MUSEUS E INSTITUIÇÕES CULTURAIS AÇÕES EDUCATIVAS



MUSEUS E INSTITUIÇÕES CULTURAIS AÇÕES EDUCATIVAS
Glauber Vinicius Santos de Oliveira
Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior
- Faculdade Fase -

RESUMO

Este artigo traz um plano sobre os Museus e Instituições Culturais no nosso país uma reflexão sobre a situação na atualidade e os dispositivos adotados para uma maior visitação de um publico carente culturalmente. Buscamos centrar nossa exposição na problematização encontrada nas condições estruturais a solicitação de novos incentivos para um maior contato atrativo entre emissor e receptor, pesquisar sobre o tema e enfocar as possibilidades e a estrutura nacional nesta vertente. A estrutura educacional está mudando, a educação antes vista de forma individual amplia seus horizontes passando a perceber e a aceitar que todos os integrantes ou componentes da educação estão conectados e que existe a possibilidade de educar de maneira integrada. Nesta vertente a abordagem tem como plano de modo apriorístico uma pesquisa sobre o tema com objetivo de tentar esclarecer o que realmente ocorre dentro dos museus e instituições culturais no nosso país.

Palavras chaves: Museus, Instituições Culturais, Tecnologia, Público, Teorias Comportamentais.

1- INTRODUÇÃO

Uma realidade enfrentada por museus e instituições culturais no âmbito das ações educativas é a capacidade de interação sobre o público-alvo destinado, ademais é fatual que as instituições enfrentam questões de cunho estrutural e financeiro. Diversos argumentos são contrários à implantação da interatividade no interior dos museus, contudo procuramos referenciais teóricos contradizendo esta linha de pensamento.
Nosso referencial bibliográfico, apesar de sucinto, é de uma grandeza, nesse assunto, que tem provocado entusiasmo e emoção no decorrer deste artigo: inicia-se com autores que contribuíram com bastante relevância para a criação deste prisma: Martino (2003), Grassi (1957), Melton (1988), Robinson (1988), Treinen (1996), Doering (1996), Klein (1996), Fiorentini, (1996), Jonassen (1997). A cosmovisão da constituição teórica destes autores nos possibilita uma composição de uma linha de pensamento, sendo constituídas por evidencias teóricas numa perspectiva acerca do próprio tema abordado ? As ações educativas em museus e instituições culturais no Brasil ficam muito aquém na perspectiva da utilização de recursos interativos para com o seu público, salvo poucas instituições que tem em suas raízes um contato maior com a área do áudio-visual entre outras que com suas experiências, conceitos, valores, almejam uma maior participação do seu publico no que diz respeito à interatividade educacional.
A metodologia aplicada foi a de uma pesquisa teórica ? descritiva que utilizou como método de procedimento o bibliográfico e como método de análise o categórico dedutivo.
O seguinte artigo foi confeccionado de forma a ser um suporte de estudo teórico e sendo subdividido pelas seguintes fases histórico, estrutural, educacional estético, tendo em vista a situação do acesso as paredes seculares do conhecimento, a democratização do acesso a cultura e historicidade local, tendo em vista as dificuldades enfrentadas pelos visitantes que desejam adentrar as instituições perpassando por diversos teóricos com o objetivo de expor o trabalho a analise da população acadêmica em geral.

2- DESENVOLVIMENTO

HISTORICIDADE

O surgimento do Museu de Alexandria por volta de 305 a.c. Instituição esta dedicada às Musas, com a função adicional de biblioteca, aberta aos teólogos e cientistas daquele tempo. Originalmente, os museus não eram criados como locais onde os amantes de arte podiam apreciar quadros famosos, esculturas e outros objetos de cultura. No inicio os museus tinham apenas a função de armazém, ou seja, as obras de arte eram guardadas num lugar sagrado ou num lugar seguro, seguro contra roubos, contra climas adversos. Além disso, estes lugares não eram abertos aos cidadãos. Os objetos sagrados estavam disponíveis apenas para um círculo restrito de pessoas e os objetos não tinham a função estética que nós agora damos por certo quando entramos num museu.

Os romanos construíram essas casas para mostrar as suas riquezas e poder e, aqui, pela primeira vez foi apresentado o pedido de torná-las num lugar público (Grassi, 1957,pp. 115-120).

