Do couro ao sintético



Jabulani significa "celebrar" em Zulu, uma das línguas oficiais da África do Sul. Esse foi o nome escolhido para a bola da copa de 2010, desenvolvida pela Adidas. Com muitas polêmicas sobre o excesso de rapidez e instabilidade, Jabulani tem 11 cores que representam o número de jogadores em campo e a diversidade de dialetos e etnias do país que sedia a Copa. Apesar das críticas, o desenvolvimento da bola Jabulani foi criterioso. Feita através de pesquisas na Universidade de Edimburgo (Reino Unido), ela passou por testes de qualidade, inclusive com jogadores de sucesso no futebol mundial, entre eles o Kaká. História das Bolas de Futebol Oficiais das Copas Na primeira edição da Copa do Mundo, a bola não era tão elaborada quanto Jabulani. Em 1930, no primeiro mundial realizado no Uruguai, a bola era costurada com cordas e feita com capotão. Na copa da Suécia, em 1958, a bola utilizada para o primeiro campeonato vencido pelo Brasil foi feita por uma empresa sueca que vencera um concurso mundial. Foi com uma bola pesada e de couro que Pelé e Garrincha ajudaram o Brasil a trazer, pela primeira vez, uma taça de campeão para casa. Na sétima Copa do Mundo (1962) disputada por apenas sete seleções, a bola utilizada foi novamente uma de couro e em tons de marrom. Com exatamente o mesmo time da Copa de 58 o Brasil foi bicampeão mundial de futebol. No ano de 1970 foi desenvolvida a Telstar, que seria utilizada novamente em 1974, e fazia alusão ao primeiro satélite de comunicação da Nasa. As cores preto e branco da bola favoreciam as transmissões de tv sem cores da época. O formato da Telstar é considerado um clássico e até hoje é tendência em bolas de futebol que utilizam hexaedros em suas costuras. Na copa da Argentina, em 1978, a bola Tango homenageou as tradições e a cultura do povo portenho e agora representa um símbolo da primeira vitória dos hermanos em uma Copa do Mundo. Em 1982, na Copa da Espanha, a Tango foi utilizada pela última vez em campeonatos oficias da FIFA, assim como as bolas de couro foram aposentadas pela Federação Internacional de Futebol. A Azteca foi a bola usada na Copa de 1986, realizada no México. Os seus desenhos homenageavam a arquitetura desse povo. A primeira bola feita de material sintético evidenciou uma maior estabilidade, durabilidade e menor absorção de água. Novamente pensando numa menor absorção de água, a Estruco Unico estreia no mundial da Itália de 1990. Inspirada na história antiga italiana e na produção artística dos etruscos ? povos que marcaram o inicio da história de povoação da península itálica ? ela era uma bola mais rápida por possuir uma camada interna de espuma negra de poliuretano. A bola de 1994 deu trabalho para os goleiros. A Questra foi fabricada com matérias inovadores que trouxeram grande agilidade. No ano do tetra campeonato brasileiro, essa bola participou da história nos Estados Unidos. Em 1998 surge a primeira bola colorida das Copas. O mundial realizado na França teve como bola oficial a Tricolore, que fez referência a bandeira nacional do país anfitrão: azul, branca e vermelha. Uma camada de espuma sintética aumentou a durabilidade da bola e deu sorte aos franceses que foram campeões naquele ano. E no ano em que o Brasil foi penta, 2002, a bola Fevernova foi criada. Com três camadas de malha e uma de espuma, a Fevernova marcou por críticas quanto sua leveza, assim como Jabulani. Na Copa da Alemanha, em 2006, a bola da vez foi a Teamgeist (que significa "espírito de equipe" em alemão) com um design inovador e personalizada com os nomes das equipes e as datas de cada jogo do mundial. Apesar das críticas, Jabulani demonstra a evolução que o esporte vem tendo ao longo dos anos, pois o futebol exige cada vez mais fisicamente e psicologicamente de seus atletas. Em 2010, resta ao torcedor vibrar pela busca de mais uma taça de campeão mundial, desta vez com a bola africana cheia de cores.
Autor: Fernando Dos Santos


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