Quando o verão chegar
Quando o verão chegar, quero chegar pra minha mãe e dizer que vou à praia, ali em Ipanema ou Leblon, e poder ver de perto aquele mar azul, às vezes calmo, às vezes bravo, com sua água de sal, cristalina, brilhante sob os raios iluminantes de um sol verdadeiro.
Quando o verão chegar, quero sentir o calor das pistas de dança, iluminadas com seus refletores e raios laseres de cores variadas, às vezes infinitas. Quero dançar, sentir meu corpo balançar, suar e tremer ao som daqueles hits que não deixam ninguém parar...
Quando o verão chegar, eu quero ousar e botar pra fora toda a minha angústia e ansiedade de um inverno frio e um pouco doloroso para minha alma. Quando o verão chegar quero fazer tudo o que retraí ao longo dos últimos 6 ou 8 meses em que esperei e vivi de alguma maneira.
Quando o verão chegar, quero os sorrisos e lábios macios para beijar e emanar meu amor retraído e tardio que aflorou em mim por meses e eu, de forma egoísta, o mantive preso, sem deixar o coitadinho sequer respirar.
Quando o verão chegar, eu quero o maior amor do mundo pra fazer feliz, pra amar e pra ser amado. Quando o verão chegar quero mãos entrelaçadas, corpos suados, lágrimas e sorrisos de prazer, toques sensuais, pele a pele, corpo a corpo e olhares fumegantes de desejo, paixão, amor e sabedoria.
Enfim, quando o verão chegar, eu serei o ser humano mais feliz da face desta Terra de meu Deus, que saberá, Ele, os momentos exatos de aproveitamento e alegria, que somente eu, no mais profundo íntimo de minha alma, saberei absorver...
Autor: Occello Oliver
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