Teus olhos...
[...] Sentado em uma cadeira em meu quarto. Sozinho. Comecei a relembrar o que eu pensava sobre teus olhos...
Semelhantemente a duas colunas do Templo Celestial, assim são teus belos olhos,
Fascinaram-me, cativaram-me...
A sobra que rodeia tuas pálpebras revela a clareza de tuas fantasias. Cada cílio é como o final da asa de uma fênix.
Há neles uma chama que arde e queima até o último fio de cabelo de meu peito.
E de repente, como o mar que banha as praias do caribe, teu olhar torna-se agressivo, porém não violento. Passa a bater intensamente nas paredes de meu coração, mostrando quem é a dona de meus desejos.
[...] Minha imaginação começava a refazer os meus mais íntimos desejos de outrora...
Há! Como seria prazeroso poder vê-los todos os dias, ao amanhecer, ao anoitecer...
Lembro-me de quando você me olhava, fixamente, fazia-me estremecer de paixão e delírios...
Lembro-me de quando você os fechava, mesmo que fosse por um segundo, era como se a luz de minha vida deixasse de existir.
Lembro-me de quando você os escondia dos meus, era como se meu corpo perdesse a direção de teus lábios.
[...] Foi neste momento que refleti sobre a realidade...
Lamento, lamento todos os dias em que ainda respiro, pela falta que teus carinhos me fazem...
Hoje, olho ao meu redor buscando teus olhos...
Não! Não os vejo mais! Aquele brilho que me deixava alucinado de amor não mais existe. Apagou-se! Extingui-se!
[...] E o que restou? O vazio.
Autor: Adilio Jr. De Souza
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