Diabetes Mellitus Com Causa de Complicação no Período de Gestação.



Diabetes Mellitus Com Causa de Complicação no Período de Gestação.

*PENARIOL, Dheini Soares da Silva.
Resumo:

A Diabete Mellitus Gestacional é uma doença oriunda de intolerância a glicose de graus variáveis com inicio ou diagnóstico durante a gestação, sendo diagnosticado no terceiro trimestre da gestação. A gestante portadora não-tratado tem maiores risco de vida.

Palavra Chave: Doença, Intolerância, Vida.
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* Acadêmica do 3ºSemestre de Enfermagem, da Faculdade de Quatro Marcos - FQM.

1º Introdução:

Diabetes Mellitus Gestacional são definidos como qualquer nível de itlerancia a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com inicio ou diagnostico durante a gestação. Sua fisiopatologia é explicada pelo estresse fisiológico
Imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o lactogenenico placentário, contudo, sabe-se hoje que outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos.

2º Desenvolvimento:

O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) complica aproximadamente 4% de todas as gestações, nos Estados Unidos, é responsável por 90% de todos os casos de gestação diabética. A prevalência varia nos grupos étnicos e raciais. A doença tem mais probabilidade de decorrer entre as populações hispânicas, americanas-nativas, asiáticas e afro-americanas do que na branca. As mulheres com diabete mellitus gestacional estão em risco significativo de desenvolver intolerância à glicose mais tarde na vida; aproximadamente 50% serão diagnosticadas como diabéticas em 22 a 28 anos. Isso é especialmente verdadeiro para as mulheres cuja diabete mellitus gestacional é diagnosticada no inicio da gestação, ou para as que manifestam hiperglicemia em jejum.
Os fatores de risco clássico envolvem a idade materna >30 anos; a obesidade; a história familiar de diabete tipo 2; e a história obstétrica de um bebê pesando > 4quilos, hidrâmnio, natimorto inexplicado, aborto ou bebê com anomalias congênitas. As mulheres de alto risco são avaliadas, freqüentemente, em sua consulta pré-natal inicial, e novamente mais tarde na gestação se a primeira avaliação for negativa.
O diagnóstico de diabete gestacional é feito, geralmente, durante a segunda metade da gestação. Como as demandas fetais de nutrientes elevam-se durante o final do segundo e no terceiro trimestre, a ingestão materna de nutrientes induz os níveis maiores e mais sustentados de glicose sanguínea. A resistência materna a insulina também está crescendo devido aos efeitos antagonista dos hormônios placentário, do cortisol e da insulina. Conseqüentemente, as demandas materna de insulina para compensar a resistência e para manter a normoglicêmica. Quanto o pâncreas é incapaz de produzir insulina suficiente ou esta não é usada efetivamente, pode ocorrer à diabete gestacional.
Riscos Materno-fetais
As mulheres com diabete gestacional correm maiores risco de pré-eclâmpsia, de infecções do trato urinário e de parto operatório incluindo a cesariana, o fórceps ou a extração a vácuo.
A hiperglicemia associa-se ao aumento do risco de morte fetal intra-uterina e á mortalidade neonatal. A morbidade e a mortalidade também são mais altas entre as mulheres diabéticas gestacionais com uma história de natimorto prévio, as diagnosticadas com diabete mellitus gestacional tardiamente. Os bebês das mães com diabete gestacional correm riscos de macrossomia, com a distocia de ombros e com os traumas-timos de parto associados. A diabete gestacional coloca o neonato em maior rico de hiperglicemia neonatal,de hipocalcemia, de policitemia e de hiperbilirrubinemia. O bebê de uma mãe diabética gestacional tem maior probabilidade de apresentar obesidade na infância ou mais tarde na vida. Também há uma maior chance de que o bebê tenha, no futuro, intolerância á glicose, especificamente o diabete tipo 2. A incidência geral de anomalias congênitas entre os bebês de mulheres diabéticas gestacionais aproxima-se á da população não-diabética, porque o diabete gestacional desenvolve-se, geralmente, após a 20ª semana de gestação ? após o critico de organogênese (primeiro trimestre).

