Revista Amores - Encontro De Gerações



por Zélia Campestrini

 

Final de semana, dia de festa. Noventa anos de vida de minha mãe, foi comemorado em grande estilo. Não em termos de pompa e esnobismo desnecessário, mas com simplicidade e harmonia.

Almoçamos no restaurante da recreativa da Embraco, uma das inúmeras empresas multinacionais existentes aqui na nossa maravilhosa Joinville. Depois nos reunimos num de seus quiosques, para ficar mais à vontade e poder matar a saudade.

Enquanto os adultos relembravam o passado e colocavam o assunto em dia, as crianças brincavam nos inúmeros brinquedos existentes no local. Gangorra, escorregador, trenzinho, balanço, etc. Uma verdadeira festa para a garotada.

Mamãe estava linda, cabelos brancos como a neve, olhar radiante, lúcida, impecavelmente trajada, pois é muito vaidosa. Perfeccionista da cabeça aos pés.

Um encontro de várias gerações, filhos, netos, bisnetos e tataranetos.

Foi realmente emocionante: meus irmãos e eu segurando os netos, sendo uns muito parecidos com os pais. Parecia que voltava no tempo, onde nós segurávamos nossos filhos ainda pequenos.

Minha irmã mais velha já é bisavó, ganhou três bisnetos, todos com menos de um aninho de vida. Maravilhosos!

O tempo passa, os filhos crescem, a família aumenta. Este é o cilho da vida. Aprendi que devemos viver cada etapa, cada fase de nossa vida, com intensidade própria de cada momento e devemos aproveita-los o máximo com responsabilidade.

A melhor herança que deixamos a nossos filhos é nossa boa conduta.

Recordar é viver.

Olhando a todos com atenção
Relembrava com emoção
Que antes era eu, que segurava
Minhas filhas pela mão

Hoje já crescidas
Com os primos a conversar
Rindo das travessuras
Que acostumavam aprontar.

Publicado originalmente na Revista Amores

Autor: Zélia Campestrini


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