Com uma grande importância para a humanidade o Museu Britânico, museu nacional de antigüidades e, até 1973, Biblioteca Nacional da Grã-Bretanha. Localizado na região de Bloomsbury, no centro de Londres, foi fundado em 1753, reunindo a coleção do médico e naturalista britânico sir Hans Sloane; a coleção harleyana, compilada pelo estadista Robert Harley, primeiro conde de Oxford; e a biblioteca cottoniana, organizada pelo antiquário sir Robert Cotton. O edifício do museu, situado na rua Great Russel, foi concluído em 1847. O departamento de antigüidades egípcias possui uma das maiores coleções do mundo. Entre as antigüidades gregas e romanas, guarda muitas obras famosas, destacando-se os mármores da coleção Elgin.
E não menos importante o Museu do Louvre, museu nacional francês, encontra-se em Paris, na margem direita do Sena. Seu prédio é um palácio cuja construção foi iniciada em 1546, durante o reinado de Francisco I, segundo o projeto do arquiteto francês Pierre Lescot. A estrutura foi sendo ampliada durante o reinado de quase todos os monarcas posteriores. Em meados do século XIX, a construção do enorme complexo foi finalizada e sua superfície de 19 ha é uma obra-prima do desenho arquitetônico e do adorno escultórico. Foi inaugurado como museu público em 1793. Em 1848, passou a ser propriedade do Estado. Entre os grandes tesouros do museu, encontram-se esculturas famosas do mundo antigo, como a Vitória de Samotrácia e a Vênus de Milo, assim como o famoso quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. O Louvre conta também com obras de mestres italianos, como Rafael e Tiziano, e outros artistas europeus, como Rubens e Rembrandt. Uma importância cronológica é relevante, em 1981, começou um período de remodelações, incluindo a construção da pirâmide de cristal, desenhada como acesso ao museu por Ieoh Ming Pei. Em 13 de abril de 2000, foram inauguradas novas salas do pavilhão de Sessões que em seus mil metros quadrados abrigam 117 obras de artes da África, da Oceania, das Américas e das sociedades tradicionais da Ásia. A entrada dessas civilizações, até então ausentes no grande museu parisiense, agradou os amadores, mas foi muito contestada pelos conservadores e etnólogos. As peças são provenientes do Museu do Homem, do Museu de Artes da África e da Oceania, do Museu Picasso, de empréstimos, aquisições e doações.

A maioria, se não todas estas instituições, têm de cumprir determinadas tarefas relativas à educação geral do público (d. Melton, 1935/1988).

AS INSTITUIÇÕES CULTURAIS (MUSEUS)

Segundo Martino (2003), manter a configuração atual e garantir a reprodução das estruturas de ação de uma instituição é a condição básica para a existência institucional. Há uma complexa relação dialética entre a adaptação continua ao espaço social e a manutenção de estruturas existentes, isto é as nossas instituições estão prontas para receber o público em geral? Que tipo de público frequentam os museus; O que os visitantes procuram na realidade ao irem a museus; O que se pode dizer sobre o processo de aprendizagem em museus; Ainda não se sabe muito sobre se e como é que os visitantes podem sentir a beleza estética no contexto de um museu; questionamentos que procuramos evidenciar em nossa explanação.
Teorias comportamentais apresentadas como as seguidas por Robinson (1935/1988), Melton (1935/1988), onde eles estabelecem que cerca de 75% dos visitantes viram à direita quando entram na antecâmara de um museu, onde os ambientes têm que levar em conta os fatores humanos em vez de estarem puramente interessados nos objetos expostos, ou indicar o fato que os visitantes precisam de um certo descanso, independentemente do seu interesse nos objetos expostos (cansaço de museu). Essas teorias comportamentais expostas argumentam sobre alguns das linhas de estudos que existem sobre esse assunto.
Critérios sobre as soluções de interatividades foram exploradas conforme Treinen (1996) deve haver interesse entre publico e instituição cultural para a apresentação das artes; é essencial propiciar ao visitante experiência cognitiva relacionada com o tema; estabelecer uma política comunicacional e educacional ao visitante; O público deve interagir com os objetos expostos;
Os museus são como instituições de comunicação. Não existe método-padrão tecnológico para assegurar que os visitantes assimilem a informação apresentada. (Treinen, 1996).

