A Fé Pela Existência De Deus



Pesquisas arqueológicas modernas confirmam que o "Templo de Salomão", milenar vulcão de inúmeras interpretações, é arquitetonicamente semelhante aos antigos e venerados Templos Fenícios. Segundo a história antiga eram os Fenícios quem habitavam as costas de Canaã, centenas de anos antes dos Hebreus e tinham em seus cultos secretos profunda adoração a deusa-mãe Fenícia chamada “Astarte”, Deusa tradicionalmente adorada naquela época em lugares muito altos. Naquela época o local considerado sagrado a sua adoração era o chamado ‘Monte de Hermon’ - único e exclusivo a ela. Relata-se, também, segundo apontamentos históricos, que o “Rei Salomão” - idealizador do “Templo de Deus” - era seu assíduo adorador, sendo ainda hoje encontradas claras evidências desta adoração em várias passagens bíblicas quando se vê citar que apesar de ‘Salomão’ amar ao Senhor (...), no entanto, ainda continuava a (...) queimar incensos nos ‘altos’, sendo ’altos’ uma referência ao ‘Monte de Hermon’.

Apesar das semelhanças com os Templos Fenícios e embora ninguém saiba dizer o local exato de sua construção, do “Templo de Salomão”, hoje apenas restam ruínas soterradas e inúmeras escavações que nos levam a deduzir que ali está enterrado o famoso ‘Muro das Lamentações’. Deste local é mister apenas a herança da grandeza dos ensinamentos fraternos e dos mistérios que cercam a história de ‘Hiran Abiff’, que tão brilhante ‘Mestre’ fora na concretização do Templo. Coincidência também se dá quando se cita a grande e lendária figura do ‘Rei de Tiro’, de origem fenícia e seu único arquiteto e construtor, o que não deixa dúvidas de que ali era o local definitivo para a adoração de “Astarte.”

   Vejam que nada até hoje se comenta sobre a entrada no coração da Europa Cristã dos adornos e dos enfeites do Grande Templo e sobre o ingresso da geometria sagrada no Ocidente. Apenas sentimos pela Fé os legados que as escrituras sagradas não nos revelam, nos deixando até hoje com a herança do desconhecido. Acreditem senhores! Acreditem mesmo, Deus está dentro de cada um de nós é não é preciso procurá-lo pelos templos e pelas catedrais! – continuemos a contemplar o nosso vazio em cultos e orações pelos que sentimos e pelo que somos.

Desde o início da humanidade e para todas as religiões o principal foco da Fé é a universalidade e a harmonia com a criação e com o universo. Seu o objetivo é o mesmo: ensinar a viver plenamente, entendendo a dor, a desunião e esperando sempre um lugar no eterno que seja melhor que o aqui. Senhores! Percebam a presença de Deus. Prestem atenção nas órbitas dos astros em torno da rota do grande astro rei, a grande estrela - Sol – sintam aqui da Terra a sua orientação e o seu movimento que vai do Oriente para o Ocidente por toda formação da abobada celeste! Vejam como é correta a sua melodia! Sintam e ouçam quão tão perfeita és! Vejam quão tão perfeita é a sucessão dos dias e das noites! Quão tão exatas são as vinte e quatro horas do dia, os 24 Fusos e os 360 Meridianos – perfeitamente divididos em 15 Meridianos que acabam harmonicamente compondo a fração das horas – Será que isto é apenas uma pura convenção!

Voltem a origem do mundo e se lembrem de que nosso Mundo se fez pelo ordenação de seu princípio; de sua origem sem forma e vazia, das trevas e do abismo que o vento habitava! Sobre suas águas recebeu “o sopro da “vida” – o momento sublime da voz da criação - “Que se façam as luzes!...” E assim se fez! O criador separou a luz das trevas. E da “luz” fez o dia e das trevas, fez a noite.

Ainda houve uma tarde e uma manhã: o primeiro dia após o início: - “Que se faça um firmamento no meio das águas a separar as águas das águas! (...) firmamento para separar as águas acima e abaixo; (...)” Fez finalmente o céu, a abobada celeste, para ele, o grande geômetra, a hosana nas alturas de onde leva toda proteção e justiça segundo a sua perfeição, a cobrir e a proteger a todos nós pelo infinito caminho pela perfeição.

