PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E FORMAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ELZA MARIA CORRÊA DANTAS



Valtey Martins de Souza

Nesse texto será abordado o processo de construção da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Elza Maria Corrêa Dantas na cidade de São Domingos do Araguaia e, a formação/constituição do quadro de funcionários e turmas dessa entidade educacional.
No ano de construção desta escola o município de São Domingos do Araguaia, Pará, ainda não havia conseguido sua emancipação política, pois ainda era parte integrante do município de São João do Araguaia. Nesse período o prefeito municipal era o senhor José Freire Falcão (Cazuza), sendo que da cidade de São Domingos do Araguaia foram eleitos os vereadores Jane Cláudio Miranda Costa Cruz (Santin), João do Abílio e Vicente Lima Moraes.
Comenta-se que o vereador João do Abílio requereu junto ao governador do estado na época, Hélio Gueiros, uma escola de Segundo Grau (Ensino Médio) para São Domingos, pois os alunos dessa cidade eram obrigados a irem estudar em Marabá ? PA, ou Imperatriz - MA, ao final do Primeiro Grau (8ª série).
O governador atendeu tal requerimento mandando construir escolas em vários municípios paraenses, como Brejo Grande do Araguaia e Parauapebas, por exemplo. Todas no mesmo modelo para atender a carência do Ensino Médio.
O prefeito Cazuza cedeu o espaço físico para a construção da mencionada escola, que foi erigida no local que funcionava a Escola Municipal de 1º Grau Jarbas Passarinho.
Segundo alguns professores que vivenciaram tal período, a escola em questão foi construída em um prazo de mais ou menos seis meses, sendo inaugurada no ano de 1991. Para que essa inauguração ocorresse, mesmo após o início do ano letivo, os professores que iriam trabalhar nessa escola saíram matriculando crianças para o ensino fundamental, principalmente aquelas de 1ª a 4ª série que iriam estudar no período diurno.
Para que o turno noturno viesse a funcionar, as turmas da Escola Estadual de Ensino Fundamental José Luiz Cláudio que funcionavam na parte da noite (5ª a 8ª série), foram transferidas para o "Elza Dantas", inclusive os professores que ministravam aulas nessas turmas. No entanto, teríamos que fazer funcionar o chamado "2º Grau" também. A solução encontrada foi levar para a escola as turmas do Sistema Modular (curso de Contabilidade) que estavam alocadas na Escola Branca de Neve (os professores eram todos de Belém e redondezas).
Assim, essa instituição de ensino foi inaugurada no ano de 1991, com o nome de Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Elza Maria Corrêa Dantas. Até hoje, muitas pessoas não sabem a origem desse nome, que foi indicado pela SEDUC ? Secretaria Executiva de Educação e Cultura do estado do Pará, em homenagem a uma técnica dessa entidade que havia falecido em um acidente aéreo.
Nesse ano a direção da escola foi composta da seguinte forma:
- Maria Istéia Carvalho Ferreira (Diretora);
- Valtey Martins de Souza (Vice-diretor);
- Marly Oliveira Santos (Secretária), que em pouco tempo foi substituída por Benta Alves;
- Claudeth Neves da Silva (Coordenadora).
Os professores eram oriundos da Escola José Luiz Cláudio, principalmente os do turno noturno. No entanto, vários professores foram contratados em regime de prestação de serviços pelo governo do estado para trabalharem no "Elza Dantas". Dentre eles podemos destacar os seguintes nomes:
- Valdivino Alves Moreira, Evaristo Cardoso, Maria Eudna, e outros.
Foram contratados vigias, serventes, auxiliares de secretaria e merendeiras para compor o quadro de funcionários, para dessa forma, a escola pudesse funcionar com seu quadro de trabalhadores quase completo.
Nesse primeiro ano de funcionamento a mencionada instituição de ensino não dispunha de recursos para comprar materiais como papéis, canetas, réguas, colas, fita para máquina de datilografia (não tinha computadores), sabão, vassouras, panos, rodos e outros. A solução encontrada para resolver essa questão foi a realização de festas na quadra da escola, pois assim poderíamos arrecadar fundos que dessem suporte de funcionamento mínimo. Através dessas festas a escola também conseguiu comprar liquidificador, freezer, panela-de-pressão, aparelho de som e outros objetos necessário para um bom funcionamento.
No segundo ano de funcionamento foram feitas as matrículas de alunos para o 1º e 2º graus, tornando necessária a contratação de novos funcionários para suprir a lacuna deixada pela saída dos professores da Escola José Luiz Cláudio que voltaram, em grande parte, para suas antigas ocupações.
A partir desse momento o quadro de funcionários foi sendo renovado (modificado) a cada ano, pois a maioria deles era contratado de forma temporária tendo que assinar contrato de prestação de serviços anualmente.
Desse modo, são renovadas também as instalações da escola que esporadicamente sofrem reformas e ampliações que visam melhorar o processo de ensino-aprendizagem local.
Nesse contexto, concluímos que a aventada escola foi construída e posta a funcionar através do esforço de alguns políticos e, principalmente, no que se refere ao funcionamento, através dos esforços dos educadores que por essa instituição de ensino passaram (trabalharam).
Autor: Valtey Martins De Souza


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