Manejo do Cuidado
As enfermeiras envolvidas no cuidado pré-natal podem ser úteis na identificação das mulheres com diabete mellitus. Embora os protocolos relativos à triagem e ao seu procedimento sejam variados entre os prestadores de cuidados, as enfermeiras são responsáveis, frequentemente, pela realização da triagem no grupo de mulheres identificadas na idade gestacional apropriada.
Triagem para o Diabete Mellitus Gestacional
Não é necessária a triagem de determinadas mulheres com baixo risco de diabete mellitus gestacional. Esse grupo abrange as mulheres com peso normal, < 25 anos de idade, que não têm histórico familiar de diabete e não fazem parte dos grupos étnicos ou raciais conhecidos pela alta prevalência da doença.
O teste de triagem mais usado consiste em uma carga de 50g de glicose oral, seguida da determinação da glicose plasmática uma hora mais tarde. A triagem deve ser realizada entre a 24ª e a 28ª semana de gestação. Não é necessário jejum. Um valor de glicose de 140 mg/dl e considerado positivo.
Anteparto
Quanto o diagnóstico de diabete gestacional é feito, tratamento começa imediatamente, permitindo pouco ou nenhum tempo para que a mulher e a família adaptem-se ao diagnóstico antes de sua participação ser exigida no plano terapêutico.
Dieta
A modificação dietética constitui a principal estrutura do tratamento da diabete gestacional. A mulher com DMG é colocada em uma dieta para diabete padronizada imediatamente após o diagnostico.A prescrição habitual é de 30 a 35 Kcal/kg do peso atual da gestação, o que se traduz em 2.000 a 2.500 calorias por dia para a maioria. É recomendado o aconselhamento dietético com nutricionista.
Atividade Física
Leve e moderada em pacientes sem contra-indicações clinicas ou obstétrica, contribui para a redução e o controle ou ate mesmo reduzir os níveis de glicose sanguínea e pode ser fundamental na eliminação de necessidade de insulina.
Monitorização dos Níveis de Glicose Sanguínea
A monitorização continua da glicose sanguínea serve para determinar se a euglicemia pode ser mantida com a dieta e com o exercício.
Insulinoterapia
É importante compreender que muitas mulheres com DMG exigirão insulina, durante a gestação, para manter os níveis adequados de glicose sanguínea, apesar de seu comprometimento com a dieta prescrita.
Supervisão Fetal
Não há recomendações padronizadas para a supervisão fetal nas gestações complicada pelo DMG. As mulheres cujos níveis de glicose estejam bem-controlados pela dieta têm baixo risco de morte fetal.
Intraparto
Durante o trabalho de parto e o processo do parto, os níveis de glicose sanguínea são monitorizados pelo menos a cada 2 horas para mantê-los em 100 mg/dl ou baixo. Os níveis de glicose mantidos nesse espectro diminuirão a intensidade da hipoglicemia no neonatal.
Pós-parto
Mais de 90% das mulheres com DMG retornam ao nível normal de glicose após o parto, no entanto tem a probabilidade de recorrer em futuras gestações, e essas mulheres estão em maior risco de desenvolver diabete posteriormente.

3º Considerações Finais:
Algumas mulheres grávidas com diabetes associadas com a hiperglicemia (glicose alta no sangue) têm alguns sintomas como eles: sede aumentada, diurese mais freqüente (urina aumenta), perda de peso, apesar do elevado apetite, cansaço, náuseas ou vômitos, infecções por fungos (Cardidiase vaginal, por exemplo) e visão turva.
Porém, algumas mulheres não têm sintomas detectáveis, razão pela qual os exames para os diabetes serem feitos de rotina no pré-natal em todas as mulheres grávidas.

Bibliografia:
BARBARAR,Stright, Lei-Olive Harrison-Enfermagem Materna Neonatal, Segunda Edição.2002

SAÚDE, Brasil Ministério. Pré-natal de baixo risco (Manual técnico). Brasil: Ministério da Saúde; 2000.

LOWDERMIK, Deitra Leonard-O cuidado em Enfermagem Materna - Deitra Leonard Lowdermik,Shannon, E.Perry e Irene M.Bobak - 5 ed. Porto Alegre Artmed Ed.2002 .

Autor: Dheini Soares Da Silva Penariol


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