Então é a hora de pensar sobre o propósito desta universalidade das religiões pela Terra. Deixemos nos invadir pela presença de Deus - nosso único e imutável criador - a Lei Natural é divina e perfeita! O ápice da criação é exclusivamente o “homem”, o homem dotado da razão (...) O homem de Fé merecedor da partilha com Deus e merecedor da transformação do próprio universo.

É claro que sentimos a vida como um simples e latente intervalo de sucessivos períodos de trabalho e recreação, não notamos que o trabalho incessante da mão invisível do criador é mais, ainda, que nossa busca pelo “Princípio Criador”

- Nunca se esqueças que Deus nos ensinou o caminho para o céu, nos deu a razão para crermos que a Fé é a única fonte da vida. Que a Fé é acreditar, é viver, é criar o dia-a-dia mais justo, é entregar-se, é confiar em nosso criador como assim fez Jacó quando partiu da Bersabéias e foi para Harã:


‘...Tendo Jacó chegado a um lugar, ali passou a noite, porque o Sol já havia se posto. Tomando uma das pedras do lugar e pondo–a debaixo de sua cabeça, passou a dormir. Sonhou, e eis que posta sobre a Terra uma Escada, cujo topo chegava aos Céus e os Anjos de Deus subiam e desciam por ela. Perto dele estava Jeová, que disse: ‘Eu sou o Senhor, o Deus do teu Pai Abraão, e Deus de Isaac. A terra em que estás deitado, a darei a ti e à tua posteridade, a tua posteridade será como o pó da terra, e te delataras para o ‘Ocidente e para o Oriente’, para o ‘Norte e para o Sul’. Por tua descendência serão benditas todas as famílias da Terra. Eis que estou contigo e te guardarei por onde quer que fores e te reconduzirei para esta terra; por que não te abandonarei até ter Eu cumprido aquilo de que te hei falado’. Despertado Jacó do sono, disse: ‘Na verdade Jeová está neste lugar; e eu não o sabia’. E, temendo, disse: ‘Quão terrível é este lugar, este não é outro lugar senão a casa de Deus, e também a porta do Céu.'

Assim como Jacó, é pela Fé na criação que desenvolvemos nossa virtudes e algumas de nossas qualidades. Cabe a cada homem a missão de propagar por toda a humanidade a sabedoria de transmitir estas qualidades: verdadeiras virtudes nascidas da alma humana vindas do espírito divino! Sentir e perceber os preciosos mistérios desta nossa breve passagem pela vida e ter a obrigação de se deixar envolver e participar com vida pela liberdade de escolha do ‘livre arbítrio’. Viver então não é apenas compreender a distinção entre o mal e o bem, não é temer o pecado com medo de sermos punidos, não é ser imoral. Então, o que é Moral aos olhos de Deus? Será que o pecado é o próprio mal? – De João, Cap. 8, Versículo 35 - (...) Quem comete o pecado é escravo do pecado (...)? - a exemplo de ‘Cristo’ - aviltar a ignorância e as injustiças sociais, propagando o bem e a fraternidade aos desprovidos e incapazes de perceber a verdadeira força da criação divina.

- Somos um templo a ser trabalhado por nossas virtudes, pela nossa moral e pelo amor ao próximo na mais pura associação prática entre os corretos ensinamentos e sua aplicação.
  Finalmente, cabe a cada um de nós, recebedores da benção da vida, sentir que das antigas tradições e dos manuscritos bíblicos, estão escondidos os verdadeiros mistérios da Fé e dos ritos que qualquer religião oferecem em troca do desenvolvimento intelectual e espiritual. Percebam, então, quão é sensível e tortuoso o caminho de nossa evolução! Sejam tolerantes, não percas a perseverança! Amem! Sofram! Participem! Vivam! Eis o caminho para o desnudo da cegueira e o alcance da transformação moral e do combate às paixões. 

 


Autor: Adalberto Borges de Carvalho


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