Furnas



Furnas
Nossa Senhora das Dores ? SE http://lh5.ggpht.com/_69pbIHL-R1w/TCrG0IjGKEI/AAAAAAAAAE4/if21y9pMNgg/s128/IMG_2643.JPG

Situado a 25 quilômetros da cidade de Nossa Senhora das Dores, o logradouro conhecido popularmente como Furnas, é um espetáculo da natureza, ainda quase que intocado pelo homem. Trata-se de um lugar envolvido por lendas, e muita beleza natural. Furnas que antes fora povoado, com a imigração do homem do campo para a cidade, tornou- se um lugar deserto e esquecido. Trata-se de uma imensa variedade de fauna e flora presentes, rochas sedimentares de até 50 metros de altura e esculturas naturais, tratando ?se de rochas constituídas pela estratificação de sedimentos com origens diversas. As rochas sedimentares formam-se, na superfície terrestre ou a pequenas profundidades, por um conjunto de processos geológicos que incluem duas etapas fundamentais: a sedimentogénese, em que ocorre a formação dos materiais que vão constituir as rochas sedimentares - sedimentos ou detritos, e a diagénese, onde os sedimentos evoluem até formarem as rochas. Embora a sua representação na crosta terrestre seja muito fraca (5% do seu volume), as rochas sedimentares recobrem uma extensa superfície, ocupando mais de 75% da área continental. http://lh6.ggpht.com/_69pbIHL-R1w/TCrDaKBDZfI/AAAAAAAAAEg/PBYAWul-9jA/s128/05-06-10_1051.jpg
O local presenteia o visitante com paisagens fascinantes que tiram o fôlego. Cavernas (do latim cavus, buraco), gruna ou gruta (do latim vulgar grupta, corruptela de crypta) é toda cavidade natural rochosa com dimensões que permitam acesso a seres humanos. Podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical em forma de galerias e salões. Ocorrem com maior freqüência em terrenos formados por rochas sedimentares. São originárias de uma série de processos geológicos que podem envolver uma combinação de transformações quimicas,, biológicas e atmodféricas. Devido às condições ambientais exclusivas das cavernas, esse ecossistema apresenta uma fauna especializada para viver em ambientes escuros e sem vegetaçaõ nativa. Outros animais, como os morcegos, podem transitar entre seu interior e exterior. As cavernas também foram utilizadas, em idades remotas, como ambiente seguro e moradia para o homem primitivo, fato comprovado pela imensa variedade de evidências arqueológicas e pela arte rupestre. Em alguns casos essas cavidades também podem ser chamadas de tocas, lapas ou abismos. Os termos relativos a caverna geralmente utilizam a raiz espeleo-, derivada do latim spelaeum, do grego ÃÀ®»±¹¿½, "caverna", da mesma raiz da palavra "espelunca". http://lh4.ggpht.com/_69pbIHL-R1w/TCq67TfAFmI/AAAAAAAAAEI/DkzYZ5crt3w/s128/05-06-10_1023.jpg
Pode- se destacar entre a flora presentes, uma variedade de orquídeas, briófitas, pteridófitas, angiospermas e gimnospermas, vestígios da mata atlântica, como murici, (B. crassifólia), anjico vermelho (anaderanthera colubrina), cajueiro ( Anacardium occidentale ); Rã-bugio (Physalaemus olfersi), espécie de rãzinha, uma das riquezas da biodiversidade. A exuberância da biodiversidade destacada nos cipós,(anjicos e jacarandás).
Há plantas que começam como epífitas e terminam como plantas terrestres. Suas sementes germinam sobre forquilhas de ramos ou axilas de folhas, onde foram depositadas por pássaros em suas fezes; suas raízes crescem em torno do caule da hospedeira, em direção ao solo, onde penetram e se ramificam; com seu crescimento em espessura acabam crescendo umas com as outras formando uma coluna vigorosa, capaz de suportar sua copa, quando a hospedeira, com seu caule asfixiado no interior, morre e se desfaz.http://lh6.ggpht.com/_69pbIHL-R1w/TCrCgnldk_I/AAAAAAAAAEY/kBRUc3XQ3jo/s128/05-06-10_1023.jpg
No chão da floresta alguns fungos, as micorrizas, formam-se junto às raízes das árvores onde auxiliam na absorção de nutrientes.

