A IDENTIDADE CULTURAL DA MULHER: UMA TRANSIÇÃO DE ÉPOCAS E LUTAS PELOS SEUS DIREITOS SOCIAIS



RESUMO:

Este artigo procura mostrar o papel das mulheres na luta pelos seus direitos que gerou um novo ritmo de vida para as famílias deste novo século, os grandes avanços vivenciados hoje pelas mulheres resultam do esforço de milhares de brasileiras que se rebelou contra a situação estabelecida,. Foi nesse contexto de opressão, porém de resistência, que surgiram as primeiras organizações feministas. Hoje, se por um lado comemora-se a ampliação da participação feminina no mundo do trabalho, por outro, não se deve esquecer as desigualdades salariais que ainda persistem.
Palavras-chave: modernidade ? pós-modernidade, mulher, lutas, conquistas e direitos.

Ao longo do tempo, as mulheres se demonstraram corajosas, sejam elas índias, negras ou brancas, mocinhas ou vilãs, ricas ou pobres, famosas ou anônimas, todas; foram pioneiras ao escreverem a nossa história, nos ajudando a entender o Brasil hoje.
Mas, até que se chegasse a tanto, foi preciso que as mulheres brasileiras percorressem um caminho espinhoso. No século XVII, era normal afirmar que elas só deveriam sair de casa em três ocasiões: para ser batizadas, para casarem e para serem enterradas. A maioria casava-se por volta dos 12 anos e, se aos 15 não tivesse marido, já era considerada pela sociedade praticamente solteirona. (Fonte)


Acadêmica do 7° semestre do Curso de Pedagogia da FASB-Faculdade São Francisco de Barreiras/ Pós-graduanda em Gestão Escolar-UNYANNA.

Nessa época, as mulheres eram totalmente subalternas aos homens, pois eles tinham plenos poderes sob suas vidas, suas decisões eram controladas e a liberdade direcionada a um limite determinado pelos seus maridos ou pais.
Como guerreiras, as mulheres saciavam a "fome de liberdade de serem independentes, sempre que encontravam uma brecha elas iam à luta". Um dos lugares que muitas se destacaram no século XIX, foi nas Minas Gerais do ciclo do ouro, enquanto os homens se ocuparam do garimpo, elas chegaram a responder por 70% das vendas em Vila Rica (fonte)
Para Figueiredo (1997), a história das mulheres em Minas Gerais é marcada pela originalidade, destacando sua significativa participação "nas praticas sociais e na economia, ao contrário do que pareceu construir submissão e privacidade, outrora marcas da presença feminina na história do Brasil" (In: DEL PRIORE (org.), p. 184). O que apresentou características tão diferenciais, em sua opinião, é o elevado nível de tensões vividas nessa região, em função das disputas de "cada grão de ouro com voracidade inigualável" (Ibidem, p. 1. 185).
A luta pelos direitos femininos permeou até então o direito de votar, o que incendiou o congresso em 1890. Influenciadas pelos primeiros sufragistas, ainda no século passado, três deputados propuseram estender o direito a médicas, a portadoras de títulos científicos e a professoras, desde que não estivessem sob o poder do marido ou do pai, e também as que estivessem domínios sob seus bens. A "ementa não foi aceita porque a maioria dos congressistas considerou a idéia anárquica, desastrada e fatal". Foi um banho de água fria no movimento sufragista feminino, que só reacendeu em 1914, graças à repórter carioca, Eugênia Moreira.
Toda trajetória histórica das mulheres consolida uma jornada de lutas na qual são consideráveis guerreiras, na busca de justiça, liberdade e independência, pois não hesitaram em pegar em armas para defender o país com suas idéias no combate ao lado dos homens.
A admirável e marcante baiana Maria Quitéria de Jesus provou que lutar pelos direitos feministas seria de fato construir uma história verdadeira, pois ela foi à primeira mulher a participar de uma unidade militar no Brasil, sendo admirada e elogiada pela sua valentia.
As lutas pelos direitos das mulheres nem sempre eram vitoriosas como as da baiana Maria Quitéria, pois muitas delas foram presas, torturadas, mortas, exiladas ou estão até hoje desaparecidas durante a luta armada contra a ditadura militar que vigorou no país no período de 1964 e 1984. Mas não se pode dizer que tenham sido derrotadas. Com ações radicais, como o seqüestro de aviões e de diplomatas, elas ajudaram a dar uma nova cara ao Brasil.
Se analisarmos de forma concreta à história das mulheres, veremos que elas sempre trabalharam embora esse trabalho não fosse reconhecido pela sociedade, mas encarado por preconceito e desvalorização. De fato o que comprova essa idéia em relação à visibilidade do trabalho feminino na segunda metade do século XX é que hoje realça um grande crescimento do trabalho feminino.
Autor: Sonia Maria Escobar De Matos Ferreira


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