Os dispositivos midiáticos devem ser explorados com atenção, pois não devem retirar a atenção para a finalidade da aprendizagem de uma cultura resistente e evidente na sua grande importância.

Dispositivos midiáticos captam a maior parte da atenção dos visitantes - não apenas das crianças, mas também dos adultos (cf. Doering, 1996; Klein, 1996).

Nesse pressuposto acerca das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação deparasse com a tendência a uma espécie de facilitação dos processos "formativos" e "cognitivos". Segundo Fiorentini, (1996) Ele o faz mediante os processos de interação que estabelece com a organização educacional nas instâncias de administração e gestão, apoio, tutoria e acompanhamento acadêmico, bem como com os materiais de ensino-aprendizagem.

Sabemos que o uso de múltiplos esquemas, conceitos e perspectivas temáticas na abordagem dos conteúdos educativos favorecem a representação e a apreciação de experiências e a construção de conhecimentos, de sorte que maior variedade de casos melhora a base conceitual sobre a qual se apóiam como contextos de vida real (Jonassen ET al., 1997, p. 122).

Segundo Martino (2003), a definição de um estilo e de um vocabulário institucional deriva de sua divulgação. Galgando um espaço mais elevado, novas informações institucionais devem gerar novas formas de comportamento, garantindo um senso pratico causador e decorrente o conhecimento. Sendo assim a importância primordial com o receptor e o emissor assim como a linguagem abordada nos ambientes institucionais.

A linguagem necessária deve ser simples e direta, com "inicio e fim" bem delimitados para democratizar o conhecimento teológico, produzindo discursos "formalmente corretos, mas semanticamente vazios". (Martino, 2003).
CONCLUSÃO

É razoável afirmar que a realidade nacional em torno dos nossos museus para o ensino perpassara por uma continuada atualização para fazermos frente a atingir nosso povo, carente de uma educação primaria à margem de muitos países visinhos. As competências, princípios organizacionais e critérios de avaliação institucionais para uma melhoria, que tendem a vertente da interação com o seu futuro inatingível.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Doering, Z. D. (1996). Besucherforschung in der Smithsonian Institution. [Visitor research in the Smithsonian Instituition]. In Haus der Geschichte (Ed.) Museen und ibre Besucher. [Museums and their visitors]. pp. 130-142. Berlin: Argon.

FIORENTINI, L. M. R. Educação à distância e comunicação educativa: questões conceituais e curriculares. Anais do Congresso de Formação do Educador ? Dever do Estado, Tarefa da Universidade. Águas de São Pedro-SP: Unesp, 1996.

Grassi, E. (1957). Das Museum. [ The Museum]. In A. Malraux (1957). Psycologie der Kunst. Das imaginare Museum. [Psycology of art. The imaginary museum]. Hamburg: Rowohlt Rororo.

Hood, M.G. (1993). Comfort and caring. Two essential environmental factors. Environment and Behavior, 25, 710-724.

JONASSEN, D. A. et al. Cognitive Flexibility Hypertexts on the Web: Engaging Learners in Meaning Making. In KHAN, B. (Edit.) Web-Based Instruction. New Jersey: Englewood Cliffs, 1997, p. 119-133.

Klein, H. J. (1996). Besucherforshung als Antwort auf neue Herausforderungen. [Visitor research as a response to new challenges]. In Haus der Geschichte (Ed.). Museen und ibre Besucher. [Museums and their visitors]. Pp. 72/84. Berlin: Argon.

Martino, Luís Mauro Sá. Mídia e Poder Simbólico: Um ensaio sobre comunicação e campo religioso. Editora Paulus, 2003, São Paulo.

Melton, A. M. (1935/1988). Problems of installation in museums of art. Washington: American Association of Museums. [Reprint of tha 1935 edition].

Robinson, E. S. (1935/1988). Introduction. In Melton, A.M. (1935/1988). Problems of installations in museums of art. Washington: American Association of Museums, pp. V-VII. [Reprint of tha 1935 edition].

Treinen, H. (1996). Ausstellungen und Kommunikationstheorie. [Exhibitions and the theory of communication]. In Haus der Geschichte (Ed.). Museen und ibre Besucher. [Museums and their visitors], pp. 60-71. Berlin: Argon.

Autor: Glauber Oliveira


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