Algumas Reflexões
Tenho pensado nesses dias algumas coisas a respeito da
vida...Pois é! Às vezes eu consigo fazer isso... Mas vamos lá! E acho que posso
compartilhar com vocês... Todos já devem ter percebido uma característica
marcante do meu perfil - o fato de eu ser cristão espírita praticante.E por
conta disso venho me questionando muito de algumas atitudes minhas,
principalmente sobre a minha vida de relação.Uma delas diz respeito ao
comportamento e as atitudes de um cristão espírita frente às questões da vida.
A minha primeira observação diz respeito à Casa Espírita como único local possível da prática espírita.Tenho sido tentado a achar que é muito complicado a prática espírita dentro da Casa Espírita. Calma, amigos! O que estou colocando é que neste local também existem as mesmas dificuldades comuns aos outros ambientes que freqüentamos. Senão, vejamos .Fora dos muros da Casa Espírita, encontramos amigos,inimigos, facilidades, dificuldades, acertos, erros e oportunidades .E isso é o esperado, afinal, estamos encarnando para o aprendizado e a melhora de nossa condição evolutiva.O que estou dizendo é que assim como na nossa casa, no nosso trabalho e com os nossos amigos, temos também na Casa Espírita que freqüentamos/ trabalhando, as nossas mesmas dificuldades.Ou será que achamos que é só porque entramos algumas vezes por semana na Casa Espírita, deixamos os nossos conflitos do lado de fora e nos transformamos em seres angelicais? Acho que ninguém pensa isso, né? Acredito que, quando assumimos as nossas dificuldades e conflitos - até na Casa Espírita, estamos começando a trilhar o caminho da superação e da transformação interna...
A outra questão é tentarmos e experimentarmos a prática
espírita fora dos muros da Casa Espírita. Fiquem calmos! Não estou propondo
que nos transformemos em figuras messiânicas do Apocalipse. Mesmo porque sabemos que a Doutrina não pede isso. Estou falando de
atitude! Até que ponto somos realmente espíritas e incorporamos no nosso
cotidiano, a benevolência, a indulgência e o perdão.Ou será que ainda não
conseguimos tirar essas expressões do discurso e colocá-las na nossa prática? E olha que falar disso dentro da Casa
Espírita não tem nenhuma vantagem, já que lá todo mundo fala...e só fala!!!!Sé
é só isso que fazemos, nós não passamos ainda da condição de espíritas
burocratas. Temos a teoria, alguma leitura acumulada, vamos semanalmente à Casa
Espírita e achamos que estamos abafando!Ser espírita (burocrata) dentro da Casa
Espírita parece ser muito fácil... Será que praticar o Espiritismo fora dos muros
da Casa Espírita - na nossa casa, no nosso trabalho, entre os nossos vizinhos e
amigos, na rua, no clube, no shopping, na praia, no futebol, etc, é tão
difícil? Vejam que eu estou falando de prática e não de discurso...
Mais um ponto a pensar: Nós que nos dizemos espíritas nos conhecemos?Somos irmãos de fato ou nos freqüentamos apenas na Casa Espírita No meu caso, venho experimentando uma aproximação muito prazerosa com os meus amigos espíritas e posso dizer que é muito legal a troca e o conhecimento entre companheiros de obra. Começamos marcando reuniões de estudo e encontros doutrinários e hoje fazemos festas e encontros pelo simples prazer de nos encontrarmos.E assim vamos nos reconhecendo em nossas atitudes fora da Casa Espírita e aprendemos a nos respeitar, cada um com sua limitação e com sua diferença, mas compartilhando a Doutrina que abraçamos!
Por último, mas não menos importante trago uma preocupação bem curiosa: Em que medida somos espíritas?Será pelas atividades que exercemos entre os grupos? Será que podemos nos considerar numa condição privilegiada, só porque estamos em muitas frentes de trabalho dentro dos grupos? Mas e a nossa vida fora da Casa Espírita? E a nossa família? E mesmo o nosso trabalho? Será que é só na Casa Espírita que conseguimos ser espíritas?Qual é o tempo que temos para refletir sobre a nossa vida e verificarmos se estamos de fato praticando a nossa melhora, a nossa recuperação, a nossa transformação moral? Qual é o momento que nós nos avaliaremos e reconheceremos os nossos acertos, os nossos erros, as nossas superações, os nossos pontos fracos, e, nos reconhecendo, nos corrigirmos e melhorarmos até nos modificarmos e atingirmos a nossa meta prevista em nosso plano reencarnatório?
Autor: Marco Rezende
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