Filmes Nacionais no Currículo Escolar
Os filmes nacionais nunca tiveram grande aceitação no mercado brasileiro e, principalmente, para os jovens, assistir a um filme brasileiro é uma proposta inviável, quase como um castigo, pois estão acostumados com as grandes produções norte-americanas que atraem o público jovem com seus efeitos especiais e tecnologias de ponta.
As produções nacionais são, ainda, acanhadas se comparadas às produções norte-americanas. Com essa proposta, os jovens terão a oportunidade de avaliar melhor os filmes brasileiros e, quem sabe, no futuro, aprendam a apreciar e escolher melhor os filmes que assistem.
O que, a princípio, choca na proposta é a palavra "obrigar", pois uma escola deveria ser um local de aprendizado e não de obrigação e, como os estudantes já são "obrigados" a aprender língua portuguesa, matemática, história, ciências etc., nos moldes tradicionais de uma forma maçante e sem criatividade ? felizmente alguns professores já estão abrindo os olhos para novos modelos de ensino ? essa proposta seria mais uma "obrigação" no currículo estudantil, pois os filmes nacionais nunca tiveram muitos atrativos para o público brasileiro em geral e, muito menos, para o público jovem.
Uma boa maneira de atrair o público para o cinema é incentivar as produções brasileiras, seja financeiramente, seja moralmente, o que fará com que essas produções melhorem e, conseqüentemente, atraiam o público sem que os estudantes se sintam na obrigação de assistirem aos filmes nacionais, mas sim, que passe a assisti-los com prazer.
Enquanto o incentivo ao cinema nacional é baixo, a proposta do Senador
é uma das tentativas de reverter este quadro, vindo para incentivar o cinema nacional e ampliar os moldes educacionais, e de forma bem estruturada e programada para atender as exigências do público em questão.
Como essa proposta é novidade, para que tenha bons resultados, devem-se ter professores preparados para orientar os estudantes nessa nova forma de aprendizado. Essa prática deve complementar o currículo escolar e não virar apenas motivo de recreação.
Os professores devem aproveitar o "momento" aceito como lazer para trocar idéias e experiências com os estudantes, introduzindo o conteúdo escolar na nova atividade e adequando-o a cada faixa etária, buscando filmes que se encaixem no conteúdo programático de cada série de ensino.
Unir lazer com educação sempre foi uma boa maneira de se fixar conteúdos, portanto, se a idéia for bem estruturada, com a criação de um projeto pedagógico baseado na proposta do senador, com certeza teremos bons resultados educacionais, além de resgatarmos a cultura brasileira.
Antonio Tadeu Ferreira da Silva.
Autor: Antonio Tadeu
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