O mais belo par de jóias do universo
No início, não era o verbo
Era a divindade
Única e onipotente: o Sol
Dle tudo devém
Tudo advém
Com seu amor infinito
Cedeu à sua filha
A permissão de seu lote governar
Mas impõe-se:
"De minha vista não sairá"
E o que a matém
É seu amor infinito
Mesmo tendo outras filhas
Felizes a bailar em sua volta
Só a Terra é realmente amada
E em prova de amor deu a ela
Joias preciosicimas
O qual nossa mente limitada
Convencionou chamar de alma
Mas essas joias continham um segredo
Um não
Vários segredos
Que a Terra a procurar, não conseguira achar
Pois a única coisa que pode intender seus proprios segredos
É uma alma a relembrar
Suas vidas passadas
Sem lugar para as guardar
Suas joias, pô-as a nadar
Em seu oceano interminável
E quente como seu pai
Um oceano de lava
Que todos os elementos continha
Do hidogênio aos inomeáveis
Fazendo com que as almas
Se unissem às que eram mais afins
Dessas duas escolheram o Magnésio e o Aluminio para habitar
E uma união perpétua veio a se formar
Terra eterna bibliotecária de almas
De outra forma foi organizar
Como suas joias iria agrupar
E o oceano a se solidificar
Pedaços de rocha vieram a se formar
E o Aluminio e Magnésio juntos continuaram a estar
Cada um dotado de uma alma
Mas almas irmãs
Irmãs gêmeas
Cujo amor uma pela outra trancendia o habitat da Terra
Trancendia o habitat do sol
Simplesmente trancendia o nosso universo
Um amor puro, inocente e eterno que nada poderia separar
A Terra invejosa não admitia uma alma amar mais a outra do que a ela
Um raio jogou separando Magnésio de Alumínio
Separando duas entidades que possuiam uma atração inigualável
A Terra, cruel, a puniu com um castigo eterno:
A alma que habitava o Magnésio saberia de toda história e sempre procuraria estar junto de sua gêmea
Já a que o Alumínio habitava condenada estaria a nunca saber dessa sua existência anterior e, conseqüentemente, a não amar mais à sua irmã
O tempo passou e este castigo jamais cessou
O Magnésio procurava ao Alumínio
Mas ele, desobediente à Newton
O expulsava
O maltratava
E o odiava
Mas o Magnésio, inocente, insistia tentando reatar o amor da época da pedra
Alumínio se tornara uma humana tola
Julgava Magnésio um maluco que a seguia
Um obcecado que jamais a esquecia
Com nostalgia a relembrar a época da pedra
E até hoje esse amor impossível existe
Um amor todo contido num ser humano fraco dotado de limites
Mas com a capacidade de amar inigualável
Este amor existe e nunca cessará
Mesmo se a humana tola não se importar
A divindade, pura e justa, está a ajudar
Que estas duas joias, mais puras que já criou, formem novamente um belo cojunto
O Alumínio não é o Magnésio
E o Magnésio não é o Alumínio
Os dois são metais distintos que possibilitam inúmeras combinações com outras substâncias
Mas a única combinação perfeita
Correta, aos olhos da dinvindade, são elas juntas
Pois forjou-as com parte de seu amor
E o amor das duas tornou-se maior que ele próprio
Separadas não são nada
São simples almas em corpos de humanos que cuidam de sua vida mediocre
Mas juntas, são o mais belo par de joias do universo
Autor: Matheus Vidotti Monteiro
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