Influência dos Hábitos Alimentares no Tratamento Médico de Distúrbios Cardiovasculares e Diabete Mellitus.



*LIMA, Gilliard Souza

Resumo:
A prática da alimentação saudável deve se adequar ao individuo, assim considera-se na avaliação nutricional à relação paciente/nutrição, aonde na dieta alimentar é levado em consideração à condição patológica, clínica, cultural e sócio-econômica do cliente.
Palavras-chave: doença, alimentação, tratamento.
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* Acadêmico do 3º Semestre de Enfermagem da Faculdade de Quatro Marcos - FQM.
1. Introdução:
Um indivíduo que possui uma dieta alimentar saudável exerce o mecanismo de ação mais prático para prevenir doenças comuns, como a Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Obesidade e Outros distúrbios Alimentares, pois essa dieta nutricional vai controlar a ingestão de nutrientes que podem acarretar essas patologias. Assim como os pacientes portadores dessas doenças pode utilizar-se de hábitos alimentares saudáveis para uma melhor eficácia no seu tratamento.
2. Desenvolvimento:
Os hábitos alimentares são indicados na prevenção e auxilio do tratamento de enfermidades, principalmente em patologias que são manifestadas por ingestão irregular de alimentos.
As doenças cardiovasculares e a diabetes melllitus podem ser condições predisponentes ou coexistentes da má alimentação. As doenças cardiovasculares são as primeiras causas de mortalidade de homens e mulheres em muitos países. A maioria dos casos dessa patologia é devida à aterosclerose, ou seja, a deposição de placas de gorduras ao longo das paredes dos vasos sanguíneos. A progressão desse estreitamento dos vasos pode ocasionar infarto do miocárdio, cardiopatia coronariana, hipertensão e acidentes cerebrovasculares.
Vários fatores dietéticos precisam ser considerados na prevenção e na redução da morbi-mortalidade das doenças cardiovasculares. Geralmente há 3 categorias de lipídios que devem ser controlados pelos clientes com disfunções cardiovasculares: lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL), que transporta uma grande quantidade de gordura nas células e cerca de 15% do colesterol sérico; lipoproteína de baixa densidade (LDL), que transporta cerca de 60 a 75% do colesterol sérico do fígado para as células do corpo; e lipoproteína de alta densidade (HDL), o "bom" colesterol, plasmático, recolhe o excesso de colesterol e o leva de volta para o fígado, para ser excretado ou utilizado na síntese da bile. Assim, a avaliação do colesterol sanguíneo pode incluir mais que o nível de colesterol total e ter mais significado se os níveis de lipoproteína e de triglicerídios também forem medidos.
Do ponto de vista nutricional, podem-se obter importantes resultados ao se modificarem maus hábitos alimentares, como o uso inadequado de sal, açúcar e gordura. Esses devem ser substituídos na alimentação, pois há disponível no mercado produtos que possuem menor teor de concentração dessas substâncias, como por exemplo, há margarinas "com baixo colesterol" cujo ingrediente ativo é um éster vegetal, o sitostanol, que inibe o transporte de colesterol do trato gastrintestinal para o fígado.
O diabete mellitus, também é uma doença comum e observável em vários países, ela é um grupo de distúrbios que têm em comum a intolerância à glicose. O diabetes mellitus é encontrado em dois tipos: O diabetes mellitus do tipo 1, mas comumente devido a uma resposta mediada imunologicamente que cria a necessidade de uma fonte externa de insulina e o diabetes mellitus do tipo 2 é um distúrbio que resulta de uma combinação de resistência à insulina e um defeito na secreção de insulina. O diabetes mellitus do tipo 2 é um distúrbio que resulta de uma combinação de resistência à insulina e um defeito na secreção de insulina. Os clientes que tem diabetes do tipo 1 precisam garantir calorias suficientes para alcançar e manter o peso normal para a altura e a idade. È necessário basear as necessidades dietéticas na idade, na atividade e na gravidade do diabetes. O exercício é um aspecto importante do tratamento dos clientes que tem diabetes mellitus do tipo 1. Entretanto, deve ter supervisão médica, pois pode trazer conseqüências sérias como hipoglicemia, hiperglicemia, cetoacidose, isquemia cardiovascular, convulsão, exacerbação de retinopatia e lesão de membros inferiores.
