O "Chefe" de Processo e o Líder de Pessoas.



Chefiar Processos é diferente de Liderar Pessoas

Mesmo diante de um cenário onde os resultados são caprichosamente perseguidos pelas organizações e os trabalhadores são avaliados mais pelo que produzem, do que pelo que sabem, a competência de saber liderar pessoas, está cada vez mais disputada no mercado de trabalho. Vivemos um momento histórico em que, mais que atrair talentos, é necessário e desafiador, reter esses talentos dentro das organizações, o que demonstra a importância dada a política de gestão de pessoas por diversas organizações. Ter em seus quadros, pessoas capacitadas tecnicamente para gerir os processos, é fundamental e, de certa forma essencial, porém não é mais fator preponderante para o sucesso de uma empresa. Embora saibamos que a maioria das organizações do mundo moderno ainda classifica o processo como sendo fundamental para o alcance de seus objetivos, compreende-se que focar apenas o processo não garante por si só o sucesso da organização. Vivemos hoje, no que se chama de "era do conhecimento" e a gestão desse conhecimento deve ser administrada tanto quanto a gestão dos processos organizacionais.
É nesse contexto que entra a decisiva participação da liderança, diferentemente daquela existente na era industrial, onde o capital humano era visto como um mero recurso do processo, ou seja, sem as mínimas condições de trabalho, caso não estivesse produtivo, o poderia facilmente ser substituido, como fazem com as máquinas e os equipamentos defeituosos. Nesse caso, justificava-se a presença de um "chefe", supervisionando os processos e cobrando os resultados, comportamento que não se encaixa mais na atual realidade organizacional, embora muitas organizações que conhecemos, ainda estejam com a gestão voltada para a era industrial, ou seja, possuem mais "chefes" do que líderes.
Os Líderes das grandes organizações, precisam entender que, a busca por produtividade, crescimento, satisfação dos clientes e lucros, passam necessariamente por uma bem elaborada política de gestão de pessoas, mas para isso, se faz necessário a eliminação dos chamados "chefes de processos" além é claro, de uma boa estratégia de captação e retenção de talentos. Essas estratégias, fazem parte de uma mudança comportamental dentro das organizações, como forma de torná-las mais humanitárias de maneira a despertar nas pessoas o desejo de se trabalhar na instituição e através dela alcançar seus objetivos pessoais afinal, nunca é demais lembrar que os objetivos estratégicos de uma organização, só serão alcançados quando estes estiverem alinhados com os objetivos pessoais de seus colaboradores.
O trabalhador só se vê como parte intergrante de uma organização, só "veste a camisa,"ou seja, só se compromete de verdade com os objetivos e metas dessa organização, quando tem o perfeito entendimento da missão, da visão e dos valores dessa organização.
Ter objetivos bem definidos, ser transparente em sua gestão, oferecer condições de trabalho adequadas, uma boa remuneração e uma bem elaborada política de gestão de pessoas, são pré-requisitos essenciais para qualquer organização que visa buscar, a partir da melhoria do clima organizacional, sua sustentabilidade no mercado.
Portanto caríssimos leitores, se sua organização está recheada de "chefes de processos", prepare-se: pois ela pode estar fadada ao fracasso. A dinâmica do mundo moderno não oferece mais espaço para este tipo medieval de gestão organizacional e como aconteceu com o titanic, se ela afundar, certamente levará a todos com ela.

Grande abraço!

Autor: Eduardo Frederico


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