Plantas saprófitas evoluídas a ponto de dispensar a clorofila, deixando de fazer a fotossíntese, vivem a custa de matéria orgânica em decomposição. São plantas esbranquiçadas que crescem em meio as folhas no chão da floresta.
Sobre os troncos das árvores encontram-se dezenas de orquídeas, bromélias, cactáceas, ou seja, epífitas perfeitamente adaptadas a vida longe do solo.Como as epífitas não mantém contato com o solo muitas vezes possuem problemas de nutrição. Nada retiram das árvores apenas buscam uma maior luminosidade e ainda retribuem o abrigo atraindo animais polinizadores, como o beija-flor. Nos troncos onde as águas das chuvas escoam rapidamente, as epífitas tiveram que se adaptar a secas periódicas, mesmo vivendo num ambiente úmido. Bromélias possuem folhas que formam um reservatório de água, na forma de um copo. Nesses reservatórios aquáticos podem viver algas, protozoários, vermes, lesmas e até pererecas constituindo uma pequena comunidade. As orquídeas, cactáceas guardam em suas suculentas folhas a água que necessitam para a sobrevivência.
Entre as lendas que cercam a história local, destaca-se a Iara ( A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa "aquela que mora na água"). Também conhecida como a "mãe das águas", Iara é uma personagem do folclore brasileiro. De acordo com a lenda, de origem indígena, Iara é uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura para baixo) morena de cabelos negros e olhos castanhos. A lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vítimas costumam seguir Iara até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé(chefe religioso indígena, curandeiro) pode livrar o homem do feitiço.
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Entre os animais da fauna presentes, destaca-se; urubu Sarcorhamphus Cathartidae; garças ( aves cuciniformes); coral verdadeira(Micrurus coralinus); teiú (Tupinambis teguixin); lagartixa-de-areia(Acanthodactylus erythrurus); mãe-da-lua (Nyctibius aethereus); cigarra verdadeira(Sporifilas falcirostis); bacurau(Nictidromus albicollis); caramujos(Basommatophora).
O lugar é ideal para pesquisas estudantis, passeios, piqueniques e um ótimo programa para os amantes da natureza. Deve-se aquei o alerta para a conservação do ambiente , visto que a ação humana, por muitas vezes acaba por destruir a beleza de nossa paisagens e tesouros ambientais.A conservação dos recursos naturais é o nome que se dá à moderna preocupação em utilizar adequadamente os aspectos da natureza que o homem transforma ou consome. Conservar, nessa caso, não significa guardar e sim utilizar racionalmente. A natureza deve ser consumida ou utilizada para atender às necessidades do presente dos seres humanos, mas levando em conta o futuro, as novas gerações que ainda não nasceram, mas para as quais temos a obrigação de deixar um maio ambiente sadio.
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Foi somente a partir da degradação do meio ambiente pelo homem - e da extinção de inúmeras espécies animais e vegetais - que surgiu essa preocupação conservacionista. O intenso uso da natureza pela sociedade moderna colocou, especialmente no nosso século, uma série de interrogações quanto ao futuro do meio ambiente: Quando se esgotarão alguns recursos básicos, como o petróleo ou o carvão? Como evitar a destruição das reservas florestais que ainda restam em nosso planeta e ao mesmo tempo garantir alimentos e recursos para crescente população mundial? O que fazer para que não ocorra a extinção total de certas espécies ameaçadas, como as baleias? Como os países subdesenvolvidos poderão resolver seus problemas de pobreza, fome e subnutrição sem depredar a natureza? O conservacionismo procura responder a essas e outras questões semelhantes conciliando o desenvolvimento econômico com a defesa do meio ambiente, por meio da utilização adequado dos bens fornecidos pela natureza.
Assim sendo, concluo este trabalho, esperando ter contribuído para a divulgação deste lugar que defino como exotérico e natural, bemcomo despertar o interesse de perquisadores no ramo das ciências pra que estudos sejam realizados e descobertos novos conhecimentos para a riqueza ecológica do nosso país.

Autor: Prof. Nivaldo Alves De Moura Filho


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