Os clientes que tem diabetes mellitus do tipo 2 apresentam resistência celular ao efeito da insulina. Os fatores de risco incluem antecedentes familiares, sendentarismo, doenças, medicações, idade, mulheres que tiveram diabetes gestacional e obesidade, pessoas obesas são 10 vezes mais propensas a desenvolver diabetes mellitus do tipo 2. O início do diabetes do tipo 2 é insidioso, em geral estando presente por pelo menos alguns anos antes de ser diagnosticado. É importante que os clientes que tem diabetes do tipo 2 sigam o programa de perda de peso com supervisão médica, pois isso em geral resulta em melhor tolerância à glicose.
A terapia nutricional precisa estar voltada para o alcance de níveis glicêmicos e lipídios normais, bem como para a manutenção da pressão sanguínea dentro dos valores aceitáveis, o exercício é um aspecto importante do tratamento, pois não apenas resulta em perda de peso, como também reduz a glicemia pós-prandial, os triglicerídios e o colesterol. Às vezes, a terapia insulínica também pode ser necessária para clientes que têm diabetes mellitus do tipo 2. Os indivíduos que tem diabetes do tipo 2 também correm maiores risco de infecções, aterosclerose, hipertrigliceridemia, níveis baixos de HDL, oxidação de lipoproteínas, alterações vasculares e dos mecanismos imunes.
O objetivo do tratamento de indivíduos que têm doenças cardiovasculares e diabetes mellitus é um consumo nutricional que satisfaça as necessidades básicas para o desenvolvimento e a manutenção do corpo. Essas doenças estão correlacionadas, pois para um eficácia no tratamento da diabetes mellitus, há à necessidade de reduzir o risco cardiovascular, ou seja, precisa ser monitorado no cliente os níveis plasmáticos de lipídios, lipoproteínas e apolipoproteinas.
Assim, à necessidade de possuir hábito alimentar saudável, primeiramente para prevenção e caso o cliente já seja portador dessas duas patologias, reeducação alimentar.
Por exemplo, em um individuo adulto que 45 a 55% das quilocalorias totais provem de carboidratos, ele deve possuir um plano nutricional que deverá incluir:
? 10 a 20% do total de quilocalorias em forma de proteína;
? O controle da gordura é limitado às quantidades de gorduras saturadas e colesterol
? O consumo recomendado de gordura é de aproximadamente 30 a 35% do consumo total de energia, com 10% de gordura saturada, 10% de ácidos graxos polinsaturados e 10 a 15% de ácidos graxos monoinsaturados, além de 300 mg de colesterol por dia;
? O consumo energético é semelhante ao das pessoas que não sofrem dessas doenças.
Contudo, os clientes que desenvolveram essas patologias precisam de um esquema de tratamento centrado em uma nutrição adequada, que leve em consideração à idade, sexo e condições físicas. Mas, em geral recomendam-se 1.800 a 2.000 kcal para clientes do sexo feminino e 2.000 a 2.500 para homens na fase adulta, onde é mais comum o diagnóstico de doenças cardiovasculares e diabete mellitus.
3. Considerações Finais:
A mudança de hábito alimentar do indivíduo faz-se necessário para que ele possa ter uma vida saudável. Essa atitude sempre foi recomendada por profissionais da saúde ao paciente, pois além de propiciar uma prevenção a doenças comuns como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Obesidade e outros distúrbios alimentares, ajuda no tratamento dessas mesmas patologias. Assim, a pesquisa visa uma melhor explicação da importância de um indivíduo adquirir hábitos alimentares corretos para aumentar a eficácia do tratamento dessas doenças, assim como para uma melhor manutenção da vida.

Bibliografia:

DUTRA-DE-OLIVEIRA, José Eduardo. Ciências nutricionais. ? São Paulo: SARVIER, 1998.
ENCICLOPÉDIA DA SAÚDE: Diabetes Mellitus. ? vol. 3. ? Rio de Janeiro: Editora Médica e Científica Ltda, 2001.
FARRELL, Marian L. Nutrição em enfermagem: fundamentos para uma dieta adequada. ? Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
RIBEIRO, Robespierre da Costa. Hipertensão arterial: diagnóstico e tratamento. ? São Paulo: SARVIER, 2005.




Autor: Gilliard Souza Lima


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