, várias vezes preso e torturado e duas vezes condenado à morte (da primeira salvou-se, in extremis, porque o tirano lhe pediu uma carta astrológica e este soube prever). Grande construtor mecânico, fez relógios e outros instrumentos para a corte imperial chinesa.Um outro Magalhães famoso, do ramo dos Magalhães de Pedrógão, também estudou em Coimbra (no Mosteiro de Santa Cruz), também emigrou e também foi um grande construtor de instrumentos mecânicos. João Jacinto de Magalhães (Aveiro 1722 ? Londres 1790) tornou-se "estrangeirado" devido às perseguições do Marquês de Pombal. Viajou pela Europa, inclusive em Londres, tendo convivido com alguns dos nomes maiores da ciência e do pensamento do seu tempo. Doou ao seu colega e amigo Benjamin Franklin 200 guinéus para um prémio científico que ainda hoje existe nos Estados Unidos e que tem, justamente, o nome de Magalhães.
No Brasil esse sobrenome está presente em todos os estados, em que se destacam desde o ínicio da colonização como personalidades reconhecidas na literatura, nas artes e na política. No nordeste, principalmente na Bahia, os Magalhães aparecem como empresários, profissionais liberais e funcionários públicos e atuantes no cenário político. Em Pernambuco, essa família tem grande importância tanto na agropecuária, na medicina, no direito, bem como no comércio e na política, áreas nas quais continuam sendo destaque em Petrolina, Bodocó, Cabrobó, Salgueiro e Parnamirim.



Autor: Djalmira Sá Almeida


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